Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucho, Ana Paula de Bairros
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/619
Resumo: O Riluzole é quimicamente relacionado aos benzotiazóis e é conhecido como um agente neuroprotetor, possuindo propriedades anticonvulsivantes, analgésicas, anestésicas, e sedativas. A ação neuroprotetora mais conhecida desta droga ocorre através da inibição da transmissão glutamatérgica no sistema nervoso central (SNC). Nesse trabalho, o Riluzole foi ensaiado sobre a junção neuromuscular esquelética (JNM) de aves visando estudar sua interação com o sistema nervoso periférico (SNP). Também foi verificada a ação do Riluzole em fatias de hipocampo de camundongos, comparando os resultados com agentes antiinflamatórios como o extrato de Hypericum brasiliense (HBE) e seu principal composto, quercetina, frente ao veneno de serpente Crotalus durissus terrificus (Cdt). No SNP, o Riluzole foi ensaiado em preparação músculo biventer cervicis de pintainhos, em banho de órgão isolado, nas doses de 5, 10 e 20 µM. Foram obtidos registros da amplitude da força de contração muscular em presença ou ausência de Riluzole durante 120min, e as curvasresposta à adição exógena de acetilcolina (ACh – 110 µM) e ao cloreto de potássio (KCl – 20 mM), antes e após a incubação com o tratamento. O Riluzole induziu respostas tempo e dosedependentes. Na concentração de 5 µM houve uma diminuição gradativa e significativa da resposta contrátil (p<0.05). Na concentração de 10 µM, houve uma facilitação significativa (p<0.05) da resposta contrátil e das curvas evocadas pelo KCl e ACh. No entanto, na dose de 20 µM houve uma estabilização da contratilidade em relação ao controle. Em todas as doses de Riluzole ensaiadas na JNM houve um aumento significativo da atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE). Na sequência da verificação do mecanismo de ação do Riluzole sobre a placa motora, registros eletromiograficos foram tomados na presença dos inibidores especificos, Neostigmina e d-Tubocurarina, onde foi observada uma reversão dos efeitos quando Riluzole foi adicionado ao meio. Como modelo celular de SNC, a ação do Riluzole foi ensaiada em fatias de hipocampo e a viabilidade destas frente ao veneno de Cdt foi observada por meio da atividade de desidrogenases mitocondriais. Tanto Riluzole, como o extrato da planta HBE e quercetina, aumentaram a viabilidade celular em 1h de incubação a 37˚C na presença do veneno. Quercetina foi mais efetiva do que Riluzole e HBE em neutralizar a lise celular induzida pelo veneno. Assim, estes resultados demonstram a influência do Riluzole no SNC como neuroprotetor de toxinas de veneno de serpente, possivelmente atuando como agente anti-inflamatório, e no SNP, aumentando a atividade da AChE e atuando de maneira dose-dependente sobre a placa motora.
id UNIP_bb84b211a0ced55a9b3a30744cb12585
oai_identifier_str oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/619
network_acronym_str UNIP
network_name_str Repositório Institucional da UNIPAMPA
repository_id_str
spelling Vinade, Lucia Helena do CantoLucho, Ana Paula de Bairros2016-11-16T13:07:17Z2016-11-16T13:07:17Z2014-05-15http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/619O Riluzole é quimicamente relacionado aos benzotiazóis e é conhecido como um agente neuroprotetor, possuindo propriedades anticonvulsivantes, analgésicas, anestésicas, e sedativas. A ação neuroprotetora mais conhecida desta droga ocorre através da inibição da transmissão glutamatérgica no sistema nervoso central (SNC). Nesse trabalho, o Riluzole foi ensaiado sobre a junção neuromuscular esquelética (JNM) de aves visando estudar sua interação com o sistema nervoso periférico (SNP). Também foi verificada a ação do Riluzole em fatias de hipocampo de camundongos, comparando os resultados com agentes antiinflamatórios como o extrato de Hypericum brasiliense (HBE) e seu principal composto, quercetina, frente ao veneno de serpente Crotalus durissus terrificus (Cdt). No SNP, o Riluzole foi ensaiado em preparação músculo biventer cervicis de pintainhos, em banho de órgão isolado, nas doses de 5, 10 e 20 µM. Foram obtidos registros da amplitude da força de contração muscular em presença ou ausência de Riluzole durante 120min, e as curvasresposta à adição exógena de acetilcolina (ACh – 110 µM) e ao cloreto de potássio (KCl – 20 mM), antes e após a incubação com o tratamento. O Riluzole induziu respostas tempo e dosedependentes. Na concentração de 5 µM houve uma diminuição gradativa e significativa da resposta contrátil (p<0.05). Na concentração de 10 µM, houve uma facilitação significativa (p<0.05) da resposta contrátil e das curvas evocadas pelo KCl e ACh. No entanto, na dose de 20 µM houve uma estabilização da contratilidade em relação ao controle. Em todas as doses de Riluzole ensaiadas na JNM houve um aumento significativo da atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE). Na sequência da verificação do mecanismo de ação do Riluzole sobre a placa motora, registros eletromiograficos foram tomados na presença dos inibidores especificos, Neostigmina e d-Tubocurarina, onde foi