Filiação sem fronteiras: o Brasil na rota da adoção internacional de crianças, 1965-1988.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10520 |
Resumo: | Desde 1970, cerca de trinta mil crianças foram adotadas por estrangeiros no Brasil e, na imensa maioria dos casos, partiram viver no exterior com os seus novos pais. Em escala global, a adoção internacional movimentou, desde os anos 1940, cerca de um milhão de adoções. Por detrás dos números, mudanças significativas no universo da família, tanto nos países de origem dos adotantes, quanto nos países natais das crianças adotadas. Questão altamente sensível e original, nunca antes na História as pessoas atravessaram oceanos e continentes “simplesmente” para adotar uma criança e constituir um núcleo familiar. Assim, adotados, adotantes e genitores protagonizaram, ao longo do século XX, o surgimento de uma nova categoria jurídica de filiação, de tipo não biológica e supranacional. A partir da documentação constante nos acervos, no Brasil, do Itamaraty e dos órgãos de segurança nacional e informação do Regime Militar e, na França, da filial local do Serviço Social Internacional, apresentar-se-á neste artigo alguns indícios que denotam a reação das autoridades nacionais em face da novidade representada pela adoção de crianças brasileiras por estrangeiros nas décadas de 1960 e 1970, bem como as estratégias de adaptação dos franceses às práticas adotivas em voga no Brasil dos anos 1980. |
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Filiação sem fronteiras: o Brasil na rota da adoção internacional de crianças, 1965-1988.Adoção internacional. Família. FiliaçãoDesde 1970, cerca de trinta mil crianças foram adotadas por estrangeiros no Brasil e, na imensa maioria dos casos, partiram viver no exterior com os seus novos pais. Em escala global, a adoção internacional movimentou, desde os anos 1940, cerca de um milhão de adoções. Por detrás dos números, mudanças significativas no universo da família, tanto nos países de origem dos adotantes, quanto nos países natais das crianças adotadas. Questão altamente sensível e original, nunca antes na História as pessoas atravessaram oceanos e continentes “simplesmente” para adotar uma criança e constituir um núcleo familiar. Assim, adotados, adotantes e genitores protagonizaram, ao longo do século XX, o surgimento de uma nova categoria jurídica de filiação, de tipo não biológica e supranacional. A partir da documentação constante nos acervos, no Brasil, do Itamaraty e dos órgãos de segurança nacional e informação do Regime Militar e, na França, da filial local do Serviço Social Internacional, apresentar-se-á neste artigo alguns indícios que denotam a reação das autoridades nacionais em face da novidade representada pela adoção de crianças brasileiras por estrangeiros nas décadas de 1960 e 1970, bem como as estratégias de adaptação dos franceses às práticas adotivas em voga no Brasil dos anos 1980.Editora da FURG2013-07-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10520Revista Brasileira de História & Ciências Sociais; v. 5 n. 9 (2013): RBHCS 9 - Arranjos familiares: as famílias ontem e hoje (Jan-Jun/2013)2175-3423reponame:Revista Brasileira de História & Ciências Sociaisinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSporhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10520/6862Copyright (c) 2013 Revista Brasileira de História & Ciências Sociaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessMacedo, Fábio2020-04-24T02:59:03Zoai:periodicos.furg.br:article/10520Revistahttps://periodicos.furg.br/rbhcsPRIhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/oai||jcs.cardozo@gmail.com2175-34232175-3423opendoar:2020-04-24T02:59:03Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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Desde 1970, cerca de trinta mil crianças foram adotadas por estrangeiros no Brasil e, na imensa maioria dos casos, partiram viver no exterior com os seus novos pais. Em escala global, a adoção internacional movimentou, desde os anos 1940, cerca de um milhão de adoções. Por detrás dos números, mudanças significativas no universo da família, tanto nos países de origem dos adotantes, quanto nos países natais das crianças adotadas. Questão altamente sensível e original, nunca antes na História as pessoas atravessaram oceanos e continentes “simplesmente” para adotar uma criança e constituir um núcleo familiar. Assim, adotados, adotantes e genitores protagonizaram, ao longo do século XX, o surgimento de uma nova categoria jurídica de filiação, de tipo não biológica e supranacional. A partir da documentação constante nos acervos, no Brasil, do Itamaraty e dos órgãos de segurança nacional e informação do Regime Militar e, na França, da filial local do Serviço Social Internacional, apresentar-se-á neste artigo alguns indícios que denotam a reação das autoridades nacionais em face da novidade representada pela adoção de crianças brasileiras por estrangeiros nas décadas de 1960 e 1970, bem como as estratégias de adaptação dos franceses às práticas adotivas em voga no Brasil dos anos 1980. |
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