Estudo hidrogeoquímico aplicado à geologia médica de poços para o abastecimento humano ao longo da BR 290 em Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul

• Autor(a) principal: Ribeiro, Louise Natália
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3768
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA; Hidrogeoquímica; Geologia médica; Água subterrânea; Hydrogeochemistry; Medical Geology; Groundwater

Água subterrânea é aquela de se encontra na zona de saturação do subsolo, limitada por uma camada selante basal e uma superfície freática no topo. Poços profundos são aqueles capazes de chegar até essas águas. Poços rasos chegam até a zona de aeração do subsolo, onde nem todos os poros estão preenchidos por água. Ambas situações podem abrigar elementos prejudiciais à saúde humana, seja devido interação antrópica ou geológica. O presente trabalho aborda sobre a hidroquímica de sete amostras de água, sendo uma delas coletada após passar pela caixa d‘água, duas de poços rasos, e o restante de poços profundos, sendo todas estas voltadas ao consumo humano, com o intuito de garantir uma água não prejudicial à saúde dos consumidores. A área de estudo está limitada à região nordeste de Caçapava do Sul-RS, abrangendo as localidades de Vila Progresso, Água Boa e Durasnal, ao longo da BR 290, compreendendo aproximadamente 50 km². Esta se insere em dois tipos de terreno: as rochas sedimentares da Bacia do Camaquã; e as rochas metassedimentares do Terreno São Gabriel, ambas abrigadas no Escudo Sul-RioGrandense (ESRG). Versando entre trabalho de campo, análise do meio e análises laboratoriais, juntamente com a pesquisa bibliográfica, verificou-se que somente as amostras 2 e 5 podem ser classificadas dentro do padrão de potabilidade definido pelo Ministério da Saúde. As demais amostras apresentam bactérias do tipo coliforme, que podem indicar contaminação fecal. Mesmo estando dentro dos valores máximos permitidos para dureza e alcalinidade, cujos parâmetros estão relacionados diretamente com o conteúdo de Ca e Mg, quatro amostras (1, 1.1, 2, 3 e 6) apresentaram valores próximo dos máximos permitidos. Em contrapartida, as outras três amostras (3, 4 e 5) apresentaram valores baixos. Se ultrapassarem os valores propostos pela portaria, o primeiro grupo de amostras podem gerar sabor salobro e precipitar em forma de carbonatos, gerando incrustações nas tubulações; e o segundo grupo pode favorecer um dos inúmeros fatores que contribuem para doenças cardiovasculares.