O CUIDAR DO PORTADOR DE AUTISMO E SEUS FAMILIARES: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOREIRA, NEWTON SIRIGNI
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online
Texto Completo: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/905
Resumo: INTRODUÇÃOO autismo infantil manifesta-se antes da idade de três anos. Caracteriza-se por anormalidades qualitativas nas três áreas seguintes: interação social, comunicação e comportamento, que é restrito e repetitivo (OMS, 1993). Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas à lista de checagem de autismo, esta serve como orientação para o diagnóstico. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade. As principais características são: dificuldade em juntar-se com outras pessoas; Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina; risos e sorrisos inapropriados; não temer os perigos; pouco contato visual; pequena resposta aos métodos normais de ensino; brinquedos muitas vezes interrompidos; aparente insensibilidade à dor; ecolalia (repetição de palavras ou frases); preferência por estar só; conduta reservada; pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente; hiper ou hipo atividade física; aparenta angústia sem razão aparente; não responde às ordens verbais; e outros. A partir da experiência obtida durante o ensino clínico, percebemos que a escuta terapêutica, realizada pela equipe, com os familiares, tornou-se um método muito importante para identificar as dificuldades enfrentadas pelos mesmos na sociedade, visto que, as crianças apresentam comportamentos diferentes dos padrões convencionais. Neste meio social de estranheza, os familiares encontraram no cotidiano do serviço, uma equipe multiprofissional dedicada a promover uma melhor qualidade de vida as crianças autistas e seus familiares. Esta equipe era composta por: terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiátricas e enfermeiras. As representações significativas encontradas no cotidiano da prática do serviço com crianças e adolescentes para o cotidiano de enfermagem oportuniza a valorização do contexto extra muro, onde o nosso olhar extrapola o limite da doença. Neste contexto de valores: o preconceito, a informação, a desagregação familiar e a escuta terapêutica mostrou-se no primeiro momento como inquietações pertinentes a construção do novo cuidado enquanto profissionais de enfermagem em formação. Percebemos assim, que o cuidado de enfermagem com crianças e adolescentes com transtornos mentais neste serviço se constrói a partir destes quatros valores identificados.OBJETIVOS                                                                                           Propiciar uma melhor qualidade de vida aos familiares e as crianças autistas; levantar dados para a melhoria da qualidade de vida junto à equipe técnica que atende os familiares do setor; contextualizar as questões levantadas junto à equipe Multiprofissional.METODOLOGIA Tratou-se de um estudo de natureza qualitativa baseado em análises de dados levantados, obtidos através de uma entrevista aberta e gravada aplicada à equipe técnica (terapeutas ocupacionais, psiquiatras, psicólogos e enfermeiras) que atendem os familiares das crianças e adolescentes autistas. Utilizamos o método da observação participante, em que podemos manter um contato direto os sujeitos da nossa pesquisa.O diário de campo foi utilizado para registrar o nosso cotidiano durante o período de ensino clínico, sendo registrado no mesmo, as reuniões feitas pela equipe e as atividades realizadas com as crianças autistas. Esta entrevista foi elaborada a partir de quatro eixos temáticos: preconceito, informação, escuta terapêutica e desagregação familiar, que foram identificados durante a vivência do serviço.RESULTADOS No progresso deste estudo foram explorados todos os eixos temáticos investigados nas entrevistas, realizadas com oito profissionais do serviço, distribuídos em: dois profissionais de Terapia Ocupacional, dois profissionais de Psiquiatria, uma enfermeira e três psicólogos. A partir da análise dos dados obtidos através das entrevistas, podem-se evidenciar sete categorias que emergiram através das falas dos profissionais, tais como: dificuldade dos pais em aceitar a criança autista e suas limitações no convívio social; Expectativa da melhora do filho autista; A importância da equipe multiprofissional; A relevância da utilização da escuta terapêutica proporcionadas aos familiares; A “porta de entrada” da demanda do serviço; Acolhimento de forma Humanizada e; Influência de uma família desestruturada na evolução do tratamento. CONCLUSÃO   Podemos abordar diversos assuntos importantes no que se refere ao cuidar do paciente autista e as nossas inquietações que surgiram durante o ensino clínico. O autista não é propriamente um indivíduo portador de uma doença que limita a capacidade de interagir socialmente, mas sim alguém que vive em seu próprio “mundo interior” e que este nós ainda não conhecemos. Portanto, compreendemos a realidade dos pais de uma criança que não atende as exigências sociais e se limita apenas em viver em seu “mundo”, assim sendo, estes pais tornam-se exclusivamente subordinados a doença de seu filho estabelecendo assim uma desestrutura familiar. Durante esse período, pudemos vivenciar a rotina de uma equipe multiprofissional, que está totalmente engajada no tratamento da criança autista, juntamente com os pais, formando uma parceria fundamental para o desenvolvimento do trabalho. Sendo assim, percebemos que os membros mais importantes do tratamento realizado são as próprias crianças autistas e seus pais ou sua família. Enquanto profissionais de enfermagem em formação, podemos lançar mão de nossos conhecimentos e interesses no comportamento humano, e a partir daí proporcionamos nosso cuidado e apoio a estas crianças os quais, fatalmente, são excluídos por uma sociedade preconceituosa que impõe barreiras e designa estereótipos.  
