História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Clarice Gomes de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/662
Resumo: Nesta Monografia de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Especialização em Educação e Diversidade Cultural apresento a pesquisa e o estudo que fiz acerca dos processos de subjetivação da posição que ocupo como orientadora educacional na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Arnaldo Faria, localizada no município de Bagé (RS). Apoiada nas teorias pós-estruturalistas e nos estudos culturais, analiso memórias da infância e da juventude da minha história de vida, entrelaçadas com as histórias de crianças e jovens com os quais convivo cotidianamente na minha escola. Durante o processo investigativo, à medida que escrevia minhas narrativas, emergiram na memória histórias vividas com outros sujeitos que, no passado e no presente, imprimiram e imprimem marcas na minha identidade como educadora. Falo dos meus pais, irmão, alunos/as, professores/as e, em especial, dos alunos da escola que me desafiam a repensar minhas concepções e práticas educativas em torno de questões da infância, juventude, gênero, sexualidade e escola. No cotidiano em que atuo, vivencio inúmeros conflitos diante das diferentes experiências, culturas e visões de mundo, o que me leva a compreender que diferentes infâncias e juventudes, posições de gênero e sexualidade são produzidas nos tempos, espaços e relações vividas pelos sujeitos. Com base nas teorias foucaultianas, percebo que a minha identidade de orientadora educacional é atravessada por práticas de confissão, pelo governo da conduta e pelo cuidado de si e dos outros, o que remete a concepção de subjetividade da Modernidade cujos discursos conformam o sujeito como um ser unificado e disciplinado e visam o governo das mentes e a docilização dos corpos. Tradicionalmente, o trabalho da orientação educacional tem sido marcado pelo poder disciplinar que atua sobre os sujeitos “desviantes” para enquadrá-los no código ético que governa as condutas na escola. Tais sujeitos escapam à normalidade por isso precisam ser vigiados e punidos. No entanto, percebo que minhas práticas como orientadora educacional não são de pura vigilância sobre os sujeitos, elas são contraditórias e revelam o quanto produzo uma identidade multifacetada, desforme e complexa como orientadora educacional, pois, nos modos como exerço o governo da conduta, a confissão e o cuidado de si e dos outros também busco me aproximar, escutar e estabelecer com eles/as diálogos plenos de afeto acerca das suas histórias de vida. Marcas de afeto e apoio que trago da minha própria história nas circunstâncias em que vivi processos de subjetivação intensos. Tudo isso indica o quanto somos sujeitos múltiplos e podemos sim mudar nossas práticas e exercer um cuidado de si e dos outros que não anula a diferença, mas estabelece com os outros uma convivência possível e autêntica.
id UNIP_c5d60db5be2261897e1fd900e504bef5
oai_identifier_str oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/662
network_acronym_str UNIP
network_name_str Repositório Institucional da UNIPAMPA
repository_id_str
spelling Voss, Dulce Mari da SilvaAlmeida, Clarice Gomes de2016-12-01T12:04:39Z2016-12-01T12:04:39Z2015-11-19http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/662Nesta Monografia de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Especialização em Educação e Diversidade Cultural apresento a pesquisa e o estudo que fiz acerca dos processos de subjetivação da posição que ocupo como orientadora educacional na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Arnaldo Faria, localizada no município de Bagé (RS). Apoiada nas teorias pós-estruturalistas e nos estudos culturais, analiso memórias da infância e da juventude da minha história de vida, entrelaçadas com as histórias de crianças e jovens com os quais convivo cotidianamente na minha escola. Durante o processo investigativo, à medida que escrevia minhas narrativas, emergiram na memória histórias vividas com outros sujeitos que, no passado e no presente, imprimiram e imprimem marcas na minha identidade como educadora. Falo dos meus pais, irmão, alunos/as, professores/as e, em especial, dos alunos da escola que me desafiam a repensar minhas concepções e práticas educativas em torno de questões da infância, juventude, gênero, sexualidade e escola. No cotidiano em que atuo, vivencio inúmeros conflitos diante das diferentes experiências, culturas e visões de mundo, o que me leva a compreender que diferentes infâncias e juventudes, posições de gênero e sexualidade são produzidas nos tempos, espaços e relações vividas pelos sujeitos. Com base nas teorias foucaultianas, percebo que a minha identidade de orientadora educacional é atravessada por práticas de confissão, pelo governo da conduta e pelo cuidado de si e dos outros, o que remete a concepção de subjetividade da Modernidade cujos discursos conformam o sujeito como um ser unificado e disciplinado e visam o governo das mentes e a docilização dos corpos. Tradicionalmente, o trabalho da orientação educacional tem sido marcado pelo poder disciplinar que atua sobre os sujeitos “desviantes” para enquadrá-los no código ético que governa as condutas na escola. Tais sujeitos escapam à normalidade por isso precisam ser vigiados e punidos. No entanto, percebo que minhas práticas como orientadora educacional não são de pura vigilância sobre