EXTENSÃO: LABORATÓRIO DE VIVÊNCIAS, DE SABERES E PRÁTICAS DE CUIDADO NO ENSINO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online |
Texto Completo: | https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/879 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A história da evolução da Extensão na Faculdade de Enfermagem UERJ passa por uma série de episódios relevantes para constituir a realidade em que vive hoje. Mesmo antes de se definir o que era extensão, a Escola já realizava atividades voltadas para a prestação de serviços e de comunicação com a comunidade. Por meio da Sub-Reitoria de Pós Graduação e Pesquisa passa a estimular professores para que apresentassem projetos que desenvolvem trabalhos levando a proposta de incentivo a pesquisa para a melhoria da qualidade da assistência. Segundo Caldas, em 1993, definiu-se as linhas de área de pesquisa em Enfermagem-UERJ, proposta pelo núcleo de pesquisa e editoração, aprovadas pelo corpo docente da época e homologadas pelo conselho departamental da unidade, para o cadastramento dos projetos. Para melhor coordenar esse projetos e atividades, o Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem da UERJ(NEXT/FENF) foi criado em 1992 e se constituiu no primeiro espaço de coordenação de atividades de extensão universitária no âmbito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Este estudo integra o Projeto intitulado: Extensão: Laboratório de Vivências, de Saberes e Práticas de Cuidado no Ensino de Cuidado e aborda a organização, desenvolvimento e história do Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem (NEXT/ENF/UERJ). Entretanto, ao longo destes anos, não se cogitou a possibilidade de organizar e catalogar tais documentos em ordem cronológica de maneira a elucidar a sua história, a evolução das atividades extracurriculares, evidenciando a vocação da Extensão e como a mesma pode contribuir para uma formação critica e cidadã ao articular Pesquisa e Extensão com o ensino, o serviço e a comunidade. Além da recuperação da trajetória histórica ao longo dos 16 anos de existência do Núcleo de Extensão da Faculdade OBJETIVOS: Catalogar os documentos existentes no acervo do centro de Memória da Faculdade de Enfermagem e articulá-los em relação ao desenvolvimento e resgatar a história do Núcleo de Extensão da Faculdade com intuito de evidenciar como se deu a consolidação da Extensão na Faculdade de Enfermagem UERJ. METODOLOGIA: trata-se de pesquisa descritiva documental, de abordagem qualitativa, baseado na análise dos documentos pertencentes ao Centro de Memória o articulando com os arquivos pedagógicos e administrativos do NEXT. Para isso foi elaborado um mapa de registros dos cursos extracurriculares, subdividido em 08 subitens, a saber: título do curso, professor coordenador, professor envolvido, carga horária, clientela, número de inscritos, número de concluintes e períodos de desenvolvimentos de todos os cursos realizados nas décadas de 60 e 70. Foram analisados os documentos que revelavam ações, projetos e cursos realizados pela Extensão a fim de evidenciar a trajetória cronológica desses. Além dos que se referiam ao Núcleo de Extensão, desde de sua criação até o ano 2000. O período de levantamento de dados foi realizado de seis de julho de dois mil e nove a vinte e nove de julho do mesmo ano, sendo o local da pesquisa o Centro de Memória da Faculdade. RESULTADOS: A fundação da Faculdade de Enfermagem data de 20 de junho de 1948, entretanto, só a partir de 1963 que a Extensão torna-se objetivo da Universidade. Na administração do professor Lafayette Silveira Martins Rodrigues Pereira houve a reorganização da Escola em moldes universitários e um grande estímulo pelos cursos de extensão. Assim cursos relevantes foram realizados nas décadas de 60, como os de radioterapia e oxigenoterapia, ambos realizados em 1964 e 1965. Esses possuíram por vezes práticas aplicadas no Hospital Universitário Pedro Ernesto e outros hospitais da região. Havia também cursos ligados a comunidades religiosas, como o de socorro de urgências realizado de 1970 a 1972, para os jovens e freqüentadores da Igreja Presbiteriana do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Há registros de cursos voltados para a educação e orientação em saúde, como o de doenças transmissíveis (1974), primeiros socorros e orientação sexual para colegiais( 1964 e 1965) além de cursos ligado a área humana, como o de