A RELAÇÃO ENTRE O INÍCIO DA VIVÊNCIA NO CAMPO DE PRÁTICA HOSPITALAR E O DESENVOLVIMENTO DE SINTOMAS DE DISTÚRBIOS PSICOSSOMÁTICOS EM GRADUANDOS DE ENFERMAGEM.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soeiro, Raquel Lima
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: de Souza, Ândrea Cardoso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online
Texto Completo: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1009
Resumo: Raquel de Lima Soeiro, Ândrea Cardoso de Souza.Transtornos Somatoformes , Estágio clínico, Enfermagem INTRODUÇÃO: Durante a formação acadêmica de enfermagem, o aluno acaba tendo que lidar com um crescente volume de informações, com sentimentos de impotência diante dos problemas a serem enfrentados, vulnerabilidade, além do contato diário com pessoas doentes e não raro com a morte. Os acadêmicos ao vivenciam novas experiências que nem sempre são gratificantes, quer seja pela aproximação com sofrimento alheio e a incapacidade de lidar com isso, ou insegurança por não dominar as técnicas, acabam por desenvolver transtornos e ou sofrimento psíquico. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo relacionar as vivências dos acadêmicos de enfermagem da UFF sobre efeitos da prática discente com o desencadeamento de sofrimentos psicossomáticos. METODOLOGIA: Para tanto foi realizado um estudo de caso de abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. Através da abordagem dos alunos por meio de grupos focais foi possível conhecer alguns dos seus sentimentos ao se depararem pela primeira vez com o ambiente hospitalar. A coleta de dados se deu por meio da adoção da técnica de entrevista realizada através de um roteiro semi-estruturado, o que permitiu que os participantes de pesquisa tivessem liberdade para expressarem suas idéias e opiniões relacionadas ao tema do estudo.A escolha pela entrevista semi-estruturada deu-se pela maior possibilidade que o informante tem de discorrer sobre as suas experiências e por permitir que suas respostas sejam livres e espontâneas. Os dados encontrados foram agrupados de acordo com suas temáticas com o intuito de criar categorias de análise. Essas categorias foram apresentadas e discutidas para que se alcançassem os objetivos propostos, traçando a relação da prática discente com o desencadeamento de sofrimentos psicossomáticos em acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal Fluminense.   RESULTADOS: Muitos relacionaram o início no campo de prática com o surgimento de alguns sintomas como: cansaço, tensão muscular, nervosismo e irritabilidade, dor lombar, ansiedade, dor de cabeça, problemas de memória, depressão, distúrbio do sono, dores no estômago, sudorese, agressividade e palpitações. O ensino clínico no currículo do curso de graduação em enfermagem é de suma importância por aproximar e preparar o discente para a realidade e as adversidades futuras do mercado de trabalho e tem como objetivo garantir a capacitação dos acadêmicos em relação à autonomia e discernimento para assegurar a integralidade da assistência e a humanização do atendimento de indivíduos. No entanto, grande parte dos estudos relacionados à transtornos psíquicos em acadêmicos de enfermagem, relaciona o início dos sintomas à inserção do aluno no ensino teórico-prático, principalmente no campo hospitalar.Por estarem em contato direto com questões relacionadas ao sofrimento, os estudantes da área da saúde são marcados constantemente por incertezas, ansiedades, que devem ser cuidadosamente consideradas, uma vez que ao serem vivenciadas, revelam os próprios sentimentos, como também a dificuldade em manejá-los. A falta de preparo para o cuidar e para o enfrentamento de experiências marcadas pelo sofrimento humano é relatada por alunos como dificuldades a serem consideradas durante o ensino clínico. CONCLUSÕES: Assim, concluímos que o aluno deve receber significativa atenção, quanto à orientação e apoio às dificuldades emocionais, com intuito de prepará-lo para o enfrentamento das possíveis dificuldades que surgem em decorrência desta primeira experiência em campo de estágio hospitalar. É fundamental que o aluno seja acolhido em suas limitações e conflitos, sendo fundamental a implantação de programas de suporte psicológico aos alunos, com o intuito de ajudá-los a lidar com as situações de conflito referentes à vida acadêmica, diminuindo o surgimento de possíveis distúrbios psíquicos. Auxiliando não somente sua formação técnica, mas contemplando também a formação de cidadão, cujo fazer sempre tem implicações nas dimensões social e existencial.REFERÊNCIAS: GARRO, I. M. B. ET AL. DEPRESSÃO EM GRADUANDOS DE ENFERMAGEM.ACTA PAULISTA DE ENFERMAGEM, V. 19, N. 2, P.163-66, 2006. BELANCIERI, M. F; BIANCO, M. H. B. C. ESTRESSE E REPERCUSSÕES PSICOSSOMÁTICAS EM TRABALHADORES DA ÁREA DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. REV TEXTO E CONTEXTO ENFERM, V. 13, N. 1, P. 128. 2004.CERCHIARI, E. A. N; CAETANO, D; FACCENDA, O. PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS MENORES EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS. ESTUDOS DE PSICOLOGIA, V.10, N.3, P.415, 2005.CASATE, J. C; CORREA, A. K. VIVÊNCIAS DE ALUNOS DE ENFERMAGEM EM ESTÁGIO HOSPITALAR: SUBSÍDIOS PARA REFLETIR SOBRE A HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE. REV ESC ENFERM USP, V.40, N.3, P.323. 2005.DESCRITORES: ENFERMAGEM, DISTÚRBIOS PSICOSSOMÁTICOS, ENSINO TEÓRICO-PRÁTICO
