CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Francisco Bento da
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Souza, Sérgio Roberto Gomes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Labirinto (Porto Velho)
Texto Completo: https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786
Resumo: Quando falamos em cidades imaginárias, não estamos opondo esse significado à ideia de cidades reais. Longe de estabelecermos uma antítese ligeira, um dualismo mecânico, pensamos que essas fronteiras se interpenetram e se movem constituído cartografias diversas de sentidos, de valores, de usos dos espaços, dos afetos, desejos e medos que nos situam como sujeitos que nos movemos na cidade e com a cidade. Toda cidade carrega temporalidades distintas e intercambiáveis nas narrativas que se constituem sobre ela: há a dimensão que lida com o passado vivido pelos moradores e das marcas grafadas nas construções do espaço urbano. Há a dimensão do presente, do aqui agora, em jogos abertos de disputas, de solidariedades e interesses que movem o cotidiano dos habitantes da cidade e as configurações em torno dela. Por fim, há sempre a perspectiva do vir a ser, do futuro indefinido, dos acasos e dos atos deliberados que carregam dores, esperanças, utopias, distopias, alegrias e outros tantos sentimentos. A Amazônia, caracterizada por sua diversidade étnica e cultural, é constituída por múltiplos territórios sociais, aqui pensados enquanto uma prática política, uma projeção cultural sobre o espaço. Em meio a essas muitas Amazônias existe uma Amazônia urbana, com as cidades se constituindo de diferentes maneiras, em diferentes espaços e períodos históricos. Pesquisar e escrever sobre esses diversos cenários contribui para o desmantelamento de concepções sobre cidades míticas, para o desenvolvimento de problematizações com marcos e personagens fundadores, assim como para processos de ressignificações dos vários saberes e fazeres que perpassam esses espaços.  Assim, considera-se que as cidades são produtos da cultura humana. São tingidas de estéticas diversas, moralismos de tons variados, racionalidades carregadas de certezas e sonhos contínuos. Por isso, toda cidade é sempre imaginada.
id UNIR-2_63ea66c829480e090039be96021af6a2
oai_identifier_str oai:periodicos.unir.br:article/3786
network_acronym_str UNIR-2
network_name_str Labirinto (Porto Velho)
repository_id_str
spelling CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIASQuando falamos em cidades imaginárias, não estamos opondo esse significado à ideia de cidades reais. Longe de estabelecermos uma antítese ligeira, um dualismo mecânico, pensamos que essas fronteiras se interpenetram e se movem constituído cartografias diversas de sentidos, de valores, de usos dos espaços, dos afetos, desejos e medos que nos situam como sujeitos que nos movemos na cidade e com a cidade. Toda cidade carrega temporalidades distintas e intercambiáveis nas narrativas que se constituem sobre ela: há a dimensão que lida com o passado vivido pelos moradores e das marcas grafadas nas construções do espaço urbano. Há a dimensão do presente, do aqui agora, em jogos abertos de disputas, de solidariedades e interesses que movem o cotidiano dos habitantes da cidade e as configurações em torno dela. Por fim, há sempre a perspectiva do vir a ser, do futuro indefinido, dos acasos e dos atos deliberados que carregam dores, esperanças, utopias, distopias, alegrias e outros tantos sentimentos. A Amazônia, caracterizada por sua diversidade étnica e cultural, é constituída por múltiplos territórios sociais, aqui pensados enquanto uma prática política, uma projeção cultural sobre o espaço. Em meio a essas muitas Amazônias existe uma Amazônia urbana, com as cidades se constituindo de diferentes maneiras, em diferentes espaços e períodos históricos. Pesquisar e escrever sobre esses diversos cenários contribui para o desmantelamento de concepções sobre cidades míticas, para o desenvolvimento de problematizações com marcos e personagens fundadores, assim como para processos de ressignificações dos vários saberes e fazeres que perpassam esses espaços.  Assim, considera-se que as cidades são produtos da cultura humana. São tingidas de estéticas diversas, moralismos de tons variados, racionalidades carregadas de certezas e sonhos contínuos. Por isso, toda cidade é sempre imaginada.PROPESQ2019-01-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/378610.47209/1519-6674.v.29.n.1.p.1-4Revista Labirinto (UNIR); v. 29 (2018): Jul.-Dez.; 1-41519-667410.47209/1519-6674.v29.n.1reponame:Labirinto (Porto Velho)instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)instacron:UNIRporhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786/2622Copyright (c) 2019 Revista Labirintoinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Francisco Bento daSouza, Sérgio Roberto Gomes de2021-01-25T15:22:27Zoai:periodicos.unir.br:article/3786Revistahttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTOPUBhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/oai||labirinto@unir.br1519-66741519-6674opendoar:2021-01-25T15:22:27Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)false
