CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Labirinto (Porto Velho) |
Texto Completo: | https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786 |
Resumo: | Quando falamos em cidades imaginárias, não estamos opondo esse significado à ideia de cidades reais. Longe de estabelecermos uma antítese ligeira, um dualismo mecânico, pensamos que essas fronteiras se interpenetram e se movem constituído cartografias diversas de sentidos, de valores, de usos dos espaços, dos afetos, desejos e medos que nos situam como sujeitos que nos movemos na cidade e com a cidade. Toda cidade carrega temporalidades distintas e intercambiáveis nas narrativas que se constituem sobre ela: há a dimensão que lida com o passado vivido pelos moradores e das marcas grafadas nas construções do espaço urbano. Há a dimensão do presente, do aqui agora, em jogos abertos de disputas, de solidariedades e interesses que movem o cotidiano dos habitantes da cidade e as configurações em torno dela. Por fim, há sempre a perspectiva do vir a ser, do futuro indefinido, dos acasos e dos atos deliberados que carregam dores, esperanças, utopias, distopias, alegrias e outros tantos sentimentos. A Amazônia, caracterizada por sua diversidade étnica e cultural, é constituída por múltiplos territórios sociais, aqui pensados enquanto uma prática política, uma projeção cultural sobre o espaço. Em meio a essas muitas Amazônias existe uma Amazônia urbana, com as cidades se constituindo de diferentes maneiras, em diferentes espaços e períodos históricos. Pesquisar e escrever sobre esses diversos cenários contribui para o desmantelamento de concepções sobre cidades míticas, para o desenvolvimento de problematizações com marcos e personagens fundadores, assim como para processos de ressignificações dos vários saberes e fazeres que perpassam esses espaços. Assim, considera-se que as cidades são produtos da cultura humana. São tingidas de estéticas diversas, moralismos de tons variados, racionalidades carregadas de certezas e sonhos contínuos. Por isso, toda cidade é sempre imaginada. |
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CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIASQuando falamos em cidades imaginárias, não estamos opondo esse significado à ideia de cidades reais. Longe de estabelecermos uma antítese ligeira, um dualismo mecânico, pensamos que essas fronteiras se interpenetram e se movem constituído cartografias diversas de sentidos, de valores, de usos dos espaços, dos afetos, desejos e medos que nos situam como sujeitos que nos movemos na cidade e com a cidade. Toda cidade carrega temporalidades distintas e intercambiáveis nas narrativas que se constituem sobre ela: há a dimensão que lida com o passado vivido pelos moradores e das marcas grafadas nas construções do espaço urbano. Há a dimensão do presente, do aqui agora, em jogos abertos de disputas, de solidariedades e interesses que movem o cotidiano dos habitantes da cidade e as configurações em torno dela. Por fim, há sempre a perspectiva do vir a ser, do futuro indefinido, dos acasos e dos atos deliberados que carregam dores, esperanças, utopias, distopias, alegrias e outros tantos sentimentos. A Amazônia, caracterizada por sua diversidade étnica e cultural, é constituída por múltiplos territórios sociais, aqui pensados enquanto uma prática política, uma projeção cultural sobre o espaço. Em meio a essas muitas Amazônias existe uma Amazônia urbana, com as cidades se constituindo de diferentes maneiras, em diferentes espaços e períodos históricos. Pesquisar e escrever sobre esses diversos cenários contribui para o desmantelamento de concepções sobre cidades míticas, para o desenvolvimento de problematizações com marcos e personagens fundadores, assim como para processos de ressignificações dos vários saberes e fazeres que perpassam esses espaços. Assim, considera-se que as cidades são produtos da cultura humana. São tingidas de estéticas diversas, moralismos de tons variados, racionalidades carregadas de certezas e sonhos contínuos. Por isso, toda cidade é sempre imaginada.PROPESQ2019-01-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/378610.47209/1519-6674.v.29.n.1.p.1-4Revista Labirinto (UNIR); v. 29 (2018): Jul.-Dez.; 1-41519-667410.47209/1519-6674.v29.n.1reponame:Labirinto (Porto Velho)instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)instacron:UNIRporhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786/2622Copyright (c) 2019 Revista Labirintoinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Francisco Bento daSouza, Sérgio Roberto Gomes de2021-01-25T15:22:27Zoai:periodicos.unir.br:article/3786Revistahttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTOPUBhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/oai||labirinto@unir.br1519-66741519-6674opendoar:2021-01-25T15:22:27Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)false |
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