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OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo relacionar as vivências dos acadêmicos de enfermagem da UFF sobre efeitos da prática discente com o desencadeamento de sofrimentos psicossomáticos. METODOLOGIA: Para tanto foi realizado um estudo de caso de abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. Através da abordagem dos alunos por meio de grupos focais foi possível conhecer alguns dos seus sentimentos ao se depararem pela primeira vez com o ambiente hospitalar. A coleta de dados se deu por meio da adoção da técnica de entrevista realizada através de um roteiro semi-estruturado, o que permitiu que os participantes de pesquisa tivessem liberdade para expressarem suas idéias e opiniões relacionadas ao tema do estudo.A escolha pela entrevista semi-estruturada deu-se pela maior possibilidade que o informante tem de discorrer sobre as suas experiências e por permitir que suas respostas sejam livres e espontâneas. Os dados encontrados foram agrupados de acordo com suas temáticas com o intuito de criar categorias de análise. Essas categorias foram apresentadas e discutidas para que se alcançassem os objetivos propostos, traçando a relação da prática discente com o desencadeamento de sofrimentos psicossomáticos em acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal Fluminense.   RESULTADOS: Muitos relacionaram o início no campo de prática com o surgimento de alguns sintomas como: cansaço, tensão muscular, nervosismo e irritabilidade, dor lombar, ansiedade, dor de cabeça, problemas de memória, depressão, distúrbio do sono, dores no estômago, sudorese, agressividade e palpitações. O ensino clínico no currículo do curso de graduação em enfermagem é de suma importância por aproximar e preparar o discente para a realidade e as adversidades futuras do mercado de trabalho e tem como objetivo garantir a capacitação dos acadêmicos em relação à autonomia e discernimento para assegurar a integralidade da assistência e a humanização do atendimento de indivíduos. No entanto, grande parte dos estudos relacionados à transtornos psíquicos em acadêmicos de enfermagem, relaciona o início dos sintomas à inserção do aluno no ensino teórico-prático, principalmente no campo hospitalar.Por estarem em contato direto com questões relacionadas ao sofrimento, os estudantes da área da saúde são marcados constantemente por incertezas, ansiedades, que devem ser cuidadosamente consideradas, uma vez que ao serem vivenciadas, revelam os próprios sentimentos, como também a dificuldade em manejá-los. A falta de preparo para o cuidar e para o enfrentamento de experiências marcadas pelo sofrimento humano é relatada por alunos como dificuldades a serem consideradas durante o ensino clínico. CONCLUSÕES: Assim, concluímos que o aluno deve receber significativa atenção, quanto à orientação e apoio às dificuldades emocionais, com intuito de prepará-lo para o enfrentamento das possíveis dificuldades que surgem em decorrência desta primeira experiência em campo de estágio hospitalar. É fundamental que o aluno seja acolhido em suas limitações e conflitos, sendo fundamental a implantação de programas de suporte psicológico aos alunos, com o intuito de ajudá-los a lidar com as situações de conflito referentes à vida acadêmica, diminuindo o surgimento de possíveis distúrbios psíquicos. Auxiliando não somente sua formação técnica, mas contemplando também a formação de cidadão, cujo fazer sempre tem implicações nas dimensões social e existencial.REFERÊNCIAS: GARRO, I. M. B. ET AL. DEPRESSÃO EM GRADUANDOS DE ENFERMAGEM.ACTA PAULISTA DE ENFERMAGEM, V. 19, N. 2, P.163-66, 2006. BELANCIERI, M. F; BIANCO, M. H. B. C. ESTRESSE E REPERCUSSÕES PSICOSSOMÁTICAS EM TRABALHADORES DA ÁREA DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. REV TEXTO E CONTEXTO ENFERM, V. 13, N. 1, P. 128. 2004.CERCHIARI, E. A. N; CAETANO, D; FACCENDA, O. PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS MENTAIS MENORES EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS. ESTUDOS DE PSICOLOGIA, V.10, N.3, P.415, 2005.CASATE, J. C; CORREA, A. K. VIVÊNCIAS DE ALUNOS DE ENFERMAGEM EM ESTÁGIO HOSPITALAR: SUBSÍDIOS PARA REFLETIR SOBRE A HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE. 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