OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO SISTEMA PRISIONAL
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Interfaces Científicas. Saúde e Ambiente (Online) |
DOI: | 10.17564/2316-3798.2019v7n2p |
Texto Completo: | https://periodicos.set.edu.br/saude/article/view/5962 |
Resumo: | Introdução: este estudo tem como objeto de pesquisa a ocorrência de doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. O confinamento em que se encontram as pessoas privadas de liberdade são determinantes para o surgimento de doenças infectocontagiosas, influenciando na qualidade de vida dos portadores dessas patologias. Objetivo: descrever a ocorrência de doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Método: trata-se de um estudo de campo, descritivo, com abordagem quantitativa sobre a ocorrência de doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional, onde foram utilizados prontuários de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Como critérios de inclusão foram elencados: prontuários de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. As variáveis estudadas estarão relacionadas ao perfil clínico: perfil sociodemográfico (idade, cor, escolaridade, estado civil), fatores predisponentes (uso de álcool, tabagismo, índice de massa corporal), perfil epidemiológico (doença de base), doença infectocontagiosa e se realizou o tratamento. A organização e armazenamento dos dados ocorreu com o auxílio do programa Excel; já a análise e interpretação dos resultados obtidos, foi através do programa BioEstat. Os resultados foram expostos com o auxílio de tabelas, estabelecendo a frequência absoluta e relativa das variáveis em estudo. Resultados e discussão: Ao avaliar o perfil sociodemográfico, observou que 51,02% está na faixa etária entre 18-25 anos. Quanto à variável cor, observou-se que 88,39% não tinha esse dado relatado no prontuário. E levando em consideração que as populações diferem muito em seus padrões de prevalência de doenças e mortalidade essa é uma informação que deve ser descrita. Outro dado importante é a escolaridade, apenas 8,07% conseguiu concluir o ensino médio. Foi evidenciado um maior número de solteiros 36,60%. De acordo com os fatores de risco, 48,23% faz uso de álcool, e 50,89% é tabagista, com relação ao índice de massa corporal (IMC), 85,70% não tinha o peso e altura descrito no prontuário. Após a verificação do perfil epidemiológico detectou que 11,57% possui alguma doença de base, e 46,38% foi diagnosticado com alguma doença infectocontagiosa e que apenas 42,30% da amostra tinha registrado no prontuário que o tratamento para a doença infectocontagiosa foi realizado. Conclusão: Os resultados desta pesquisa reforçaram a concepção de que a população privada de liberdade compõe um grupo vulnerável as doenças infectocontagiosas, devido as questões socioeconômicas e educacionais estarem atreladas ao problema. O estudo permitiu observar a carência de dados importantes nos prontuários, mostrando ser necessário aprofundar a discussão em torno de ações que visem sensibilizar a importância da assistência preventiva no sistema prisional. |
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