observada uma reversão dos efeitos quando Riluzole foi adicionado ao meio. Como modelo celular de SNC, a ação do Riluzole foi ensaiada em fatias de hipocampo e a viabilidade destas frente ao veneno de Cdt foi observada por meio da atividade de desidrogenases mitocondriais. Tanto Riluzole, como o extrato da planta HBE e quercetina, aumentaram a viabilidade celular em 1h de incubação a 37˚C na presença do veneno. Quercetina foi mais efetiva do que Riluzole e HBE em neutralizar a lise celular induzida pelo veneno. Assim, estes resultados demonstram a influência do Riluzole no SNC como neuroprotetor de toxinas de veneno de serpente, possivelmente atuando como agente anti-inflamatório, e no SNP, aumentando a atividade da AChE e atuando de maneira dose-dependente sobre a placa motora.Riluzole is chemically related to benzothiazoles and it is known as a neuroprotective agent with anticonvulsant, analgesic, anesthetic and sedative properties. The neuroprotective drug action is well established being through inhibition of glutamatergic transmission in the central nervous system (CNS). In this study, we have assayed the drug Riluzole at skeletal neuromuscular junction (NMJ) of avian, seeking its interaction with the peripheral nervous system (PNS). We also tested Riluzole in the CNS of mice by comparing its results with anti - inflammatory agents, such as extract of Hypericum brasiliense (HBE) and its main isolated compound, quercetin, against the poison of Crotalus durissus terrificus (Cdt). In the PNS, Riluzole was tested in nerve-muscle preparations in chick biventer cervicis at doses of 5, 10 and 20 μM. It was obtained recordings of the muscle twitch-tension amplitude and the contracture responses to exogenous applied acetylcholine (ACh 110 μM) and potassium chloride (KCl – 20 mM) in the presence or absence of Riluzole during 120 min. Riluzole induced time and dose-dependent responses. At concentration of 5μM there was a gradual and significant decrease in the contractile response (p<0.05). The concentration of 10μM showed a significant facilitation of the contractile response (p<0.05) and an increase in the curve responses evoked by KCl and ACh. However, at a dose of 20 μM there was a stabilization of contractility compared to control. All tested doses of Riluzole showed a significant increase in the activity of the enzyme acetylcholinesterase (AChE). The action mechanism of Riluzole on the endplate was further analysed through the use of specific inhibitors, Neostigmine and dTubocurarine, a reversal of effects those was seen when Riluzole was added to the medium. As a cellular model of CNS, the action of Riluzole was tested in mice hippocampal slices. The cell viability against Cdt venom was observed through the activity of mitochondrial dehydrogenases. Riluzole as much as the plant extract HBE and its active ingredient, quercetin, increased cell viability in 1h incubation at 37˚C in the presence of the poison. However, quercetin showed to be more effective than Riluzole and HBE in neutralizing cell lysis induced by the venom. Thus, these results demonstrate the influence of Riluzole on the CNS, it showed a neuroprotective effect against snake venom toxins, possibly acting as an anti-inflammatory agent. As for the cholinergic system in the NMJ, Riluzole showed an interesting effect by increasing the activity of AChE and by acting in a dose-dependent manner over the endplate.Universidade Federal do PampaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessJunção neuromuscularVenenoQuercetinaAcetilcolinaBiventer cervicisNeuromuscular junctionPoisonQuercetin acetylcholineBiventer cervicisEfeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebradosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALEfeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados..pdfEfeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados..pdfapplication/pdf3331266https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/1/Efeitos%20do%20Riluzole%20no%20Sistema%20Nervoso%20Central%20e%20Perif%c3%a9rico%20de%20vertebrados..pdf695a072e1aef84e61ff2e6ef010514a2MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTEfeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados..pdf.txtEfeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados..pdf.txtExtracted texttext/plain69118https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/4/Efeitos%20do%20Riluzole%20no%20Sistema%20Nervoso%20Central%20e%20Perif%c3%a9rico%20de%20vertebrados..pdf.txtf6d9013575d9b6996976394261638a22MD54riu/6192021-03-16 16:24:38.367oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/619Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2021-03-16T19:24:38Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
title Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
spellingShingle Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
Lucho, Ana Paula de Bairros
Junção neuromuscular
Veneno
Quercetina
Acetilcolina
Biventer cervicis
Neuromuscular junction
Poison
Quercetin acetylcholine
Biventer cervicis
title_short Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
title_full Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
