O papel que aprisiona

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prestes de Oliveira, Juliana
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Cayann Teixeira Dutra, Nícollas, Jacobsen de Oliveira, Amanda Laís, Peres Alós, Anselmo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Signo (Santa Cruz do Sul. Online)
Texto Completo: https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/15540
Resumo: Este trabalho busca refletir acerca dos significados presentes no conto “O papel de parede amarelo”, de Charlotte Perkins Gilman (2017), publicado em 1892. Intenta-se, também, entender como são discutidos, no texto, os aprisionamentos das mulheres a papéis sociais. Por meio de uma narrativa em primeira pessoa, no conto é possível conhecer a história de uma personagem mulher que foi forçada ao confinamento por seu marido e médico, John. A escolha do marido em fazer isso se dá com a intenção de curá-la de uma depressão nervosa e, assim, a proíbe de fazer qualquer esforço físico ou mental. Por meio da teoria de Laqueur (2001) sobre a invenção do sexo, compreende-se que o discurso científico é apresentado no texto como uma ferramenta de poder, pelo qual mulheres eram mantidas presas aos papéis sociais de esposa e mãe. A teoria de Luce Irigaray (1992) auxilia no entendimento sobre a linguagem como meio de manutenção do patriarcado, por isso a dificuldade da protagonista em libertar-se com auxílio da escrita sobre si. Ao ficar aprisionada em um quarto decorado com um horroroso papel de parede amarelo, a protagonista fica obcecada pela estampa do mesmo, discorrendo sobre ele e seus padrões. Tal narrativa permite traçar paralelos com as situações vivenciadas por ela, enquanto mulher e esposa, e por várias mulheres, em nossa sociedade. Além disso, nela é possível perceber a imposição de papéis sociais como uma das práticas usadas pelo patriarcalismo para subjugar e determinar o comportamento feminino.
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