SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA PORTADORES DE CÂNCER NA CABEÇA E NO PESCOÇO - AVALIAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS NA CONSULTA DE ENFERMAGEM.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raimundo, Durval Diniz
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Guedes, Maria Tereza dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online
Texto Completo: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/883
Resumo: Sistematização da Assistência de Enfermagem para portadores de câncer na cabeça e no pescoço - Avaliação de um instrumento de coleta de dados na consulta de enfermagem.Durval Diniz RaimundoOrientadora: Maria Tereza dos Santos GuedesintroduçãoLevando-se em consideração a peculiaridade dessa clientela, portadores de neoplasia visível na face e no pescoço, que implica em comprometimento de diferentes funções vitais como a respiração, a fala, a visão, a audição, o olfato, o paladar e a capacidade de deglutição, percebe-se a alta demanda de cuidados de enfermagem durante todo o processo de assistência hospitalar a estes clientes. Por este motivo, é importante o desenvolvimento de instrumentos que facilitam o registro de informações relevantes para o diagnóstico dos problemas afetados destes clientes.Considerando o artigo 11, inciso I, alínea I da lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e no decreto 94.406/87 que a regulamenta, onde legítima a consulta de Enfermagem e determina como sendo uma atividade do enfermeiro (BRASIL, 1986).Com base na classificação de diagnósticos de enfermagem (NANDA), que traduz uma linguagem própria para a enfermagem, foram detectados os principais diagnósticos de Enfermagem em clientes com tumores na cabeça e no pescoço, contudo, estabelecem-se as metas comuns a díades enfermeiro-paciente e avaliamos as respostas de clientes a problemas de saúde reais ou potenciais ou crises de existência, logo, com a utilização do instrumento de coleta de dados, criou-se uma base de dados que facilitou a documentação e a criação de novos diagnósticos de Enfermagem específicos para oncologia.Tanure e Meire (2008) sustentam que, o foco da Enfermagem deve ser sempre o cliente e seu bem-estar, e a sistematização da assistência de enfermagem é um apoio de que precisamos para alcançar nossos objetivos humanitários e a qualidade da assistência.Este modelo de assistência visa assumir um propósito profissional baseado em reflexões e questionamentos, tendo por objetivo direcionar a profissão sob um arcabouço de conhecimentos científicos diferentes do modelo biomédico.Pelos motivos acima expostos, desenvolvemos um instrumento para guiar a coleta de dados e a identificação das necessidades afetadas dos portadores de câncer de cabeça e pescoço, durante as consultas de Enfermagem. Desta forma, esse projeto adotou como objeto a avaliação da pertinência desse instrumento de avaliação de Enfermagem (anexo A).Assim, formularam-se os seguintes objetivos:1.                   Avaliar a adequação de um instrumento criado para a coleta dos dados e avaliação de Enfermagem em pessoas portadoras de câncer na cabeça e no pescoço;2.                   Promover a Sistematização da Assistência de Enfermagem em um ambulatório de enfermagem dirigido para pessoas portadoras de câncer na cabeça e no pescoço, tendo como metodologia um referencial para subsídios na organização, identificação e criação de diagnóstico de Enfermagem.METODOLOGIA O estudo será prospectivo descritivo de natureza qualitativa para que se possa avaliar o diagnóstico de Enfermagem em clientes portadores de câncer na cabeça e no pescoço.Este estudo é descritivo, pois este tipo de pesquisa proporciona a observação, descrição e classificação de fenômenos, como encontramos em Polit e Hungler (1995, p14).“O principal objetivo de muitos estudos de pesquisa, em Enfermagem, é a descrição de fenômenos relativos à profissão. O pesquisador que realiza uma investigação descritiva observa, descreve e classifica. Estudos descritivos podem ter grande valor à Enfermagem”.  Através desta, consegue-se analisar a profundidade de cada informação, para descobrir possíveis ocorrências ou contradições sobre a prática ambulatorial da consulta de Enfermagem realizada por enfermeiros a clientes oncológicos e utilizando fontes diversas.O estudo foi realizado nos consultórios do Ambulatório de Enfermagem dirigido aos clientes portadores de câncer na cabeça e no pescoço de um hospital público especializado em oncologia e o único no estado do Rio de Janeiro atuando no tratamento de câncer de cabeça e pescoço. Considera-se relevante o instrumento de coleta de dados criado para identificar os diagnósticos de Enfermagem e permitir agilidade durante a consulta de Enfermagem realizada no espaço ambulatorial (anexo A), este por sua vez, foi aplicado de julho a dezembro de 2008 para 254 clientes com matrículas abertas na clínica, dentre estes 160 são do sexo masculinos (63%) e 95 são do sexo feminino (37%). Os sujeitos do estudo são os clientes atendidos no local supracitado, a partir do cumprimento do que determina a resolução CNS 196/96, que regulamenta a pesquisa com seres humanos. