INTERAÇÕES ENTRE DESCONFIANÇA INTERPESSOAL E DESIGUALDADE ECONÔMICA NO BRASIL
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de gestão e desenvolvimento regional |
Texto Completo: | https://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/3244 |
Resumo: | Há correlações positivas estáveis e duradouras entre a desigualdade econômica conforme medida no índice de Gini (medida de desigualdade de renda da população) e o nível de (des)confiança interpessoal medido nas pesquisas do WVS – World Values Survey (medida com uma única pergunta), desde 1995. O Brasil está sempre entre os primeiros nas duas medidas. A desconfiança interpessoal é fator que prejudica o capital social das pessoas, assim como o capital humano da sociedade e, consequentemente, a economia do país. Pesquisadores buscam os determinantes da desconfiança interpessoal, e avaliam fatores como renda, educação, "raça" , etnia e sexo, no entanto, no caso do Brasil, nenhum fator isolado explica os altos níveis de desconfiança interpessoal, apontando para um "efeito país" . Nesta pesquisa argumentamos que se trata de um fator de personalidade que, no entanto, não tem base temperamental, mas resulta das experiências pessoais e da aprendizagem social, vividas coletivamente em um ambiente social de desigualdade e violência extremas, favorecendo a ansiedade e as estratégias ilusórias para se lidar com ela. Usamos o Questionário dos 16 Fatores de Personalidade em uma amostra de estudantes brasileiros para demonstrar essa afirmação com a dimensão Desconfiança. Os resultados das análises mostraram que o grupo dos que conhecem a astrologia dos signos é significativamente mais desconfiado do que o grupo que desconhece, apontando que aqueles se utilizam do conhecimento para tentar prever e se prevenir quanto ao comportamento dos outros. Para a diminuição da desigualdade, portanto, não bastam as intervenções econômicas, exige-se intervenção psicossocial que diminua progressivamente o nível de desconfiança interpessoal. |
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INTERAÇÕES ENTRE DESCONFIANÇA INTERPESSOAL E DESIGUALDADE ECONÔMICA NO BRASILCapital social. Confiança. índice de Gini. Desigualdade. Questionário dos dezesseis fatores de personalidade. Sociedade brasileira.Há correlações positivas estáveis e duradouras entre a desigualdade econômica conforme medida no índice de Gini (medida de desigualdade de renda da população) e o nível de (des)confiança interpessoal medido nas pesquisas do WVS – World Values Survey (medida com uma única pergunta), desde 1995. O Brasil está sempre entre os primeiros nas duas medidas. A desconfiança interpessoal é fator que prejudica o capital social das pessoas, assim como o capital humano da sociedade e, consequentemente, a economia do país. Pesquisadores buscam os determinantes da desconfiança interpessoal, e avaliam fatores como renda, educação, "raça" , etnia e sexo, no entanto, no caso do Brasil, nenhum fator isolado explica os altos níveis de desconfiança interpessoal, apontando para um "efeito país" . Nesta pesquisa argumentamos que se trata de um fator de personalidade que, no entanto, não tem base temperamental, mas resulta das experiências pessoais e da aprendizagem social, vividas coletivamente em um ambiente social de desigualdade e violência extremas, favorecendo a ansiedade e as estratégias ilusórias para se lidar com ela. Usamos o Questionário dos 16 Fatores de Personalidade em uma amostra de estudantes brasileiros para demonstrar essa afirmação com a dimensão Desconfiança. Os resultados das análises mostraram que o grupo dos que conhecem a astrologia dos signos é significativamente mais desconfiado do que o grupo que desconhece, apontando que aqueles se utilizam do conhecimento para tentar prever e se prevenir quanto ao comportamento dos outros. Para a diminuição da desigualdade, portanto, não bastam as intervenções econômicas, exige-se intervenção psicossocial que diminua progressivamente o nível de desconfiança interpessoal.Universidade de Taubaté2017-10-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/324410.54399/rbgdr.v13i3.3244Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional; Vol. 13 No. 3 (2017)RBGDR; Vol. 13 Núm. 3 (2017)Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional; v. 13 n. 3 (2017)1809-239X10.54399/rbgdr.v13i3reponame:Revista brasileira de gestão e desenvolvimento regionalinstname:Universidade de Taubaté (UNITAU)instacron:UNITAUporhttps://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/view/3244/628Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessRodrigues, Paulo Roberto Grangeiro2018-03-05T01:20:21Zoai:ojs2.rbgdr.net:article/3244Revistahttps://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdrPUBhttps://www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/oai||monicafcarniello@gmail.com1809-239X1809-239Xopendoar:2018-03-05T01:20:21Revista brasileira de gestão e desenvolvimento regional - Universidade de Taubaté (UNITAU)false |
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