Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
Texto Completo: | https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018 |
Resumo: | Justificativa e objetivos. Bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenêmicos (BGN-CR) são um problema de saúde pública global, pela possibilidade de causar infecções intratáveis em neonatos. O objetivo foi descrever o controle das taxas de BGN-CR causando infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINEO). O consumo de antimicrobianos/carbapenêmicos também foi avaliado. Métodos. Estudo prospectivo descritivo das IRAS em uma UTINEO, durante 1 ano. O consumo de antimicrobianos/antibióticos foi medido em dias de terapia/1000pacientes-dia (DOT/1000PD) Resultados e conclusões: Entre setembro de 2017 e setembro de 2018, admitimos 308 pacientes, a maioria com peso>1500g (303/308-98,4%), totalizando 2223 pacientes-dia. Oito IRAS foram registradas, correspondendo a uma taxa de 2,6% (ou densidade de incidência de 3,6/1000PD). Em cinco das oito infecções (62,5%), um agente infeccioso foi isolado, sendo três bactérias Gram-negativas (todas Klebsiella pneumoniae, 2 com perfil de produção de beta-lactamase de espectro estendido) e duas infecções por Candida sp. Não houve infecção por BGN-CR. O consumo total de antimicrobianos em DOT/1000PD foi de 1638 e o de carbapenêmicos 49,3; o que representou 3% do total, com tendência de queda durante o ano. Em setembro de 2017, implementamos um programa de gestão de antimicrobianos (PGA), em adição às medidas de controle de infecção realizadas desde 2005. Os elementos-chave do PGA foram: auditoria de antibióticos e feedback, restrição de antimicrobianos-alvo e maior rapidez na liberação de resultados de culturas. Verificamos adequado controle de BGN-CR, não sendo encontrada infecção por este agente, tendência de queda no consumo de antimicrobianos e carbapenêmicos. |
id |
UNISC-4_262305c88ebfdf53b45d0102a7f9393e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.online.unisc.br:article/14018 |
network_acronym_str |
UNISC-4 |
network_name_str |
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
repository_id_str |
|
spelling |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro.infecção hospitalargestão de antimicrobianosrecém-nascidosunidades de terapia intensiva neonatalJustificativa e objetivos. Bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenêmicos (BGN-CR) são um problema de saúde pública global, pela possibilidade de causar infecções intratáveis em neonatos. O objetivo foi descrever o controle das taxas de BGN-CR causando infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINEO). O consumo de antimicrobianos/carbapenêmicos também foi avaliado. Métodos. Estudo prospectivo descritivo das IRAS em uma UTINEO, durante 1 ano. O consumo de antimicrobianos/antibióticos foi medido em dias de terapia/1000pacientes-dia (DOT/1000PD) Resultados e conclusões: Entre setembro de 2017 e setembro de 2018, admitimos 308 pacientes, a maioria com peso>1500g (303/308-98,4%), totalizando 2223 pacientes-dia. Oito IRAS foram registradas, correspondendo a uma taxa de 2,6% (ou densidade de incidência de 3,6/1000PD). Em cinco das oito infecções (62,5%), um agente infeccioso foi isolado, sendo três bactérias Gram-negativas (todas Klebsiella pneumoniae, 2 com perfil de produção de beta-lactamase de espectro estendido) e duas infecções por Candida sp. Não houve infecção por BGN-CR. O consumo total de antimicrobianos em DOT/1000PD foi de 1638 e o de carbapenêmicos 49,3; o que representou 3% do total, com tendência de queda durante o ano. Em setembro de 2017, implementamos um programa de gestão de antimicrobianos (PGA), em adição às medidas de controle de infecção realizadas desde 2005. Os elementos-chave do PGA foram: auditoria de antibióticos e feedback, restrição de antimicrobianos-alvo e maior rapidez na liberação de resultados de culturas. Verificamos adequado controle de BGN-CR, não sendo encontrada infecção por este agente, tendência de queda no consumo de antimicrobianos e carbapenêmicos.Unisc2020-04-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/1401810.17058/jeic.v10i2.14018Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção; Vol. 10 No. 2 (2020)Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção; v. 10 n. 2 (2020)2238-3360reponame:Revista de Epidemiologia e Controle de Infecçãoinstname:Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)instacron:UNISCengporhttps://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018/9270https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018/9277Copyright (c) 2020 André Ricardo Araujo da Silva, Andrea Teixeira de Almeida, Isabella Velasco Arantes, João Victor Mendes de Oliveira, Lucas Torres Schwarzerinfo:eu-repo/semantics/openAccessAraujo da Silva, André Ricardode Almeida, Andrea TeixeiraArantes, Isabella Velascode Oliveira, João Victor MendesSchwarzer, Lucas Torres2022-08-08T13:01:14Zoai:ojs.online.unisc.br:article/14018Revistahttps://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/indexONGhttp://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/oai||liapossuelo@unisc.br|| julia.kern@hotmail.com||reci.unisc@gmail.com2238-33602238-3360opendoar:2022-08-08T13:01:14Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção - Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