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Neste meio social de estranheza, os familiares encontraram no cotidiano do serviço, uma equipe multiprofissional dedicada a promover uma melhor qualidade de vida as crianças autistas e seus familiares. Esta equipe era composta por: terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiátricas e enfermeiras. As representações significativas encontradas no cotidiano da prática do serviço com crianças e adolescentes para o cotidiano de enfermagem oportuniza a valorização do contexto extra muro, onde o nosso olhar extrapola o limite da doença. Neste contexto de valores: o preconceito, a informação, a desagregação familiar e a escuta terapêutica mostrou-se no primeiro momento como inquietações pertinentes a construção do novo cuidado enquanto profissionais de enfermagem em formação. 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As principais características são: dificuldade em juntar-se com outras pessoas; Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina; risos e sorrisos inapropriados; não temer os perigos; pouco contato visual; pequena resposta aos métodos normais de ensino; brinquedos muitas vezes interrompidos; aparente insensibilidade à dor; ecolalia (repetição de palavras ou frases); preferência por estar só; conduta reservada; pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente; hiper ou hipo atividade física; aparenta angústia sem razão aparente; não responde às ordens verbais; e outros. A partir da experiência obtida durante o ensino clínico, percebemos que a escuta terapêutica, realizada pela equipe, com os familiares, tornou-se um método muito importante para identificar as dificuldades enfrentadas pelos mesmos na sociedade, visto que, as crianças apresentam comportamentos diferentes dos padrões convencionais. Neste meio social de estranheza, os familiares encontraram no cotidiano do serviço, uma equipe multiprofissional dedicada a promover uma melhor qualidade de vida as crianças autistas e seus familiares. Esta equipe era composta por: terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiátricas e enfermeiras. As representações significativas encontradas no cotidiano da prática do serviço com crianças e adolescentes para o cotidiano de enfermagem oportuniza a valorização do contexto extra muro, onde o nosso olhar extrapola o limite da doença. Neste contexto de valores: o preconceito, a informação, a desagregação familiar e a escuta terapêutica mostrou-se no primeiro momento como inquietações pertinentes a construção do novo cuidado enquanto profissionais de enfermagem em formação. 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Utilizamos o método da observação participante, em que podemos manter um contato direto os sujeitos da nossa pesquisa.O diário de campo foi utilizado para registrar o nosso cotidiano durante o período de ensino clínico, sendo registrado no mesmo, as reuniões feitas pela equipe e as atividades realizadas com as crianças autistas. Esta entrevista foi elaborada a partir de quatro eixos temáticos: preconceito, informação, escuta terapêutica e desagregação familiar, que foram identificados durante a vivência do serviço.RESULTADOS No progresso deste estudo foram explorados todos os eixos temáticos investigados nas entrevistas, realizadas com oito profissionais do serviço, distribuídos em: dois profissionais de Terapia Ocupacional, dois profissionais de Psiquiatria, uma enfermeira e três psicólogos. A partir da análise dos dados obtidos através das entrevistas, podem-se evidenciar sete categorias que emergiram através das falas dos profissionais, tais como: dificuldade dos pais em aceitar a criança autista e suas limitações no convívio social; Expectativa da melhora do filho autista; A importância da equipe multiprofissional; A relevância da utilização da escuta terapêutica proporcionadas aos familiares; A “porta de entrada” da demanda do serviço; Acolhimento de forma Humanizada e; Influência de uma família desestruturada na evolução do tratamento. CONCLUSÃO   Podemos abordar diversos assuntos importantes no que se refere ao cuidar do paciente autista e as nossas inquietações que surgiram durante o ensino clínico. O autista não é propriamente um indivíduo portador de uma doença que limita a capacidade de interagir socialmente, mas sim alguém que vive em seu próprio “mundo interior” e que este nós ainda não conhecemos. 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