Avaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescens
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIPAMPA |
Texto Completo: | http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4707 |
Resumo: | No Brasil ocorrem 405 espécies de serpentes, das quais apenas duas famílias são peçonhentas, dentre elas, a principal é a família Viperidae, compreendida pelos gêneros Crotalus, Lachesis e Bothrops. O gênero Bothrops compreende espécies de serpentes de maior interesse médico, devido ao grande número de acidentes que ocorrem envolvendo estes animais. A composição do veneno do gênero Bothrops já é conhecido através de técnicas como venômica e já foi elucidado em diversos estudos a grande variabilidade na composição proteica de seu veneno devido a diversos fatores intrínsecos e extrínsecos. Bothrops pubescens é uma serpente peçonhenta endêmica da região do bioma Pampa e, até recentemente, era considerada uma subespécie de B. neuwiedi, mas foi elevada a categoria de espécie em 2004. Tendo em vista a existência de variação na composição do veneno entre serpentes do gênero Bothrops e a ocorrência restrita de B. pubescens aliado a recente elevação taxonômica, carecendo de estudos que elucidem a composição de seu veneno, esse trabalho objetivou testar o potencial tóxico do veneno e caracterizar seu perfil proteico através de técnicas eletroforéticas, buscando encontrar semelhanças e diferenças em sua composição. A metodologia aplicada neste trabalho partiu da extração do veneno através de massagem da glândula de veneno e aplicação de pressão das presas contra um béquer. Concentrações de 70, 140 e 280 µg/mL foram expostas em preparações de músculo biventer cervicis de pintainhos (Gallus galuus domesticus). Para as análises proteômicas, 17 µg de proteína foram submetidas a uma eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante. Os resultados da análise de toxicidade na força de contração do músculo biventer cervicis mostraram um bloqueio total na concentração de 280 µg/mL após 120 minutos de exposição e um bloqueio parcial de 40% nas demais concentrações após os mesmos 120 minutos. Através do gel de poliacrilamida, foi possível observar bandas entre 23 e 100kDa, sendo as bandas de 23 kDa proeminentes no gel. Concluiu-se com este trabalho que o veneno de B. pubescens causa um bloqueio total da força de contratura muscular na concentração de 280 µg/mL após 120 minutos de exposição em preparações de músculo biventer cervicis de pintainhos na temperatura de 37ºC. Também foi possível observar neste trabalho diferenças no perfil proteico do veneno de B. pubescens em relação a outras serpentes do mesmo gênero. |
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Pinto, Paulo MarcusRangel, Darlene LopesSantos, Tiago Gomes dosCarvalho, Evelise LeisAbreu, Maria Eduarda Tabarez de2020-01-14T12:00:34Z2018-12-132020-01-14T12:00:34Z2018-12-07ABREU, Maria eduarda Tabarez de. Avaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescens. 2018. 48 f. Trabalho de conclusão de Curso (Curso Bacharel em Biotecnologia ) - Universidade Federal do Pampa. Campus São Gabriel, São Gabriel, 2018.http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4707No Brasil ocorrem 405 espécies de serpentes, das quais apenas duas famílias são peçonhentas, dentre elas, a principal é a família Viperidae, compreendida pelos gêneros Crotalus, Lachesis e Bothrops. O gênero Bothrops compreende espécies de serpentes de maior interesse médico, devido ao grande número de acidentes que ocorrem envolvendo estes animais. A composição do veneno do gênero Bothrops já é conhecido através de técnicas como venômica e já foi elucidado em diversos estudos a grande variabilidade na composição proteica de seu veneno devido a diversos fatores intrínsecos e extrínsecos. Bothrops pubescens é uma serpente peçonhenta endêmica da região do bioma Pampa e, até recentemente, era considerada uma subespécie de B. neuwiedi, mas foi elevada a categoria de espécie em 2004. Tendo em vista a existência de variação na composição do veneno entre serpentes do gênero Bothrops e a ocorrência restrita de B. pubescens aliado a recente elevação taxonômica, carecendo de estudos que elucidem a composição de seu veneno, esse trabalho objetivou testar o potencial tóxico do veneno e caracterizar seu perfil proteico através de técnicas eletroforéticas, buscando encontrar semelhanças e diferenças em sua composição. A metodologia aplicada neste trabalho partiu da extração do veneno através de massagem da glândula de veneno e aplicação de pressão das presas contra um béquer. Concentrações de 70, 140 e 280 µg/mL foram expostas em preparações de músculo biventer cervicis de pintainhos (Gallus galuus domesticus). Para as análises proteômicas, 17 µg de proteína foram submetidas a uma eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante. Os resultados da análise de toxicidade na força de contração do músculo biventer cervicis mostraram um bloqueio total na concentração de 280 µg/mL após 120 minutos de exposição e um bloqueio parcial de 40% nas demais concentrações após os mesmos 120 minutos. Através do gel de poliacrilamida, foi possível observar bandas entre 23 e 100kDa, sendo as bandas de 23 kDa proeminentes no gel. Concluiu-se com este trabalho que o veneno de B. pubescens causa um bloqueio total da força de contratura muscular na concentração de 280 µg/mL após 120 minutos de exposição em preparações de músculo biventer cervicis de pintainhos na temperatura de 37ºC. Também foi possível observar neste trabalho diferenças no perfil proteico do veneno de B. pubescens em relação a outras serpentes do mesmo gênero.Brazil houses 405 species of snakes, of which only two families are venomous, among them, the main one is the Viperidae family, that comprises the genera Crotalus, Lachesis and Bothrops. The genus Bothrops comprises snakes species of greater medical interest, due to the large number of accidents that occur involving these animals. The composition of