Humanização do atendimento aos usuários de álcool e outras drogas

• Autor(a) principal: Campos, Jeniffer Pinto
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3575
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; Serviço social; Saúde mental; Álcool; Drogas; Humanização dos serviços de saúde; Servicio social; Salud mental

Através de uma análise dialética crítica objetivou-se a construção desse Trabalho Final de Graduação do Curso de Serviço Social, que buscou compreender como ocorre o processo de humanização do atendimento aos usuários de álcool e outras drogas. O tema torna-se relevante à medida que, além de se constituir um desafio o atendimento humanizado, quando se trata de usuários de álcool e outras drogas, esse cenário intensifica-se por preconceitos e julgamentos que não levam em conta questões estruturais do sistema capitalista. Buscou-se fazer um resgate histórico, desde a trajetória de constituição da política de saúde brasileira até a saúde mental, enquanto eixo de constituição da política de saúde, trazendo os avanços que teve no campo da saúde mental por meio da Reforma Psiquiátrica, pois se entende que esse percurso fez necessário enquanto resgate da historicidade dos processos que culminaram na criação da Política Nacional de Humanização. Para isso, foi realizada uma pesquisa de tipo qualitativa, com recorte de coleta de dados documental – por meio de roteiro norteador – em legislações voltadas ao atendimento de usuários de álcool e outras drogas. Os dados foram analisados por analise de conteúdo à luz do método dialético critico. Os resultados da pesquisa abordam reflexões que ressaltam a necessidade de fortalecimento de processos que levam à humanização dos atendimentos prestados aos usuários abusivos de substâncias psicoativas. Mesmo sendo usuários da política de saúde mental, entre as outras políticas públicas, dos quais fazem parte os usuários abusivos de substâncias psicoativas, estão sujeitos a processos de exclusão, desprovidos de políticas que viabilizem a materialização dos seus direitos, pois estes direitos estão fragmentados, ocasionando fragilidade de sua identidade como cidadão de direitos. Outra reflexão aborda o quanto é essencial o debate sobre o uso de substâncias psicoativas não apenas com os usuários, mas como a sociedade como um todo, uma vez que ainda há muito preconceito e estigma a serem rompidos quando se trata desse assunto, por concepções construídas socialmente que acabam focando somente nos sujeitos que estão em vulnerabilidade econômica. Ressalta-se ainda a necessidade de profissionais do Serviço Social no espaço de atendimento desses usuários.