Estado e poder em Angola: a trajetória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a construção do Estado Angolano (1956-1992)

• Autor(a) principal: Deliberali, Daniel
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/738
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; Relações internacionais; Angola; Guerra civil; Estado moderno; Nacionalismo; Movimento Popular de Libertação de Angola; International relations; Angola; African State-building; Nationalism; Civil war

O presente trabalho tem como objetivo analisar a transformação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em partido político e sua contribuição na construção do Estado angolano (1956-1992). Com expressiva importância regional no entorno da África Austral e do continente africano como um todo, Angola apresenta algumas peculiaridades no contexto de construção histórica das suas instituições, as quais, criadas em um cenário de reconstrução do país após a luta de independência e, posteriormente, regidas em um ambiente de guerra civil, estiveram submetidas à administração do MPLA – considerado, até 1992, o único partido nacional –, sendo esse o principal gestor do Estado até os dias atuais. A pesquisa, fundamentada no resgate de aspectos históricos, inicia com a apresentação da formação do MPLA, enquanto movimento nacionalista. Na sequência, trata-se do contexto de Guerra de Independência, o qual propiciou o momento para que o MPLA conquistasse o poder. Por fim, a pesquisa discorre a respeito da transformação do MPLA em partido político em um cenário de Guerra Civil internacionalizada. Conclui-se, a partir do estudo, que a transformação do MPLA em partido político teve diversas consequências para a construção do Estado angolano, entre as quais, pode-se citar: o auxilio na organização do Estado, das funções e estruturas públicas; o estabelecimento de relações externas privilegiadas com países do bloco socialista; a influência na continuidade da Guerra Civil até 1992 – período no qual houve a primeira tentativa real de por fim ao conflito –; e o delineamento do Estado angolano à sua maneira, uma vez que vigorava o sistema monopartidário até 1992.