A dinâmica das infecções relacionadas à assistência à saúde utilizando a metodologia tracer e a modelagem por redes complexas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Andrêza Cavalcanti Correia
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Bezerra, Maria Beatriz Guega da Silva, Gomes, Rafaella Miguel Viana, Pinto, Flávia Cristina Morone
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
Texto Completo: https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/12786
Resumo: Justificativa e Objetivos: no Brasil, infecções de sítio cirúrgico (ISC) compreendem aproximadamente 15% das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Este estudo avaliou a dinâmica das infecções por meio da metodologia tracer, alinhada à análise por redes complexas, utilizando o rastreamento de um paciente (caso) que foi submetido à cirurgia (cenário). Métodos: estudo de caso, de natureza observacional, abordagem descritiva, com avaliação transversal e retrospectiva, pelo rastreamento e análise do prontuário de um paciente submetido a procedimentos cirúrgicos, utilizando a metodologia tracer, sob a ótica das redes complexas, no Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco. Resultados: mulher, 65 anos, submetida à descompressão, artrodese e retirada de enxerto (doador) em ilíaco esquerdo. Readmitida com osteomielite do ilíaco esquerdo, evoluindo com piora do estado geral, seguido de óbito. O fator de prioridade (PFP) relacionado ao caso foi o procedimento cirúrgico para retirada do enxerto no ilíaco esquerdo pela clínica ortopédica. De acordo com o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, os padrões obrigatórios e aplicáveis, segundo o perfil do hospital, apresentam os seguintes percentuais de conformidade para o nível 1 (78,7%), nível 2(82,4%) e no nível 3 (51,7%). Utilizando as redes complexas e considerando que os profissionais são potenciais carreadores da disseminação das infecções aos suscetíveis e são preditores da propagação da ISC (cenário 2/hipótese 2), somado à falta de estrutura para higienização das mãos (cenário 3/hipótese 3), observou-se que há maior chance de ISC ter ocorrido nos setores da enfermaria e UTI. Conclusões: a provável propagação das IRAS está relacionada aos profissionais e à estrutura físico-funcional necessária para prestação da assistência segura.
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