Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo da Silva, André Ricardo
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: de Almeida, Andrea Teixeira, Arantes, Isabella Velasco, de Oliveira, João Victor Mendes, Schwarzer, Lucas Torres
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
Texto Completo: https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/14018
Resumo: Justificativa e objetivos. Bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenêmicos (BGN-CR) são um problema de saúde pública global, pela possibilidade de causar infecções intratáveis em neonatos. O objetivo foi descrever o controle das taxas de BGN-CR causando infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINEO). O consumo de antimicrobianos/carbapenêmicos também foi avaliado. Métodos. Estudo prospectivo descritivo das IRAS em uma UTINEO, durante 1 ano. O consumo de antimicrobianos/antibióticos foi medido em dias de terapia/1000pacientes-dia (DOT/1000PD) Resultados e conclusões: Entre setembro de 2017 e setembro de 2018, admitimos 308 pacientes, a maioria com peso>1500g (303/308-98,4%), totalizando 2223 pacientes-dia. Oito IRAS foram registradas, correspondendo a uma taxa de 2,6% (ou densidade de incidência de 3,6/1000PD). Em cinco das oito infecções (62,5%), um agente infeccioso foi isolado, sendo três bactérias Gram-negativas (todas Klebsiella pneumoniae, 2 com perfil de produção de beta-lactamase de espectro estendido) e duas infecções por Candida sp. Não houve infecção por BGN-CR. O consumo total de antimicrobianos em DOT/1000PD foi de 1638 e o de carbapenêmicos 49,3; o que representou 3% do total, com tendência de queda durante o ano. Em setembro de 2017, implementamos um programa de gestão de antimicrobianos (PGA), em adição às medidas de controle de infecção realizadas desde 2005. Os elementos-chave do PGA foram: auditoria de antibióticos e feedback, restrição de antimicrobianos-alvo e maior rapidez na liberação de resultados de culturas. Verificamos adequado controle de BGN-CR, não sendo encontrada infecção por este agente, tendência de queda no consumo de antimicrobianos e carbapenêmicos.
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