ciências sociais aplicadas a enfermagem(1965).No final da década de 80, existiu a prevalência de cursos voltados para a consolidação cientifica da Enfermagem. É o caso dos cursos de Auditoria em Enfermagem realizado em 1988 e 1989, Metodologia da Pesquisa (1987 e 1988) e de cursos sobre Supervisão da Assistência da Enfermagem Hospitalar realizados em 1987, 1988 e 1989. Há também a relevância de cursos como de Vigilância Epidemiológica que se fizeram constantes de 1987 a 1988.No arquivo do núcleo de extensão encontraram-se registros dos primeiros projetos, sendo o pioneiro realizado em 1973. Houve projeto Rondon coma participação de estudantes e docentes no projeto, no "campus" Avançado de Parintins e no Internato Rural. Sabe-se que a escola também socorreu vítimas de catástrofes, ofereceu trabalhos comunitários em campanhas de vacinação, entretanto nem todos possuem registros específicos de datas.Na década de 80 continua a formação dos projetos de extensão, e que buscavam promover trabalhos voltados para comunidade, como: Assistência de Enfermagem no Ambulatório de higiene infantil do HUPE-UERJ, Programa de Assistência ao Idoso e Projeto Especial de Saúde da baixada- PESS. A partir da década de 90 esses projetos, continuam sua consolidação e geram a possibilidade de um olhar ampliado sobre o cotidiano e as práticas do cuidar na sociedade. Assim iniciou-se uma gama desses, muitos relacionados a Intenatos Rurais,e a comunidades especifícas como Mangueira, Paramcambi, Ilha Grande, entre outros. Atualmente o Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem UERJ possui trinta projetos cadastrados no Departamento de Extensão da Universidade, cerca de 40 professores envolvidos, profissionais de outras instituições, 38 bolsistas inseridos e participantes nesses projetos, além de alunos voluntários que também se envolvem de modo efetivo com a Extensão. A UERJ e Faculdade de Enfermagem têm considerado de fundamental importância o incentivo e a participação dos alunos em atividades extracurriculares, entendidas como aquelas que irão complementar a trajetória de formação de seus alunos. Conferindo o que Bordenave defende, que as estratégias e a dinamização do processo ensino-aprendizagem de graduação com a realidade, por exemplo, a extensão e vice-versa é que consubstanciam o aprender. Dando continuidade, destaca-se que por meio da catalogação e análise documental do material presente no acervo do Centro de Memória da instituição, tem sido possível realizar o desenvolvimento, a organização do arquivo documental do NEXT no Centro de Memória e resgata a memória da extensão. Além de compreender historicamente como foi se constituindo a vocação da FENF e seu alinhamento ao ensino crítico e cidadão e como se realizou a consolidação do que hoje representa o Núcleo de Extensão da Faculdade. CONCLUSÃO: Em suma, pode-se dizer que o trabalho alcançou seus objetivos de análise do acervo dos documentos presentes no Centro de Memória. No entanto, demonstrando relevância ao evidenciar a identidade da Extensão em Enfermagem, a qual visa unir duas premissas básicas em seu processo pedagógico curricular o "saber fazer" inteiramente ligado a teoria, as habilidades de competência técnica e as praticas do cuidar em saúde aliado com a exigência do "saber ser". Esse olhar ampliado sobre as necessidades do ser humano permite o respeito a complexidade inerente aos seres humanos, a identidade, valores e subjetividade. Além de revelar como os projetos e atividades extracurriculares complementam a trajetória de formação de seus alunos, já que o estudante de enfermagem promove troca entre os saberes populares e os saberes acadêmicos no processo de cuidar e ensinar.Assim, garante que essa experiência aliada seu conhecimento acadêmico gere uma consciência mais crítica sobre a realidade do ensino e da prática de Enfermagem, permitindo construção de ações futuras efetivas de promoção de saúde.Além disso, o estudo vem contribuindo com a organização do arquivo documental do acervo do Centro de Memória Drª Nalva Pereira Caldas, concomitantemente com a organização administrativa do Núcleo de Extensão e na recuperação da trajetória histórica ao longo dos seu 16 anos de existência. REFERÊNCIAS: CALDAS, N.P. Os caminhos da lembrança: um olhar retrospectivo sobre a memória da Faculdade de Enfermagem da UERJ [Tese]. Rio de Janeiro. Escola de Enfermagem da UERJ. 2005. BORDENAVE, J.D ;PEREIRA, A.M - Estratégias de Ensino-Aprendizagem. Editora Vozes, 1997 . |
