FUGA PARA O DESERTO. POR UMA PSICOLOGIA PAGÃ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Barbarói (Online) |
Texto Completo: | https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/3002 |
Resumo: | Partindo do platonismo, passando pelo advento do cristianismo, pela ascensão do sujeito moderno e chegando ao Capitalismo Mundial Integrado, podemos assistir à construção de todo o império do pensamento ortodoxo fundamentado sobre as doutrinas do juízo, onde o domínio das representações ideais e das essências divinas subordina a vida imanente a seus valores transcendentes. Nesse cenário, localiza-se, também, a construção da psicologia como disciplina moderna. Depois de acompanhar o processo dessa construção, o presente artigo desterritorializa a psicologia de suas raízes judaico-cristãs e a reterritorializa numa filosofia da diferença e da relação. Traça-se, então, um plano de fuga a partir de um manifesto que fornece as pistas de uma operação que se processa fora dos modos majoritários de relação e produção subjetiva. E esta fuga se atualiza num movimento do pensamento que se coloca em direção ao deserto. Na travessia desse deserto podemos acompanhar um exercício nietzscheano de transvaloração dos valores através da transformação do conceito de solidão em movimento de ocupação desse espaço liso repleto de potências imanentes, onde a vida só pode ser pensada como multiplicidade: os corpos se dessubjetivam para ocuparem as múltiplas individuações permitidas por cada acontecimento. Assim, coloca-se o embate trágico dos encontros especulares, pois os espelhos já não refletem o Mesmo, mas guardam as potências deformadoras de um eterno retorno. |
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