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAsALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem:  um guia passo a passo, 4. ed. Porto Alegre:  Artmed, 2000, 281p.BRASIL, Leis, Decreto etc. Lei n°7498, de 25 de junho, 1986.  Diário Oficial da União.   Brasília, 26 / jun. Seção 1, p. 9274.CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM (Coren).  Resolução Cofen nº 272/2002, de 27 de agosto de 2002.  Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE – nas Instituições de Saúde Brasileiras.  Belo Horizonte, 2003, v.9, nº 1, p. 81 - 83, set. 2003. HORTA,W.A. Processo de enfermagem  – São Paulo: EPU, 1979.POLIT, D.F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. trad. Regina Machado Garcez. * 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.SANTOS,I.et al. Enfermagem assistencial no Ambiente Hospitalar: realidade, questões, soluções. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. – (Série Atualização em Enfermagem; v. 2).TANNURE, Meire Chucre SAE, Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
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Por este motivo, é importante o desenvolvimento de instrumentos que facilitam o registro de informações relevantes para o diagnóstico dos problemas afetados destes clientes.Considerando o artigo 11, inciso I, alínea I da lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e no decreto 94.406/87 que a regulamenta, onde legítima a consulta de Enfermagem e determina como sendo uma atividade do enfermeiro (BRASIL, 1986).Com base na classificação de diagnósticos de enfermagem (NANDA), que traduz uma linguagem própria para a enfermagem, foram detectados os principais diagnósticos de Enfermagem em clientes com tumores na cabeça e no pescoço, contudo, estabelecem-se as metas comuns a díades enfermeiro-paciente e avaliamos as respostas de clientes a problemas de saúde reais ou potenciais ou crises de existência, logo, com a utilização do instrumento de coleta de dados, criou-se uma base de dados que facilitou a documentação e a criação de novos diagnósticos de Enfermagem específicos para oncologia.Tanure e Meire (2008) sustentam que, o foco da Enfermagem deve ser sempre o cliente e seu bem-estar, e a sistematização da assistência de enfermagem é um apoio de que precisamos para alcançar nossos objetivos humanitários e a qualidade da assistência.Este modelo de assistência visa assumir um propósito profissional baseado em reflexões e questionamentos, tendo por objetivo direcionar a profissão sob um arcabouço de conhecimentos científicos diferentes do modelo biomédico.Pelos motivos acima expostos, desenvolvemos um instrumento para guiar a coleta de dados e a identificação das necessidades afetadas dos portadores de câncer de cabeça e pescoço, durante as consultas de Enfermagem. Desta forma, esse projeto adotou como objeto a avaliação da pertinência desse instrumento de avaliação de Enfermagem (anexo A).Assim, formularam-se os seguintes objetivos:1.                   Avaliar a adequação de um instrumento criado para a coleta dos dados e avaliação de Enfermagem em pessoas portadoras de câncer na cabeça e no pescoço;2.                   Promover a Sistematização da Assistência de Enfermagem em um ambulatório de enfermagem dirigido para pessoas portadoras de câncer na cabeça e no pescoço, tendo como metodologia um referencial para subsídios na organização, identificação e criação de diagnóstico de Enfermagem.METODOLOGIA O estudo será prospectivo descritivo de natureza qualitativa para que se possa avaliar o diagnóstico de Enfermagem em clientes portadores de câncer na cabeça e no pescoço.Este estudo é descritivo, pois este tipo de pesquisa proporciona a observação, descrição e classificação de fenômenos, como encontramos em Polit e Hungler (1995, p14).“O principal objetivo de muitos estudos de pesquisa, em Enfermagem, é a descrição de fenômenos relativos à profissão. O pesquisador que realiza uma investigação descritiva observa, descreve e classifica. Estudos descritivos podem ter grande valor à Enfermagem”.  