the venom is already known through techniques as venomic and has already been elucidated in several studies the great variability in the protein composition of its venom due to several intrinsic and extrinsic factors. Bothrops pubescens is a venomous snake of the genus Bothrops, endemic to the Pampa biome and, until recently, was considered a subspecies of B. neuwiedi, but the species category was elevated in 2004. Thus, the variation in the composition of the venom between the two species Bothrops and the restricted occurrence of the B.pubescens species together with recent classification as a species, lacking studies that elucidate the composition of its venom, this work aimed to test the toxic potential of the venom and to characterize its protein profile through electrophoretic techniques, seeking to find similarities and differences in their composition. The methodology applied in this work started from the extraction of venom through massage of the venom gland and application of pressure of the prey against a beaker. Concentrations of 70, 140 and 280 μg / mL were exposed in preparations of biventer cervicis chicks (Gallus galuus domesticus). For the proteomic analyzes, 17 μg of protein were subjected to a denaturing polyacrylamide gel electrophoresis. The results of the toxicity analysis on the contraction force of the biventer cervicis muscle showed a total block at the concentration of 280 μg / mL after 120 minutes of exposure and a 40% partial block at the other concentrations after the same 120 minutes. Through polyacrylamide gel it was possible to observe bands between 23 and 100 kDa, the bands of 23 kDa being prominent in the gel. It was concluded with this work that B. pubescens venom causes a total blockage of muscle contraction force at the concentration of 280 μg/mL after 120 minutes of exposure in preparations of biventer cervicis chicks at 37 °C. It was also possible to observe differences in the protein profile of B. pubescens venom in relation to other snakes of the same genus.porUniversidade Federal do PampaUNIPAMPABrasilCampus São GabrielCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASBiventer cervicisAnálises proteômicasSerpentes botrópicasVenenoProteomic analyzesBotrópicas snakesVenomAvaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALAvaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescens.pdfAvaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescens.pdfapplication/pdf879174https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/4707/1/Avalia%c3%a7%c3%a3o%20da%20toxicidade%20e%20o%20perfil%20eletrofor%c3%a9tico%20do%20veneno%20de%20bothrops%20pubescens.pdfacba4da46708573836747b4ba068a566MD51TEXTAvaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescens.pdf.txtAvaliação da toxicidade e o perfil eletroforético do veneno de bothrops pubescens.pdf.txtExtracted texttext/plain80096https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/4707/3/Avalia%c3%a7%c3%a3o%20da%20toxicidade%20e%20o%20perfil%20eletrofor%c3%a9tico%20do%20veneno%20de%20bothrops%20pubescens.pdf.txt8df99c1b9c7b310661182890717f2598MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/4707/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52riu/47072020-01-16 10:49:38.154oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/4707TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2020-01-16T13:49:38Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false |
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No Brasil ocorrem 405 espécies de serpentes, das quais apenas duas famílias são peçonhentas, dentre elas, a principal é a família Viperidae, compreendida pelos gêneros Crotalus, Lachesis e Bothrops. O gênero Bothrops compreende espécies de serpentes de maior interesse médico, devido ao grande número de acidentes que ocorrem envolvendo estes animais. A composição do veneno do gênero Bothrops já é conhecido através de técnicas como venômica e já foi elucidado em diversos estudos a grande variabilidade na composição proteica de seu veneno devido a diversos fatores intrínsecos e extrínsecos. Bothrops pubescens é uma serpente peçonhenta endêmica da região do bioma Pampa e, até recentemente, era considerada uma subespécie de B. neuwiedi, mas foi elevada a categoria de espécie em 2004. Tendo em vista a existência de variação na composição do veneno entre serpentes do gênero Bothrops e a ocorrência restrita de B. pubescens aliado a recente elevação taxonômica, carecendo de estudos que elucidem a composição de seu veneno, esse trabalho objetivou testar o potencial tóxico do veneno e caracterizar seu perfil proteico através de técnicas eletroforéticas, buscando encontrar semelhanças e diferenças em sua composição. A metodologia aplicada neste trabalho partiu da extração do veneno através de massagem da glândula de veneno e aplicação de pressão das presas contra um béquer. Concentrações de 70, 140 e 280 µg/mL foram expostas em preparações de músculo biventer cervicis de pintainhos (Gallus galuus domesticus). Para as análises proteômicas, 17 µg de proteína foram submetidas a uma eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante. Os resultados da análise de toxicidade na força de contração do músculo biventer cervicis mostraram um bloqueio total na concentração de 280 µg/mL após 120 minutos de exposição e um bloqueio parcial de 40% nas demais concentrações após os mesmos 120 minutos. Através do gel de poliacrilamida, foi possível observar bandas entre 23 e 100kDa, sendo as bandas de 23 kDa proeminentes no gel. Concluiu-se com este trabalho que o veneno de B. pubescens causa um bloqueio total da força de contratura muscular na concentração de 280 µg/mL após 120 minutos de exposição em preparações de músculo biventer cervicis de pintainhos na temperatura de 37ºC. Também foi possível observar neste trabalho diferenças no perfil proteico do veneno de B. pubescens em relação a outras serpentes do mesmo gênero. |
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