Obtenção de marcadores fluorescentes a partir de fontes alternativas

• Autor(a) principal: Padilha, Mateus Filipe
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3875
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; Corantes Fluorescentes; Fluoróforo; Purificação Cromatográfica; Marcadores fluorescentes; Fluorescent stains; Fluorophore; Chromatographic purification; Fluorescent markers

Os corantes fluorescentes possuem uma ampla aplicação em análises biológicas, principalmente por serem capazes de marcar componentes celulares, permitindo a sua visualização. Canetas de uso comum podem possuir substâncias fluorescentes, mas também uma variedade de outros compostos, como lubrificantes, antioxidantes e surfactantes. A purificação permite que substâncias desconhecidas possam ser testadas em análises biológicas com menor influência de impurezas. Assim, novos marcadores fluorescentes podem ser encontrados a partir de fontes alternativas, como canetas, briófitas, algas e raízes vegetais. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo a purificação dos compostos fluorescentes presentes na caneta vermelha Pilot BP-1 INOX 1.0 (Brasil), de modo que possam ser utilizados em experimentos com amostras biológicas. Para isso, foi utilizada uma solução de 10% de tinta da caneta Pilot em etanol. A purificação foi realizada com cromatografia em coluna, com gradientes de polaridade com a fase móvel de hexano, acetato de etila e etanol. Com isso, foi possível visualizar a separação de dois principais compostos fluorescentes no interior da coluna. As frações provenientes da purificação foram analisadas por CCD, evaporadas e unificadas. Para se analisar o perfil cromatográfico dos compostos purificados, foi realizado um CLAE em solução isocrática de metanol e água (65:35) com fluxo de 1,1 ml/min a 35ºC). A análise indicou que houve diferença entre as substâncias obtidas com a purificação e o extrato não purificado. As rodaminas B e 123 foram usadas como controle, porém não foi possível detectar essas substâncias nos extratos da caneta e nos compostos purificados. Além disso, foi realizada a determinação das características óticas desses compostos em espectrofluorímetro. As análises mostraram que houve diferença no comportamento ótico entre as substâncias purificadas e as rodaminas. Além disso, os picos de emissão e absorção dos compostos purificados foram próximos aos valores da rodamina 6G encontrados na literatura. As substâncias fluorescentes obtidas também mostraram ter carga positiva a partir de análise por eletroforese, o que pode apresentar potencial de interação com biomoléculas negativas, como células, proteínas e ácidos nucleicos.