Intervenções urbanas na cidade do Recife: uma igreja no meio do caminho de uma avenida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10593 |
Resumo: | Entre os anos de 1971 e 1973, ocorreu na área central da cidade do Recife uma das mais incisivas intervenções urbanas, com a abertura, o prolongamento e o alargamento da Av. Dantas Barreto no trecho compreendido entre o pátio da Igreja N. S. do Carmo e a Praça Sérgio Loreto, atingindo uma área de quase 4 km2. A justificada para a obra era a necessidade de buscar uma solução capaz de enfrentar o cenário caótico do tráfego de veículos na parte central da cidade e possibilitar uma ligação direta e fluente entre o centro e a zona sul da cidade. A execução dessa obra implicou na demolição do casario de feições coloniais e da Igreja do Bom Jesus dos Martírios, construída entre 1791 e 1796. Os defensores da preservação da Igreja exigiam o seu tombamento como um bem histórico-cultural, pois ela era a única igreja do Brasil totalmente edificada por escravos no Brasil. Esse posicionamento suscitou um embate que foi denominado pelo historiador Denis Bernardes como a “A Batalha dos Martírios”, desvelando no seu decurso a lógica modernizante, fundada nos critérios de uma sociedade típica do capitalismo tardio, que orientou a construção da Av. Dantas Barreto e as políticas municipais no período, possibilitando-nos averiguar, dessa forma, a natureza dos embates suscitados e os seus desdobramentos em seu contexto histórico. |
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Intervenções urbanas na cidade do Recife: uma igreja no meio do caminho de uma avenidaIntervenções Urbanas. Av. Dantas Barreto. Igreja dos Martírios. História Urbana do Recife.Modernizações urbanas na história recente na cidade do RecifeEntre os anos de 1971 e 1973, ocorreu na área central da cidade do Recife uma das mais incisivas intervenções urbanas, com a abertura, o prolongamento e o alargamento da Av. Dantas Barreto no trecho compreendido entre o pátio da Igreja N. S. do Carmo e a Praça Sérgio Loreto, atingindo uma área de quase 4 km2. A justificada para a obra era a necessidade de buscar uma solução capaz de enfrentar o cenário caótico do tráfego de veículos na parte central da cidade e possibilitar uma ligação direta e fluente entre o centro e a zona sul da cidade. A execução dessa obra implicou na demolição do casario de feições coloniais e da Igreja do Bom Jesus dos Martírios, construída entre 1791 e 1796. Os defensores da preservação da Igreja exigiam o seu tombamento como um bem histórico-cultural, pois ela era a única igreja do Brasil totalmente edificada por escravos no Brasil. Esse posicionamento suscitou um embate que foi denominado pelo historiador Denis Bernardes como a “A Batalha dos Martírios”, desvelando no seu decurso a lógica modernizante, fundada nos critérios de uma sociedade típica do capitalismo tardio, que orientou a construção da Av. Dantas Barreto e as políticas municipais no período, possibilitando-nos averiguar, dessa forma, a natureza dos embates suscitados e os seus desdobramentos em seu contexto histórico.Editora da FURG2015-09-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/1059310.14295/rbhcs.v7i13.257Revista Brasileira de História & Ciências Sociais; v. 7 n. 13 (2015): RBHCS 13 (Jan-Jun/2015); 138-1602175-3423reponame:Revista Brasileira de História & Ciências Sociaisinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSporhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10593/pdfCopyright (c) 2015 Revista Brasileira de História & Ciências Sociaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessNascimento, Luís Domingues2020-04-24T02:59:00Zoai:periodicos.furg.br:article/10593Revistahttps://periodicos.furg.br/rbhcsPRIhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/oai||jcs.cardozo@gmail.com2175-34232175-3423opendoar:2020-04-24T02:59Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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Entre os anos de 1971 e 1973, ocorreu na área central da cidade do Recife uma das mais incisivas intervenções urbanas, com a abertura, o prolongamento e o alargamento da Av. Dantas Barreto no trecho compreendido entre o pátio da Igreja N. S. do Carmo e a Praça Sérgio Loreto, atingindo uma área de quase 4 km2. A justificada para a obra era a necessidade de buscar uma solução capaz de enfrentar o cenário caótico do tráfego de veículos na parte central da cidade e possibilitar uma ligação direta e fluente entre o centro e a zona sul da cidade. A execução dessa obra implicou na demolição do casario de feições coloniais e da Igreja do Bom Jesus dos Martírios, construída entre 1791 e 1796. Os defensores da preservação da Igreja exigiam o seu tombamento como um bem histórico-cultural, pois ela era a única igreja do Brasil totalmente edificada por escravos no Brasil. Esse posicionamento suscitou um embate que foi denominado pelo historiador Denis Bernardes como a “A Batalha dos Martírios”, desvelando no seu decurso a lógica modernizante, fundada nos critérios de uma sociedade típica do capitalismo tardio, que orientou a construção da Av. Dantas Barreto e as políticas municipais no período, possibilitando-nos averiguar, dessa forma, a natureza dos embates suscitados e os seus desdobramentos em seu contexto histórico. |
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