title_fullStr Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
title_full_unstemmed Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
title_sort Efeitos do Riluzole no Sistema Nervoso Central e Periférico de vertebrados
author Lucho, Ana Paula de Bairros
author_facet Lucho, Ana Paula de Bairros
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vinade, Lucia Helena do Canto
dc.contributor.author.fl_str_mv Lucho, Ana Paula de Bairros
contributor_str_mv Vinade, Lucia Helena do Canto
dc.subject.por.fl_str_mv Junção neuromuscular
Veneno
Quercetina
Acetilcolina
Biventer cervicis
topic Junção neuromuscular
Veneno
Quercetina
Acetilcolina
Biventer cervicis
Neuromuscular junction
Poison
Quercetin acetylcholine
Biventer cervicis
dc.subject.eng.fl_str_mv Neuromuscular junction
Poison
Quercetin acetylcholine
Biventer cervicis
description O Riluzole é quimicamente relacionado aos benzotiazóis e é conhecido como um agente neuroprotetor, possuindo propriedades anticonvulsivantes, analgésicas, anestésicas, e sedativas. A ação neuroprotetora mais conhecida desta droga ocorre através da inibição da transmissão glutamatérgica no sistema nervoso central (SNC). Nesse trabalho, o Riluzole foi ensaiado sobre a junção neuromuscular esquelética (JNM) de aves visando estudar sua interação com o sistema nervoso periférico (SNP). Também foi verificada a ação do Riluzole em fatias de hipocampo de camundongos, comparando os resultados com agentes antiinflamatórios como o extrato de Hypericum brasiliense (HBE) e seu principal composto, quercetina, frente ao veneno de serpente Crotalus durissus terrificus (Cdt). No SNP, o Riluzole foi ensaiado em preparação músculo biventer cervicis de pintainhos, em banho de órgão isolado, nas doses de 5, 10 e 20 µM. Foram obtidos registros da amplitude da força de contração muscular em presença ou ausência de Riluzole durante 120min, e as curvasresposta à adição exógena de acetilcolina (ACh – 110 µM) e ao cloreto de potássio (KCl – 20 mM), antes e após a incubação com o tratamento. O Riluzole induziu respostas tempo e dosedependentes. Na concentração de 5 µM houve uma diminuição gradativa e significativa da resposta contrátil (p<0.05). Na concentração de 10 µM, houve uma facilitação significativa (p<0.05) da resposta contrátil e das curvas evocadas pelo KCl e ACh. No entanto, na dose de 20 µM houve uma estabilização da contratilidade em relação ao controle. Em todas as doses de Riluzole ensaiadas na JNM houve um aumento significativo da atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE). Na sequência da verificação do mecanismo de ação do Riluzole sobre a placa motora, registros eletromiograficos foram tomados na presença dos inibidores especificos, Neostigmina e d-Tubocurarina, onde foi observada uma reversão dos efeitos quando Riluzole foi adicionado ao meio. Como modelo celular de SNC, a ação do Riluzole foi ensaiada em fatias de hipocampo e a viabilidade destas frente ao veneno de Cdt foi observada por meio da atividade de desidrogenases mitocondriais. Tanto Riluzole, como o extrato da planta HBE e quercetina, aumentaram a viabilidade celular em 1h de incubação a 37˚C na presença do veneno. Quercetina foi mais efetiva do que Riluzole e HBE em neutralizar a lise celular induzida pelo veneno. Assim, estes resultados demonstram a influência do Riluzole no SNC como neuroprotetor de toxinas de veneno de serpente, possivelmente atuando como agente anti-inflamatório, e no SNP, aumentando a atividade da AChE e atuando de maneira dose-dependente sobre a placa motora.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-05-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-11-16T13:07:17Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-11-16T13:07:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/619
url http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/619
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pampa
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pampa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIPAMPA
instname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
instacron:UNIPAMPA
instname_str Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
instacron_str UNIPAMPA
institution UNIPAMPA
reponame_str Repositório Institucional da UNIPAMPA
collection Repositório Institucional da UNIPAMPA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/1/Efeitos%20do%20Riluzole%20no%20Sistema%20Nervoso%20Central%20e%20Perif%c3%a9rico%20de%20vertebrados..pdf
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/2/license_rdf
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/3/license.txt
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/619/4/Efeitos%20do%20Riluzole%20no%20Sistema%20Nervoso%20Central%20e%20Perif%c3%a9rico%20de%20vertebrados..pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 695a072e1aef84e61ff2e6ef010514a2
66e71c371cc565284e70f40736c94386
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
f6d9013575d9b6996976394261638a22
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
repository.mail.fl_str_mv sisbi@unipampa.edu.br
_version_ 1801849052263874560