“A gente se ama e se odeia ao mesmo tempo”: uma análise das práticas de masculinidade juvenis em dinâmicas de sociabilidade mediadas pelos smartphones
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Verso e Reverso (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2018.32.80.02 |
Resumo: | No presente artigo, investigamos as dinâmicas de sociabilidade juvenis mediadas pelos smartphones. Logo, por meio de uma perspectiva antropológica do consumo, de Mary Douglas e Baron Isherwood (2004), analisamos as práticas de consumo desses dispositivos por um grupo de adolescentes. Por intermédio de uma abordagem etnográfica, acompanhamos, durante o período de 10 meses, 13 adolescentes, a fim de investigar a influência dos smartphones nas suas dinâmicas de sociabilidade. Enfim, identificamos algumas táticas (Certeau, 1998) realizadas por eles com o objetivo de atuar na manutenção dos circuitos de sociabilidade dentro e fora da esfera digital, principalmente, por meio de duas dinâmicas de interação: o conflito e a competição. Assim, recorrendo a um recorte de gênero, compreendemos que as sociabilidades mediadas por esses dispositivos englobam performances (Butler, 1990) de masculinidade hegemônica (Connell e Messerschmidt, 2013; Almeida, 1995; Grossi, 2004; Cecchetto, 2004), como: agressividade, virilidade e competitividade. Ao fim, concluímos que as dinâmicas de sociabilidade mediadas pelos smartphones são ressignificadas com o intuito de atender às necessidades de interação e de afirmação de gênero desses indivíduos. Além disso, os elementos de masculinidade hegemônica presentes nessas práticas auxiliam na constituição de uma hierarquia social entre os jovens participantes de eventos conflitivos e competitivos.Palavras-chave: comunicação, antropologia do consumo, juventudes, smartphones, masculinidades. |
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“A gente se ama e se odeia ao mesmo tempo”: uma análise das práticas de masculinidade juvenis em dinâmicas de sociabilidade mediadas pelos smartphones“We love and hate each other at the same time”: An analysis of young male practices in dynamics of sociability meadiated by smartphonesNo presente artigo, investigamos as dinâmicas de sociabilidade juvenis mediadas pelos smartphones. Logo, por meio de uma perspectiva antropológica do consumo, de Mary Douglas e Baron Isherwood (2004), analisamos as práticas de consumo desses dispositivos por um grupo de adolescentes. Por intermédio de uma abordagem etnográfica, acompanhamos, durante o período de 10 meses, 13 adolescentes, a fim de investigar a influência dos smartphones nas suas dinâmicas de sociabilidade. Enfim, identificamos algumas táticas (Certeau, 1998) realizadas por eles com o objetivo de atuar na manutenção dos circuitos de sociabilidade dentro e fora da esfera digital, principalmente, por meio de duas dinâmicas de interação: o conflito e a competição. Assim, recorrendo a um recorte de gênero, compreendemos que as sociabilidades mediadas por esses dispositivos englobam performances (Butler, 1990) de masculinidade hegemônica (Connell e Messerschmidt, 2013; Almeida, 1995; Grossi, 2004; Cecchetto, 2004), como: agressividade, virilidade e competitividade. Ao fim, concluímos que as dinâmicas de sociabilidade mediadas pelos smartphones são ressignificadas com o intuito de atender às necessidades de interação e de afirmação de gênero desses indivíduos. Além disso, os elementos de masculinidade hegemônica presentes nessas práticas auxiliam na constituição de uma hierarquia social entre os jovens participantes de eventos conflitivos e competitivos.Palavras-chave: comunicação, antropologia do consumo, juventudes, smartphones, masculinidades.In this article, we investigated the sociability dynamics of young people mediated by smartphones. Therefore, through an anthropological perspective of the consumption by Mary Douglas and Baron Isherwood (2004), we analyzed the consumption practices of these devices in a group of adolescents. Through an ethnographic approach, we followed, during a ten-month period, thirteen adolescents in order to investigate the influence of smartphones on their sociability dynamics. Finally, we identify some tactics (Certeau, 1998) used by these young people to work in the maintenance of the circuits of sociability inside and outside the digital sphere, mainly through two interaction dynamics: conflict and competition. Thus, we understood, by means of a gender perspective, the sociability mediated by these devices encompasses performances (Butler, 1990) of hegemonic masculinity (Connell and Messerschmidt, 2013; Almeida, 1995; Grossi, 2004; Cecchetto, 2004), such as: aggressiveness, virility and competitiveness. At the end, we conclude that the dynamics of sociability mediated by smartphones are redefined in order to attend to the interaction needs and gender affirmation of these individuals. In addition, the elements of hegemonic masculinity present in these dynamics assist in the constitution of a social hierarchy among the young participants of conflicting and competitive events.Keywords: communication, anthropology of consumption, youths, smartphones, masculinities.Verso e Reverso2018-08-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2018.32.80.0210.4013/ver.2018.32.80.02Verso e Reverso; v. 32 n. 80 (2018); 108-1201806-6925reponame:Verso e Reverso (Online)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSporhttps://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2018.32.80.02/60746340da Trindade, Thiago Álvaresda Silva, Sandra Rúbiainfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-08-27T17:50:29Zoai:ojs2.revistas.unisinos.br:article/15327Revistahttp://revistas.unisinos.br/index.php/versoereversoPRIhttp://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/oaiperiodicos@unisinos.br||bmarocco@unisinos.br1806-69250103-1414opendoar:2018-08-27T17:50:29Verso e Reverso (Online) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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