Análise fitoquímica e potencial alelopático de Eragrostis plana Nees (Poaceae)

• Autor(a) principal: Borges, Bruna Trindade
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4381
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; Metabólito secundário; Alelopatia; Capim-annoni-2; Secondary metabolite; Allelopathy

Das estratégias adotadas pelas plantas invasoras para dominância em comunidades vegetais, a liberação de aleloquímicos se sobressai. Uma das espécies invasoras com potencial alelopático e com produção desses aleloquímicos é o capim-annoni-2 (Eragrostis plana Nees). O objetivo do trabalho foi verificar o efeito alelopático de E. plana sobre espécies cultivadas (azevém-anual (Lolium multiflorium Lam.), aveia branca (Avena sativa L.), cornichão (Lotus corniculatus L.), feijão miúdo (Vigna unguiculata L.), girassol (Helianthus annus L.) e cevadinha (Bromus catharticus Vahl)) e, identificar e quantificar aleloquímicos presentes em partes aéreas de capim-annoni-2. Para isso, foram coletadas partes aéreas de E. plana, sendo o material seco em estufa a 60ºC durante 72 horas e moído para a obtenção do extrato aquoso (processo alelopático) e do extrato metanólico (análise fitoquímica) na concentração de 1 g 10 mL-1. Para o processo alelopático, o extrato aquoso foi diluído em quatro concentrações diferentes (10, 30, 50 e 70%), utilizando a concentração de 100% (extrato puro) e tratamento controle (água destilada). Para o processo fitoquímico foram avaliados através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) os principais grupos de metabólitos secundários com possíveis atuações alelopáticas: polifenóis (ácido gálico, ácido cafeico, ácido elágico e ácido clorogênico), flavonóides (quercetina, apigenina e rutina) e taninos totais (catequina, apigenina e epicatequina). O efeito alelopático promoveu diminuição no processo germinativo de todas as sementes testadas. Houve um maior efeito alelopático conforme o aumento das concentrações do extrato utilizado. O crescimento inicial do sistema radicular e da parte aérea foram reduzidos com o aumento das concentrações, sendo que o crescimento inicial dessas duas estruturas no cornichão foi inibido na concentração de 100 %. Sugere-se que o efeito alelopático deve-se a presença dos aleloquímicos encontrados no capim-annoni-2, sendo identificados e quantificados polifenóis (ácido clorogênico e ácido cafeico), flavonoides (quercetina e rutina) e taninos totais (catequina, apigenina e epicatequina), sendo que os dois primeiros grupos mostraram-se como compostos majoritários para o capim-annoni-2 e poderiam justificar a forte dominância desta planta invasora no Bioma Pampa.