title |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
spellingShingle |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. Araujo da Silva, André Ricardo infecção hospitalar gestão de antimicrobianos recém-nascidos unidades de terapia intensiva neonatal |
title_short |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
title_full |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
title_fullStr |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
title_full_unstemmed |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
title_sort |
Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. |
author |
Araujo da Silva, André Ricardo |
author_facet |
Araujo da Silva, André Ricardo de Almeida, Andrea Teixeira Arantes, Isabella Velasco de Oliveira, João Victor Mendes Schwarzer, Lucas Torres |
author_role |
author |
author2 |
de Almeida, Andrea Teixeira Arantes, Isabella Velasco de Oliveira, João Victor Mendes Schwarzer, Lucas Torres |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Araujo da Silva, André Ricardo de Almeida, Andrea Teixeira Arantes, Isabella Velasco de Oliveira, João Victor Mendes Schwarzer, Lucas Torres |
dc.subject.por.fl_str_mv |
infecção hospitalar gestão de antimicrobianos recém-nascidos unidades de terapia intensiva neonatal |
topic |
infecção hospitalar gestão de antimicrobianos recém-nascidos unidades de terapia intensiva neonatal |
description |
Justificativa e objetivos. Bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenêmicos (BGN-CR) são um problema de saúde pública global, pela possibilidade de causar infecções intratáveis em neonatos. O objetivo foi descrever o controle das taxas de BGN-CR causando infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINEO). O consumo de antimicrobianos/carbapenêmicos também foi avaliado. Métodos. Estudo prospectivo descritivo das IRAS em uma UTINEO, durante 1 ano. O consumo de antimicrobianos/antibióticos foi medido em dias de terapia/1000pacientes-dia (DOT/1000PD) Resultados e conclusões: Entre setembro de 2017 e setembro de 2018, admitimos 308 pacientes, a maioria com peso>1500g (303/308-98,4%), totalizando 2223 pacientes-dia. Oito IRAS foram registradas, correspondendo a uma taxa de 2,6% (ou densidade de incidência de 3,6/1000PD). Em cinco das oito infecções (62,5%), um agente infeccioso foi isolado, sendo três bactérias Gram-negativas (todas Klebsiella pneumoniae, 2 com perfil de produção de beta-lactamase de espectro estendido) e duas infecções por Candida sp. Não houve infecção por BGN-CR. O consumo total de antimicrobianos em DOT/1000PD foi de 1638 e o de carbapenêmicos 49,3; o que representou 3% do total, com tendência de queda durante o ano. Em setembro de 2017, implementamos um programa de gestão de antimicrobianos (PGA), em adição às medidas de controle de infecção realizadas desde 2005. Os elementos-chave do PGA foram: auditoria de antibióticos e feedback, restrição de antimicrobianos-alvo e maior rapidez na liberação de resultados de culturas. Verificamos adequado controle de BGN-CR, não sendo encontrada infecção por este agente, tendência de queda no consumo de antimicrobianos e carbapenêmicos. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-04-05 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018 10.17058/jeic.v10i2.14018 |
url |
https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018 |
identifier_str_mv |
10.17058/jeic.v10i2.14018 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng por |
language |
eng por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018/9270 https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018/9277 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Unisc |
publisher.none.fl_str_mv |
Unisc |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção; Vol. 10 No. 2 (2020) Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção; v. 10 n. 2 (2020) 2238-3360 reponame:Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção instname:Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) instacron:UNISC |
instname_str |
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) |
instacron_str |
UNISC |
institution |
UNISC |
reponame_str |
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
collection |
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção - Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) |
repository.mail.fl_str_mv |
||liapossuelo@unisc.br|| julia.kern@hotmail.com||reci.unisc@gmail.com |
_version_ |
1800218811752775680 |