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Para melhor coordenar esse projetos e atividades, o Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem da UERJ(NEXT/FENF) foi criado em 1992 e se constituiu no primeiro espaço de coordenação de atividades de extensão universitária no âmbito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Este estudo integra o Projeto intitulado: Extensão: Laboratório de Vivências, de Saberes e Práticas de Cuidado no Ensino de Cuidado e aborda a organização, desenvolvimento e história do Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem (NEXT/ENF/UERJ). Entretanto, ao longo destes anos, não se cogitou a possibilidade de organizar e catalogar tais documentos em ordem cronológica de maneira a elucidar a sua história, a evolução das atividades extracurriculares, evidenciando a vocação da Extensão e como a mesma pode contribuir para uma formação critica e cidadã ao articular Pesquisa e Extensão com o ensino, o serviço e a comunidade. 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Foram analisados os documentos que revelavam ações, projetos e cursos realizados pela Extensão a fim de evidenciar a trajetória cronológica desses. Além dos que se referiam ao Núcleo de Extensão, desde de sua criação até o ano 2000. O período de levantamento de dados foi realizado de seis de julho de dois mil e nove a vinte e nove de julho do mesmo ano, sendo o local da pesquisa o Centro de Memória da Faculdade. RESULTADOS: A fundação da Faculdade de Enfermagem data de 20 de junho de 1948, entretanto, só a partir de 1963 que a Extensão torna-se objetivo da Universidade. Na administração do professor Lafayette Silveira Martins Rodrigues Pereira houve a reorganização da Escola em moldes universitários e um grande estímulo pelos cursos de extensão. Assim cursos relevantes foram realizados nas décadas de 60, como os de radioterapia e oxigenoterapia, ambos realizados em 1964 e 1965. Esses possuíram por vezes práticas aplicadas no Hospital Universitário Pedro Ernesto e outros hospitais da região. Havia também cursos ligados a comunidades religiosas, como o de socorro de urgências realizado de 1970 a 1972, para os jovens e freqüentadores da Igreja Presbiteriana do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Há registros de cursos voltados para a educação e orientação em saúde, como o de doenças transmissíveis (1974), primeiros socorros e orientação sexual para colegiais( 1964 e 1965) além de cursos ligado a área humana, como o de ciências sociais aplicadas a enfermagem(1965).No final da década de 80, existiu a prevalência de cursos voltados para a consolidação cientifica da Enfermagem. É o caso dos cursos de Auditoria em Enfermagem realizado em 1988 e 1989, Metodologia da Pesquisa (1987 e 1988) e de cursos sobre Supervisão da Assistência da Enfermagem Hospitalar realizados em 1987, 1988 e 1989. Há também a relevância de cursos como de Vigilância Epidemiológica que se fizeram constantes de 1987 a 1988.No arquivo do núcleo de extensão encontraram-se registros dos primeiros projetos, sendo o pioneiro realizado em 1973. Houve projeto Rondon coma participação de estudantes e docentes no projeto, no "campus" Avançado de Parintins e no Internato Rural. Sabe-se que a escola também socorreu vítimas de catástrofes, ofereceu trabalhos comunitários em campanhas de vacinação, entretanto nem todos possuem registros específicos de datas.Na década de 80 continua a formação dos projetos de extensão, e que buscavam promover trabalhos voltados para comunidade, como: Assistência de Enfermagem no Ambulatório de higiene infantil do HUPE-UERJ, Programa de Assistência ao Idoso e Projeto Especial de Saúde da baixada- PESS. A partir da década de 90 esses projetos, continuam sua consolidação e geram a possibilidade de um olhar ampliado sobre o cotidiano e as práticas do cuidar na sociedade. Assim iniciou-se uma gama desses, muitos relacionados a Intenatos Rurais,e a comunidades especifícas como Mangueira, Paramcambi, Ilha Grande, entre outros. Atualmente o Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem UERJ possui trinta projetos cadastrados no Departamento de Extensão da Universidade, cerca de 40 professores envolvidos, profissionais de outras instituições, 38 bolsistas inseridos e participantes nesses projetos, além de alunos voluntários que também se envolvem de modo efetivo com a Extensão. A UERJ e Faculdade de Enfermagem têm considerado de fundamental importância o incentivo e a participação dos alunos em atividades extracurriculares, entendidas como aquelas que irão complementar a trajetória de formação de seus alunos. Conferindo o que Bordenave defende, que as estratégias e a dinamização do processo ensino-aprendizagem de graduação com a realidade, por exemplo, a extensão e vice-versa é que consubstanciam o aprender. 