Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10844 |
Resumo: | A partir de oitocentos, crime e doença mental tornam-se motivos de preocupação para a sociedade portuguesa e, em particular, para as autoridades com responsabilidades nessas matérias. Enquanto, por um lado, se assiste à materialização de respostas para o delito, que passam pela implementação de uma nova concepção do cárcere, que inclui as vertentes punitiva e regenerativa, pela edificação de penitenciárias e pela criação de hospitais para alienados (Rilhafoles, em Lisboa, e Conde de Ferreira, no Porto), por outro lado, continuava a faltar solução para aqueles que cometeram delitos, mas eram reconhecidamente alienados e, por conseguinte inimputáveis.Através da análise de diferentes quadrantes da sociedade e recorrendo a casos concretos, pretendemos refletir sobre a situação de homens e mulheres que, em inícios do século XX, apesar da dupla condição de criminosos e alienados, continuavam a ser enviados para os hospitais gerais, para as cadeias ou ficavam entregues às respetivas famílias, perante a inoperância do Estado, incapaz de fazer cumprir a legislação que, desde finais de oitocentos, preconizava a criação de estruturas próprias para acolher “alienados criminosos”. |
id |
UNISINOS-3_e8f088853462b4d9adc321436f15c8a6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.furg.br:article/10844 |
network_acronym_str |
UNISINOS-3 |
network_name_str |
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
repository_id_str |
|
spelling |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XXalienadoscrimehospitalcadeiadoentes.A partir de oitocentos, crime e doença mental tornam-se motivos de preocupação para a sociedade portuguesa e, em particular, para as autoridades com responsabilidades nessas matérias. Enquanto, por um lado, se assiste à materialização de respostas para o delito, que passam pela implementação de uma nova concepção do cárcere, que inclui as vertentes punitiva e regenerativa, pela edificação de penitenciárias e pela criação de hospitais para alienados (Rilhafoles, em Lisboa, e Conde de Ferreira, no Porto), por outro lado, continuava a faltar solução para aqueles que cometeram delitos, mas eram reconhecidamente alienados e, por conseguinte inimputáveis.Através da análise de diferentes quadrantes da sociedade e recorrendo a casos concretos, pretendemos refletir sobre a situação de homens e mulheres que, em inícios do século XX, apesar da dupla condição de criminosos e alienados, continuavam a ser enviados para os hospitais gerais, para as cadeias ou ficavam entregues às respetivas famílias, perante a inoperância do Estado, incapaz de fazer cumprir a legislação que, desde finais de oitocentos, preconizava a criação de estruturas próprias para acolher “alienados criminosos”.Editora da FURG2019-07-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/1084410.14295/rbhcs.v11i21.554Revista Brasileira de História & Ciências Sociais; v. 11 n. 21 (2019): Vol. 11, N. 21: Pena de morte e penalidade carcerária no mundo Ibero-Americano - séculos XVI-XX (Jan-Jun/2019); 116-1372175-3423reponame:Revista Brasileira de História & Ciências Sociaisinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSporhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10844/pdfCopyright (c) 2019 Alexandra Lopes Estevesinfo:eu-repo/semantics/openAccessEsteves, Alexandra Lopes2020-04-24T02:47:02Zoai:periodicos.furg.br:article/10844Revistahttps://periodicos.furg.br/rbhcsPRIhttps://periodicos.furg.br/rbhcs/oai||jcs.cardozo@gmail.com2175-34232175-3423opendoar:2020-04-24T02:47:02Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
title |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
spellingShingle |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX Esteves, Alexandra Lopes alienados crime hospital cadeia doentes. |
title_short |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
title_full |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
title_fullStr |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
title_full_unstemmed |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
title_sort |
Crime e alienação no Portugal de finais do século XIX e inícios do século XX |
author |
Esteves, Alexandra Lopes |
author_facet |
Esteves, Alexandra Lopes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Esteves, Alexandra Lopes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
alienados crime hospital cadeia doentes. |
topic |
alienados crime hospital cadeia doentes. |
description |
A partir de oitocentos, crime e doença mental tornam-se motivos de preocupação para a sociedade portuguesa e, em particular, para as autoridades com responsabilidades nessas matérias. Enquanto, por um lado, se assiste à materialização de respostas para o delito, que passam pela implementação de uma nova concepção do cárcere, que inclui as vertentes punitiva e regenerativa, pela edificação de penitenciárias e pela criação de hospitais para alienados (Rilhafoles, em Lisboa, e Conde de Ferreira, no Porto), por outro lado, continuava a faltar solução para aqueles que cometeram delitos, mas eram reconhecidamente alienados e, por conseguinte inimputáveis.Através da análise de diferentes quadrantes da sociedade e recorrendo a casos concretos, pretendemos refletir sobre a situação de homens e mulheres que, em inícios do século XX, apesar da dupla condição de criminosos e alienados, continuavam a ser enviados para os hospitais gerais, para as cadeias ou ficavam entregues às respetivas famílias, perante a inoperância do Estado, incapaz de fazer cumprir a legislação que, desde finais de oitocentos, preconizava a criação de estruturas próprias para acolher “alienados criminosos”. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-07-10 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10844 10.14295/rbhcs.v11i21.554 |
url |
https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10844 |
identifier_str_mv |
10.14295/rbhcs.v11i21.554 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10844/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Alexandra Lopes Esteves info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Alexandra Lopes Esteves |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora da FURG |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora da FURG |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais; v. 11 n. 21 (2019): Vol. 11, N. 21: Pena de morte e penalidade carcerária no mundo Ibero-Americano - séculos XVI-XX (Jan-Jun/2019); 116-137 2175-3423 reponame:Revista Brasileira de História & Ciências Sociais instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) instacron:UNISINOS |
instname_str |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) |
instacron_str |
UNISINOS |
institution |
UNISINOS |
reponame_str |
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
collection |
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) |
repository.mail.fl_str_mv |
||jcs.cardozo@gmail.com |
_version_ |
1800218831284600832 |