Através desta, consegue-se analisar a profundidade de cada informação, para descobrir possíveis ocorrências ou contradições sobre a prática ambulatorial da consulta de Enfermagem realizada por enfermeiros a clientes oncológicos e utilizando fontes diversas.O estudo foi realizado nos consultórios do Ambulatório de Enfermagem dirigido aos clientes portadores de câncer na cabeça e no pescoço de um hospital público especializado em oncologia e o único no estado do Rio de Janeiro atuando no tratamento de câncer de cabeça e pescoço. Considera-se relevante o instrumento de coleta de dados criado para identificar os diagnósticos de Enfermagem e permitir agilidade durante a consulta de Enfermagem realizada no espaço ambulatorial (anexo A), este por sua vez, foi aplicado de julho a dezembro de 2008 para 254 clientes com matrículas abertas na clínica, dentre estes 160 são do sexo masculinos (63%) e 95 são do sexo feminino (37%). Os sujeitos do estudo são os clientes atendidos no local supracitado, a partir do cumprimento do que determina a resolução CNS 196/96, que regulamenta a pesquisa com seres humanos. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAsALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem:  um guia passo a passo, 4. ed. Porto Alegre:  Artmed, 2000, 281p.BRASIL, Leis, Decreto etc. Lei n°7498, de 25 de junho, 1986.  Diário Oficial da União.   Brasília, 26 / jun. Seção 1, p. 9274.CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM (Coren).  Resolução Cofen nº 272/2002, de 27 de agosto de 2002.  Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE – nas Instituições de Saúde Brasileiras.  Belo Horizonte, 2003, v.9, nº 1, p. 81 - 83, set. 2003. HORTA,W.A. Processo de enfermagem  – São Paulo: EPU, 1979.POLIT, D.F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. trad. Regina Machado Garcez. * 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.SANTOS,I.et al. 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Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Escola de Enfermagem Alfredo Pinto Programa de Pós-Graduação em Enfermagem2012-06-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos paresEntrevista de Campoapplication/pdfhttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/88310.9789/2175-5361.2010.v0i0.%pRevista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIORevista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIORevista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIO2175-53611809-6107reponame:Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Onlineinstname:Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)instacron:UNIRIOporhttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/883/pdf_565Copyright (c) 2012 Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Onlineinfo:eu-repo/semantics/openAccessRaimundo, Durval DinizGuedes, Maria Tereza dos Santos2024-01-12T14:08:12Zoai:ojs.seer.unirio.br:article/883Revistahttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/about/contactPUBhttps://seer.unirio.br/cuidadofundamental/oaiprofunirio@gmail.com||rev.fundamental@gmail.com2175-53611809-6107opendoar:2024-01-12T14:08:12Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)false
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Estudos descritivos podem ter grande valor à Enfermagem”.  Através desta, consegue-se analisar a profundidade de cada informação, para descobrir possíveis ocorrências ou contradições sobre a prática ambulatorial da consulta de Enfermagem realizada por enfermeiros a clientes oncológicos e utilizando fontes diversas.O estudo foi realizado nos consultórios do Ambulatório de Enfermagem dirigido aos clientes portadores de câncer na cabeça e no pescoço de um hospital público especializado em oncologia e o único no estado do Rio de Janeiro atuando no tratamento de câncer de cabeça e pescoço. Considera-se relevante o instrumento de coleta de dados criado para identificar os diagnósticos de Enfermagem e permitir agilidade durante a consulta de Enfermagem realizada no espaço ambulatorial (anexo A), este por sua vez, foi aplicado de julho a dezembro de 2008 para 254 clientes com matrículas abertas na clínica, dentre estes 160 são do sexo masculinos (63%) e 95 são do sexo feminino (37%). Os sujeitos do estudo são os clientes atendidos no local supracitado, a partir do cumprimento do que determina a resolução CNS 196/96, que regulamenta a pesquisa com seres humanos. REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAsALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem:  um guia passo a passo, 4. ed. Porto Alegre:  Artmed, 2000, 281p.BRASIL, Leis, Decreto etc. Lei n°7498, de 25 de junho, 1986.  Diário Oficial da União.   Brasília, 26 / jun. Seção 1, p. 9274.CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM (Coren).  Resolução Cofen nº 272/2002, de 27 de agosto de 2002.  Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE – nas Instituições de Saúde Brasileiras.  Belo Horizonte, 2003, v.9, nº 1, p. 81 - 83, set. 2003. HORTA,W.A. Processo de enfermagem  – São Paulo: EPU, 1979.POLIT, D.F.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. trad. Regina Machado Garcez. * 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.SANTOS,I.et al. 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