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Para melhor coordenar esse projetos e atividades, o Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem da UERJ(NEXT/FENF) foi criado em 1992 e se constituiu no primeiro espaço de coordenação de atividades de extensão universitária no âmbito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Este estudo integra o Projeto intitulado: Extensão: Laboratório de Vivências, de Saberes e Práticas de Cuidado no Ensino de Cuidado e aborda a organização, desenvolvimento e história do Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem (NEXT/ENF/UERJ). Entretanto, ao longo destes anos, não se cogitou a possibilidade de organizar e catalogar tais documentos em ordem cronológica de maneira a elucidar a sua história, a evolução das atividades extracurriculares, evidenciando a vocação da Extensão e como a mesma pode contribuir para uma formação critica e cidadã ao articular Pesquisa e Extensão com o ensino, o serviço e a comunidade. 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Esses possuíram por vezes práticas aplicadas no Hospital Universitário Pedro Ernesto e outros hospitais da região. Havia também cursos ligados a comunidades religiosas, como o de socorro de urgências realizado de 1970 a 1972, para os jovens e freqüentadores da Igreja Presbiteriana do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Há registros de cursos voltados para a educação e orientação em saúde, como o de doenças transmissíveis (1974), primeiros socorros e orientação sexual para colegiais( 1964 e 1965) além de cursos ligado a área humana, como o de ciências sociais aplicadas a enfermagem(1965).No final da década de 80, existiu a prevalência de cursos voltados para a consolidação cientifica da Enfermagem. É o caso dos cursos de Auditoria em Enfermagem realizado em 1988 e 1989, Metodologia da Pesquisa (1987 e 1988) e de cursos sobre Supervisão da Assistência da Enfermagem Hospitalar realizados em 1987, 1988 e 1989. Há também a relevância de cursos como de Vigilância Epidemiológica que se fizeram constantes de 1987 a 1988.No arquivo do núcleo de extensão encontraram-se registros dos primeiros projetos, sendo o pioneiro realizado em 1973. Houve projeto Rondon coma participação de estudantes e docentes no projeto, no "campus" Avançado de Parintins e no Internato Rural. Sabe-se que a escola também socorreu vítimas de catástrofes, ofereceu trabalhos comunitários em campanhas de vacinação, entretanto nem todos possuem registros específicos de datas.Na década de 80 continua a formação dos projetos de extensão, e que buscavam promover trabalhos voltados para comunidade, como: Assistência de Enfermagem no Ambulatório de higiene infantil do HUPE-UERJ, Programa de Assistência ao Idoso e Projeto Especial de Saúde da baixada- PESS. A partir da década de 90 esses projetos, continuam sua consolidação e geram a possibilidade de um olhar ampliado sobre o cotidiano e as práticas do cuidar na sociedade. Assim iniciou-se uma gama desses, muitos relacionados a Intenatos Rurais,e a comunidades especifícas como Mangueira, Paramcambi, Ilha Grande, entre outros. Atualmente o Núcleo de Extensão da Faculdade de Enfermagem UERJ possui trinta projetos cadastrados no Departamento de Extensão da Universidade, cerca de 40 professores envolvidos, profissionais de outras instituições, 38 bolsistas inseridos e participantes nesses projetos, além de alunos voluntários que também se envolvem de modo efetivo com a Extensão. A UERJ e Faculdade de Enfermagem têm considerado de fundamental importância o incentivo e a participação dos alunos em atividades extracurriculares, entendidas como aquelas que irão complementar a trajetória de formação de seus alunos. Conferindo o que Bordenave defende, que as estratégias e a dinamização do processo ensino-aprendizagem de graduação com a realidade, por exemplo, a extensão e vice-versa é que consubstanciam o aprender. 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