MARAVILHA DE WILTSHIRE: UMA CRÍTICA AO PATRIARCADO EM NOITES NO CIRCO (1984), DE ANGELA CARTER

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Romero, Lis Doreto
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Rapucci, Cleide Antonia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Labirinto (Porto Velho)
Texto Completo: https://periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/2886
Resumo: Em 1929 com a publicação de Um teto todo seu, Virginia Woolf já demonstrava preocupação com a escrita de autoria feminina. Sem precursoras, as escritoras do século XIX, como Jane Austen e Charlotte Brontë, por exemplo, se lançaram ao campo da literatura, e confrontaram desta forma o lugar que o patriarcado reservava para as mulheres: o espaço privado. Assim, essas mulheres inauguraram a primeira fase da escrita de autoria feminina, que de acordo com a crítica feminista e assim como ela, possui três fases. A segunda metade do século XX é marcada pela escrita de autoria feminina que questiona abertamente o patriarcado e também pela representação literária da mulher liberta. Angela Carter (1940 – 1992), em um dos seus últimos romances publicados, Noites no Circo (1984), faz uso do realismo mágico para denunciar o patriarcado, para expor estereótipos comuns associados à mulher a fim de criticá-los, entre eles: a mulher-sujeito e a mulher-objeto. Este artigo propõe analisar personagens do romance, como a heroína Fevvers, que representa a mulher-sujeito, e a Maravilha de Wiltshire, a mulher-objeto, para trazer à luz as diferenças que compõem suas histórias e seus comportamentos a fim de destacar a violência sofrida pela personagem Maravilha, que com nem 90 centímetros de altura representa a crueldade exercida pelo patriarcado, o qual deu a ela um único destino possível: pertencer a um museu de monstros e se prostituir.
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