As contribuições e os entraves nas políticas comerciais e industriais à inserção da indústria brasileira nas cadeias globais de valor - 1990 a 2014.

• Autor(a) principal: Braz, Mauricio Lescano
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4715
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; Cadeias Globais de Valor; Inovação; Competitividade; Desenvolvimento industrial; Global Value Chains; Innovation; Competitiveness; Industrial Development

Ao decorrer da década de 1990 com a expansão da globalização econômica, houve a tentativa de inserção da indústria brasileira no mercado internacional, logo, nas Cadeias Globais de Valor. Através da abertura comercial, os governos de Collor e FHC buscaram por meio da entrada de produtos importados e de Investimentos Diretos Estrangeiros desenvolver a indústria brasileira com finalidade de expandir a produtividade e as exportações, tentando superar as limitações da época. Logo, no primeiro mandato de Lula continuou o processo de liberalização comercial, porém intensificando esforços no desenvolvimento do Sistema Nacional de Inovação com o propósito de desenvolver a indústria brasileira por meio de melhoras em seu processo produtivo via inovação e capacitação competitiva. Nos anos seguintes, no segundo mandato de Lula e primeiro mandato de Dilma, começaram a proteger a indústria nacional, pois o cenário estava desfavorecendo o desempenho nacional nos mercados internacionais, de modo que acreditavam que assim lograriam a recuperação econômica e seu crescimento. Portanto, esse trabalho tem como objetivo analisar como ocorre o processo de inserção da indústria brasileira nas cadeias globais de valor, utilizando as políticas comerciais e industriais adotadas durante o período de 1990 a 2014 e assim buscando descobrir quais foram as contribuições e os entraves de tais políticas. O método utilizado é o da teoria evolucionária, sendo os processos dinâmicos seu ponto central, de modo que busca através das decisões de investimentos, inovações do processo produtivo e dos produtos, a melhora do desempenho competitivo. Contudo, os esforços em desenvolver a indústria brasileira tiveram seus altos e baixos, dado que no início com a abertura comercial teve um princípio de aumento da produtividade, tendo continuidade e melhoras através do Sistema Nacional de Inovação no primeiro mandato de Lula. Entretanto, o cenário externo não favoreceu as decisões políticas tomadas de proteção comercial e industrial por Lula em seu segundo mandato e no primeiro mandato de Dilma, ocasionando em uma redução da produtividade e das exportações, de modo que se observou um decréscimo da participação da indústria brasileira nas Cadeias Globais de Valor.