A deficiência visual na velhice e o processo de resiliência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Carlos Eduardo Teodoro
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNITAU
Texto Completo: http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/5597
Resumo: Orientação: Profa. Dra. Marluce Auxiliadora Borges Glaus Leão
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spelling Vieira, Carlos Eduardo TeodoroSantos, Roseli Albino dos, 1968-Falcão, Deusivania Vieira da SilvaUniversidade de Taubaté.Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento HumanoLeão, Marluce Auxiliadora Borges Glaus2022-04-11T20:07:50Z2022-04-11T20:07:50Z2017http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/5597Orientação: Profa. Dra. Marluce Auxiliadora Borges Glaus LeãoDissertação (Mestrado) - Universidade de Taubaté, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano, Taubaté, 2017.Resumo: Ao longo do desenvolvimento humano, os diferentes eventos de vida configuram desafios que requerem adaptação positiva. Para os indivíduos na fase de vida da velhice, esses desafios podem assumir uma dimensão mais crítica que depende da condição de fragilidade que vivenciam, como a presença da deficiência visual. A visão é considerada o sistema sensorial de maior importância na interação do indivíduo com o seu contexto de formação e, na velhice, a aquisição da deficiência visual implica em risco. O constructo psicológico da resiliência se apresenta como um potencial do indivíduo para lidar com situações adversas. O objetivo deste estudo foi investigar como ocorre o processo de resiliência de idosos com deficiência visual adquirida. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratória, que utiliza como referenciais a Teoria Bioecológica e a Resiliência. Os pesquisados são oito idosos com deficiência visual que frequentam o Centro de Prevenção e Reabilitação de Deficiência da Visão - Próvisão, em São José dos Campos, cidade da região metropolitana do Vale do Paraíba Paulista/SP. Foram utilizados como instrumentos um formulário de características biosociodemográficas e a entrevista semiestruturada, do tipo história de vida focal. Os resultados indicaram que os idosos estavam em reabilitação na instituição entre dois e cinco anos, sendo quatro mulheres e quatro homens, com média de idade de 63,8 anos, com tempo de trabalho entre 10 e 35 anos, escolaridade entre o ensino fundamental incompleto e superior completo. O diagnóstico oftalmológico de 75% dos participantes é a retinopatia diabética. A análise de conteúdo indicou como categorias temáticas: envelhecimento e a deficiência; a descoberta da deficiência visual; o papel da família em relação ao familiar com deficiência; a vivência da deficiência visual no trabalho; a convivência social e as estratégias de enfrentamento. A análise permitiu conhecer e compreender os desafios da velhice atrelada à deficiência visual, na qual o idoso é exposto a situações vulneráveis que fortalecem a perda da autonomia e independência. A família exerce um importante papel na redução dos aspectos de risco, embora não fique isenta da influência da deficiência visual com um aspecto de vulnerabilidade. A atuação profissional desses idosos foi compreendida como fator de risco e/ou de proteção à autonomia, independência e adaptação às mudanças biopsicossociais que a deficiência exige. Nas categorias convivência social e estratégias de enfrentamento, verificouse a adaptabilidade dos idosos mediante o evento da deficiência visual. O auxílio dos amigos, bem como o processo de reabilitação, mostram-se importantes meios de ressignificação da vida cotidiana e de enfrentamento na convivência com a deficiência. Possibilitam novos aprendizados, fortalecem e ampliam suas potencialidades e funcionalidades. Constatou-se que o processo de resiliência baliza os aspectos de proteção e de riscos mediante a aquisição da deficiência visual, avaliada por todos como um evento crítico no envelhecimento. Conclui-se que a diferença experimentada pelo corpo com a deficiência influencia e sofre influências do processo de resiliência, operando nas mudanças de hábitos e atitudes do idoso nos contextos em que interage. A falta de conhecimentos sobre como lidar com a velhice e a deficiência visual emerge como fator de prejuízo ao continuum da vida do idoso, conduzindo-o à condição de maior vulnerabilidade.Abstract:Throughout the human development, the different events of life present challenges that Require positive adaptation. For individuals in the life stage of old age, these challenges may assume a more critical dimension, depending on the fragility condition they experience, such as the presence of visual impairment. Vision is considered the most important sensory system in the interaction of the individual with their training contexts and in old age, the acquisition of visual impairment implies risk. The psychological construct of resilience presents itself as a potential of the individual to deal with adverse situations. The objective of this study was to investigate how the resilience process occurs in the elderly with acquired visual impairment. It is a qualitative research, of the exploratory type, that uses as reference the Bioecological Theory and the resilience. The individuals in the research are Eight elderly individuals with visual impairment who attend the Center for Prevention and Rehabilitation of the visual impairment in São José dos Campos, Vale do Paraíba Paulista/SP. It used as instruments a form of biosocialdemographic characteristics and semi-structured interview, with the type of focal history of life. The results indicated that the elderly where in rehabilitation in the institution between two and five years, being four women and four men, with a mean age of 63.8 years, they worked between 10 and 35 years, education background between incomplete and higher education complete. The ophthalmologic diagnosis of 75% of the participants is diabetic retinopathy. The analysis of content indicate as thematic categories: the aging and the deficiency; The discovery of visual impairment; The role of the family in relation to the relative with disability; The experience of visual impairment at work; Social coexistence and coping strategies. The analysis allowed to know and understand the challenges of old age linked to visual impairment, in which the elderly are exposed to vulnerable situations that strengthen the loss of autonomy and independence. The family plays an important role in reducing risk aspects, although it is not exempt from the influence of visual impairment with an aspect of vulnerability. The professional performance of these elderly people was understood as a risk factor and / or protection to the autonomy, independence and adaptation of these to the biopsychosocial changes that the disability requires. In the categories, social coexistence and coping strategies, the elderly were adaptable through the event of visual impairment. The help of the friends, as well as the process of rehabilitation, are important means of (re) signification of the daily life and of confrontation in the coexistence with the deficiency. They enable new learning, strengthen and expand their potential and functionality. It was found that the resilience process targets the aspects of protection and risks through the acquisition of visual impairment, evaluated by all as a critical event in aging life. It is concluded that the difference experienced by the body with the disability influences and suffers influences of the process of resilience, operating in the changes of habits and attitudes of the elderly in the contexts in which it interacts. The lack of knowledge related to dealing with old age and visual impairment emerges as a factor of loss to the continuum of the elderly's life, leading to the condition of greater vulnerability.Made available in DSpace on 2022-04-11T20:07:50Z (GMT). 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