os sujeitos, elas são contraditórias e revelam o quanto produzo uma identidade multifacetada, desforme e complexa como orientadora educacional, pois, nos modos como exerço o governo da conduta, a confissão e o cuidado de si e dos outros também busco me aproximar, escutar e estabelecer com eles/as diálogos plenos de afeto acerca das suas histórias de vida. Marcas de afeto e apoio que trago da minha própria história nas circunstâncias em que vivi processos de subjetivação intensos. Tudo isso indica o quanto somos sujeitos múltiplos e podemos sim mudar nossas práticas e exercer um cuidado de si e dos outros que não anula a diferença, mas estabelece com os outros uma convivência possível e autêntica.En esta Monografia de Conclusión de Curso de Pos-Grado em Educación y Diversidad Cultural, presento la pesquisa y ele estudio que realice acerca de los procesos de subjetivación de la posición que ocupo como orientadora educacional em la Escuela de Educación de Enseñanza Fundamental Dr. Arnaldo Faria, ubicada em ele distrito de Bagé/RS. Apoyada em lãs teorias pós-estruturaslistas y em los estudios culturales, he analizado memorias de mi infancia y de mi juventud entrelazadas com las historias de los niños y jóvenes que convivo todos los dias em mi escuela. Durante el proceso de búsqueda, mientras escribía mis narrativas, emergia em la memória historias vividas con otros sujetos que en el pasado y en el presente, imprimian e imprimen marcas en mi identidad como educadora. Hablo de mis padres, hermano, alumnos, profesores, em especial del estudantes que me desafian a repensar mis concepciones y practicas educativas em cuestiones relacionadas a la infância, juventud, género, sexualidad e escuela. Em el cotiadano, en lo cual actúo, experimento inúmeros conflictos delante de la distinta experiência cultural y visiones delante del mundo. Todo este entorno me lleva a comprender que la distintas vivencias em la infância y juventud, posiciones de género y seuxualidad son producidos em los tiempos, espacios y relaciones em la vida del sujeto. Embasados em las teorias foucaultianas, percibo que mi identidad de orientadora educacional é traspasada por prácticas confesionales, por el gobienro de la conducta y por el cuidado de si y del otro, lo que remete a la concepción de subjetividad en la Modernidad, cuyos discursos conforman el sujeito como un. ser unificado y disciplinado y visão el controle de la mente y la dulcificación de los cuerpos. Tradicionalmente, el trabajo de orientación educacional es marcado por el poder disciplinador que actúa sobre los sujetos “desviantes” para encuádralos em el código que gobierna las conductas em la Institución de Enseñanza. Tales sujetos escapan a la normalidad, por este motivo necesitan ser vigiados y punidos. Todavia, percibo que mis prácticas como orientadora educacional no son de pura vigilancia sobre los sujetos, ellas son contractarias y revelan lo cuanto produzco uma identidad multifacética, desforme y compleja como orientadora educacional, pues em las formas como ejerzo ele gobierno de la conducta, la confesión y el cuidado de si y del outro. Tambíén, busco acercarme, escuchar y establecer com ellos diálogos por el afecto, intentando saber su historia de vida. Marcas de afecto y apoyo que traigo de mi propia historia, circunstancia em que vivi procesos de subjetivación intensos. Todo eso indica lo cuanto somo sujetos múltiplos, y podremos cambiar nuestras prácticas y ejercer un cuidado de si próprio y del otro que no anule la diferencia, pero establecer com los demás uma vivencia posible y autentica.Universidade Federal do PampaCampus BagéAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANASEducaçãoHistória de vidaIdentidadeAlteridadeInfânciaJuventudeGêneroSexualidadeOrientação educacionalEducaciónHistoria de vidaIdentidadAlteridadInfanciaJuventudGéneroSexualidadOrientación educacionalHistória de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALMonografia Clarice Gomes de Almeida.pdfMonografia Clarice Gomes de Almeida.pdfMonografia apresentada ao Programa de PósGraduação Lato Sensu ao Curso de Especialização em Educação e Diversidade Cultural da Universidade Federal do Pampa, como requisito parcial para obtenção do Título de Especialista em Educação e Diversidade Culturalapplication/pdf1902116https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/1/Monografia%20Clarice%20Gomes%20de%20Almeida.pdffe08d91b58f216dca8d71ae69414e2f0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTMonografia Clarice Gomes de Almeida.pdf.txtMonografia Clarice Gomes de Almeida.pdf.txtExtracted texttext/plain103236https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/4/Monografia%20Clarice%20Gomes%20de%20Almeida.pdf.txt35842390f16322d97aac23c13fc42f3dMD54riu/6622021-03-17 10:03:11.59oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/662Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2021-03-17T13:03:11Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
title História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
spellingShingle História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
Almeida, Clarice Gomes de
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Educação
História de vida
Identidade
Alteridade
Infância
Juventude
Gênero
Sexualidade
Orientação educacional
Educación
Historia de vida
Identidad
Alteridad
Infancia
Juventud
Género
Sexualidad
Orientación educacional
title_short História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
