O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poppelaars, Antonius Gerardus Maria
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Labirinto (Porto Velho)
Texto Completo: https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/2922
Resumo: ResumoA peça A Morte de um Caixeiro-Viajante (1949) de Arthur Miller tem como protagonista Willy Loman, um vendedor norte-americano fracassado de classe média baixa. Assim, acontece o insólito: um homem comum, torna-se um herói trágico. Um acontecimento insólito de fato, porque, segundo a terminologia dramática de Aristóteles, um herói é um homem nobre e de alta posição. Há, portanto, uma controvérsia sobre o herói trágico aristotélico em torno da peça, que não foi considerada por vários críticos como uma tragédia, por não incorporar os critérios aristotélicos. Mas, o sofrimento de um homem comum não pode ser trágico? O primeiro questionamento deste artigo discuta se é possível definir Willy como um herói trágico segundo a teoria Aristotélica. Para resolver esta questão, compara-se A Poética de Aristóteles com a peça de Miller para responder se ainda existem heróis trágicos. O segundo questionamento deste artigo discute se ainda existe tragicidade, uma discussão baseada em Rudolf Steiner, um defensor do desaparecimento da tragicidade. Steiner é atacado por Raymond Williams e Arthur Miller, que defendem a presença do herói trágico e a tragicidade na modernidade. Por contrapor as noções de tragicidade de Aristóteles, Steiner, Williams e Miller, este artigo oferece também uma discussão sobre o desenvolvimento histórico do herói trágico e da tragicidade. Percebe-se que o desenvolvimento histórico da tragédia mostra que um homem comum pode ser trágico, pois, o sofrimento de Willy, o homem comum, provoca terror e piedade, uma vez que aconteceu com ele pode acontecer a qualquer um de nós.Palavras-chave: Tragicidade; Herói Trágico; A Morte de um Caixeiro Viajante; Arthur Miller.
id UNIR-2_898d3d0dc213387d56890da94c4a4918
oai_identifier_str oai:periodicos.unir.br:article/2922
network_acronym_str UNIR-2
network_name_str Labirinto (Porto Velho)
repository_id_str
spelling O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLERTragicidadeHerói TrágicoA Morte de um Caixeiro ViajanteArthur MillerResumoA peça A Morte de um Caixeiro-Viajante (1949) de Arthur Miller tem como protagonista Willy Loman, um vendedor norte-americano fracassado de classe média baixa. Assim, acontece o insólito: um homem comum, torna-se um herói trágico. Um acontecimento insólito de fato, porque, segundo a terminologia dramática de Aristóteles, um herói é um homem nobre e de alta posição. Há, portanto, uma controvérsia sobre o herói trágico aristotélico em torno da peça, que não foi considerada por vários críticos como uma tragédia, por não incorporar os critérios aristotélicos. Mas, o sofrimento de um homem comum não pode ser trágico? O primeiro questionamento deste artigo discuta se é possível definir Willy como um herói trágico segundo a teoria Aristotélica. Para resolver esta questão, compara-se A Poética de Aristóteles com a peça de Miller para responder se ainda existem heróis trágicos. O segundo questionamento deste artigo discute se ainda existe tragicidade, uma discussão baseada em Rudolf Steiner, um defensor do desaparecimento da tragicidade. Steiner é atacado por Raymond Williams e Arthur Miller, que defendem a presença do herói trágico e a tragicidade na modernidade. Por contrapor as noções de tragicidade de Aristóteles, Steiner, Williams e Miller, este artigo oferece também uma discussão sobre o desenvolvimento histórico do herói trágico e da tragicidade. Percebe-se que o desenvolvimento histórico da tragédia mostra que um homem comum pode ser trágico, pois, o sofrimento de Willy, o homem comum, provoca terror e piedade, uma vez que aconteceu com ele pode acontecer a qualquer um de nós.Palavras-chave: Tragicidade; Herói Trágico; A Morte de um Caixeiro Viajante; Arthur Miller.PROPESQ2018-05-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/292210.47209/1519-6674.v.27.n.1.p.126-145Revista Labirinto (UNIR); v. 27 (2017): Jul-Dez.; 126-1451519-667410.47209/1519-6674.v27.n.1reponame:Labirinto (Porto Velho)instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)instacron:UNIRporhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/2922/2271Copyright (c) 2018 Revista Labirintoinfo:eu-repo/semantics/openAccessPoppelaars, Antonius Gerardus Maria2021-01-27T14:57:02Zoai:periodicos.unir.br:article/2922Revistahttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTOPUBhttps://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/oai||labirinto@unir.br1519-66741519-6674opendoar:2021-01-27T14:57:02Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)false