dc.title.none.fl_str_mv CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
title CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
spellingShingle CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
Silva, Francisco Bento da
title_short CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
title_full CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
title_fullStr CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
title_full_unstemmed CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
title_sort CIDADES “IMAGINÁRIAS” NAS AMAZÔNIAS
author Silva, Francisco Bento da
author_facet Silva, Francisco Bento da
Souza, Sérgio Roberto Gomes de
author_role author
author2 Souza, Sérgio Roberto Gomes de
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Francisco Bento da
Souza, Sérgio Roberto Gomes de
description Quando falamos em cidades imaginárias, não estamos opondo esse significado à ideia de cidades reais. Longe de estabelecermos uma antítese ligeira, um dualismo mecânico, pensamos que essas fronteiras se interpenetram e se movem constituído cartografias diversas de sentidos, de valores, de usos dos espaços, dos afetos, desejos e medos que nos situam como sujeitos que nos movemos na cidade e com a cidade. Toda cidade carrega temporalidades distintas e intercambiáveis nas narrativas que se constituem sobre ela: há a dimensão que lida com o passado vivido pelos moradores e das marcas grafadas nas construções do espaço urbano. Há a dimensão do presente, do aqui agora, em jogos abertos de disputas, de solidariedades e interesses que movem o cotidiano dos habitantes da cidade e as configurações em torno dela. Por fim, há sempre a perspectiva do vir a ser, do futuro indefinido, dos acasos e dos atos deliberados que carregam dores, esperanças, utopias, distopias, alegrias e outros tantos sentimentos. A Amazônia, caracterizada por sua diversidade étnica e cultural, é constituída por múltiplos territórios sociais, aqui pensados enquanto uma prática política, uma projeção cultural sobre o espaço. Em meio a essas muitas Amazônias existe uma Amazônia urbana, com as cidades se constituindo de diferentes maneiras, em diferentes espaços e períodos históricos. Pesquisar e escrever sobre esses diversos cenários contribui para o desmantelamento de concepções sobre cidades míticas, para o desenvolvimento de problematizações com marcos e personagens fundadores, assim como para processos de ressignificações dos vários saberes e fazeres que perpassam esses espaços.  Assim, considera-se que as cidades são produtos da cultura humana. São tingidas de estéticas diversas, moralismos de tons variados, racionalidades carregadas de certezas e sonhos contínuos. Por isso, toda cidade é sempre imaginada.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-01-17
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786
10.47209/1519-6674.v.29.n.1.p.1-4
url https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786
identifier_str_mv 10.47209/1519-6674.v.29.n.1.p.1-4
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/3786/2622
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Revista Labirinto
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Revista Labirinto
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv PROPESQ
publisher.none.fl_str_mv PROPESQ
dc.source.none.fl_str_mv Revista Labirinto (UNIR); v. 29 (2018): Jul.-Dez.; 1-4
1519-6674
10.47209/1519-6674.v29.n.1
reponame:Labirinto (Porto Velho)
instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
instacron:UNIR
instname_str Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
instacron_str UNIR
institution UNIR
reponame_str Labirinto (Porto Velho)
collection Labirinto (Porto Velho)
repository.name.fl_str_mv Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
repository.mail.fl_str_mv ||labirinto@unir.br
_version_ 1800219451503673344