title_full História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
title_fullStr História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
title_full_unstemmed História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
title_sort História de vida e identidade: o “Eu” orientadora educacional
author Almeida, Clarice Gomes de
author_facet Almeida, Clarice Gomes de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Voss, Dulce Mari da Silva
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Clarice Gomes de
contributor_str_mv Voss, Dulce Mari da Silva
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Educação
História de vida
Identidade
Alteridade
Infância
Juventude
Gênero
Sexualidade
Orientação educacional
Educación
Historia de vida
Identidad
Alteridad
Infancia
Juventud
Género
Sexualidad
Orientación educacional
dc.subject.por.fl_str_mv Educação
História de vida
Identidade
Alteridade
Infância
Juventude
Gênero
Sexualidade
Orientação educacional
dc.subject.spa.fl_str_mv Educación
Historia de vida
Identidad
Alteridad
Infancia
Juventud
Género
Sexualidad
Orientación educacional
description Nesta Monografia de Conclusão do Curso de Pós-Graduação Especialização em Educação e Diversidade Cultural apresento a pesquisa e o estudo que fiz acerca dos processos de subjetivação da posição que ocupo como orientadora educacional na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Arnaldo Faria, localizada no município de Bagé (RS). Apoiada nas teorias pós-estruturalistas e nos estudos culturais, analiso memórias da infância e da juventude da minha história de vida, entrelaçadas com as histórias de crianças e jovens com os quais convivo cotidianamente na minha escola. Durante o processo investigativo, à medida que escrevia minhas narrativas, emergiram na memória histórias vividas com outros sujeitos que, no passado e no presente, imprimiram e imprimem marcas na minha identidade como educadora. Falo dos meus pais, irmão, alunos/as, professores/as e, em especial, dos alunos da escola que me desafiam a repensar minhas concepções e práticas educativas em torno de questões da infância, juventude, gênero, sexualidade e escola. No cotidiano em que atuo, vivencio inúmeros conflitos diante das diferentes experiências, culturas e visões de mundo, o que me leva a compreender que diferentes infâncias e juventudes, posições de gênero e sexualidade são produzidas nos tempos, espaços e relações vividas pelos sujeitos. Com base nas teorias foucaultianas, percebo que a minha identidade de orientadora educacional é atravessada por práticas de confissão, pelo governo da conduta e pelo cuidado de si e dos outros, o que remete a concepção de subjetividade da Modernidade cujos discursos conformam o sujeito como um ser unificado e disciplinado e visam o governo das mentes e a docilização dos corpos. Tradicionalmente, o trabalho da orientação educacional tem sido marcado pelo poder disciplinar que atua sobre os sujeitos “desviantes” para enquadrá-los no código ético que governa as condutas na escola. Tais sujeitos escapam à normalidade por isso precisam ser vigiados e punidos. No entanto, percebo que minhas práticas como orientadora educacional não são de pura vigilância sobre os sujeitos, elas são contraditórias e revelam o quanto produzo uma identidade multifacetada, desforme e complexa como orientadora educacional, pois, nos modos como exerço o governo da conduta, a confissão e o cuidado de si e dos outros também busco me aproximar, escutar e estabelecer com eles/as diálogos plenos de afeto acerca das suas histórias de vida. Marcas de afeto e apoio que trago da minha própria história nas circunstâncias em que vivi processos de subjetivação intensos. Tudo isso indica o quanto somos sujeitos múltiplos e podemos sim mudar nossas práticas e exercer um cuidado de si e dos outros que não anula a diferença, mas estabelece com os outros uma convivência possível e autêntica.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-11-19
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-12-01T12:04:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-12-01T12:04:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/662
url http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/662
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pampa
dc.publisher.department.fl_str_mv Campus Bagé
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pampa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIPAMPA
instname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
instacron:UNIPAMPA
instname_str Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
instacron_str UNIPAMPA
institution UNIPAMPA
reponame_str Repositório Institucional da UNIPAMPA
collection Repositório Institucional da UNIPAMPA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/1/Monografia%20Clarice%20Gomes%20de%20Almeida.pdf
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/2/license_rdf
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/3/license.txt
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/662/4/Monografia%20Clarice%20Gomes%20de%20Almeida.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv fe08d91b58f216dca8d71ae69414e2f0
66e71c371cc565284e70f40736c94386
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
35842390f16322d97aac23c13fc42f3d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
repository.mail.fl_str_mv sisbi@unipampa.edu.br
_version_ 1801849053152018432