dc.title.none.fl_str_mv O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
title O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
spellingShingle O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
Poppelaars, Antonius Gerardus Maria
Tragicidade
Herói Trágico
A Morte de um Caixeiro Viajante
Arthur Miller
title_short O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
title_full O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
title_fullStr O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
title_full_unstemmed O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
title_sort O SOFRIMENTO DO HOMEM COMUM: O HERÓI TRÁGICO E TRAGICIDADE EM A MORTE DE UM CAIXEIRO-VIAJANTE DE ARTHUR MILLER
author Poppelaars, Antonius Gerardus Maria
author_facet Poppelaars, Antonius Gerardus Maria
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Poppelaars, Antonius Gerardus Maria
dc.subject.por.fl_str_mv Tragicidade
Herói Trágico
A Morte de um Caixeiro Viajante
Arthur Miller
topic Tragicidade
Herói Trágico
A Morte de um Caixeiro Viajante
Arthur Miller
description ResumoA peça A Morte de um Caixeiro-Viajante (1949) de Arthur Miller tem como protagonista Willy Loman, um vendedor norte-americano fracassado de classe média baixa. Assim, acontece o insólito: um homem comum, torna-se um herói trágico. Um acontecimento insólito de fato, porque, segundo a terminologia dramática de Aristóteles, um herói é um homem nobre e de alta posição. Há, portanto, uma controvérsia sobre o herói trágico aristotélico em torno da peça, que não foi considerada por vários críticos como uma tragédia, por não incorporar os critérios aristotélicos. Mas, o sofrimento de um homem comum não pode ser trágico? O primeiro questionamento deste artigo discuta se é possível definir Willy como um herói trágico segundo a teoria Aristotélica. Para resolver esta questão, compara-se A Poética de Aristóteles com a peça de Miller para responder se ainda existem heróis trágicos. O segundo questionamento deste artigo discute se ainda existe tragicidade, uma discussão baseada em Rudolf Steiner, um defensor do desaparecimento da tragicidade. Steiner é atacado por Raymond Williams e Arthur Miller, que defendem a presença do herói trágico e a tragicidade na modernidade. Por contrapor as noções de tragicidade de Aristóteles, Steiner, Williams e Miller, este artigo oferece também uma discussão sobre o desenvolvimento histórico do herói trágico e da tragicidade. Percebe-se que o desenvolvimento histórico da tragédia mostra que um homem comum pode ser trágico, pois, o sofrimento de Willy, o homem comum, provoca terror e piedade, uma vez que aconteceu com ele pode acontecer a qualquer um de nós.Palavras-chave: Tragicidade; Herói Trágico; A Morte de um Caixeiro Viajante; Arthur Miller.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-05-31
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/2922
10.47209/1519-6674.v.27.n.1.p.126-145
url https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/2922
identifier_str_mv 10.47209/1519-6674.v.27.n.1.p.126-145
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/2922/2271
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2018 Revista Labirinto
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2018 Revista Labirinto
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv PROPESQ
publisher.none.fl_str_mv PROPESQ
dc.source.none.fl_str_mv Revista Labirinto (UNIR); v. 27 (2017): Jul-Dez.; 126-145
1519-6674
10.47209/1519-6674.v27.n.1
reponame:Labirinto (Porto Velho)
instname:Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
instacron:UNIR
instname_str Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
instacron_str UNIR
institution UNIR
reponame_str Labirinto (Porto Velho)
collection Labirinto (Porto Velho)
repository.name.fl_str_mv Labirinto (Porto Velho) - Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
repository.mail.fl_str_mv ||labirinto@unir.br
_version_ 1800219451149254656