O poder e as representações de quem tem posse: : a construção do mito Ottoni no Vale do Mucuri, MG (1890-1950)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Márcio Achtschin
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de História & Ciências Sociais
Texto Completo: https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/11624
Resumo: Construções de representações estão diretamente vinculados ao contexto vivido por determinadas comunidades. O objetivo desse estudo é analisar a relação entre a construção do mito em torno de Teófilo Benedicto Ottoni com os produtores rurais do Vale do Mucuri, nordeste de Minas Gerais, entre os anos de 1890 e 1950. O Mucuri  sofreu um processo de colonização tendo sua produção em grande escala baseada na produção do café e, posteriormente, na pecuária. O agrego foi a principal mão-de-obra das médias e grandes propriedades rurais, utilizada para o desmatamento ininterrupto em benefício da lavoura e do pasto. Essas atividades gerou riqueza para os proprietários rurais, mas não estimulava investimentos tecnológicos típico do modelo capitalista, trazendo através da imprensa uma representação da região ambígua, coexistindo prosperidade e ruína. Esta coexistência entre representações dúbias possibilitava construções no imaginário da elite rural favoráveis ao surgimento de representações que aglutinava esse antagonismo.  Pode-se apontar como resultado da pesquisa que através do personagem  Teófilo Ottoni construiu-se o mito no qual incorporava essa contradição entre o desenvolvimento e o atraso, a imagem do bandeirante moderno.
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