Investimento reprodutivo e produção de ovos em desovas consecutivas do caranguejo Aratus pisonii (H. Milne Edwards) (Crustacea, Brachyura, Grapsoidea)
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNITAU |
Texto Completo: | http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/1590 |
Resumo: | No presente trabalho, o número de ovos postos em desovas seqüenciais pelo caranguejo Aratus pisonii (H. Milne Edwards, 1837) foi quantificado com o objetivo de testar a hipótese de menos ovos serem postos em desovas consecutivas. Fêmeas ovígeras de A. pisonii foram coletadas em um manguezal (23º29'S, 45º09'W) localizado em Ubatuba, SP, Brasil no período de março de 2000 a março de 2003. Em laboratório, essas fêmeas foram separadas em dois grupos: Grupo 1, fêmeas incubando ovos em estágio inicial e, Grupo 2, fêmeas que realizaram desova subseqüente em laboratório. Ambos os grupos de fêmeas foram analisadas quanto ao número e tamanho dos ovos, peso seco da massa de ovos, peso seco do ovo individual e investimento reprodutivo (razão entre o peso seco da fêmea e o peso seco da massa). Vinte e sete fêmeas realizaram nova desova em laboratório. O intervalo médio entre uma liberação larval e uma desova subseqüente foi de 6,4 ± 5,6 dias. O número de ovos e o investimento reprodutivo não diferiram entre os grupos de fêmeas. Pequenas diferenças foram detectadas no tamanho e peso dos ovos, sendo que os ovos ovipositados nas desovas seqüenciais foram menores e mais pesados que os observados para as fêmeas do Grupo 1. A variabilidade do número de ovos produzidos por A. pisonii não pode ser atribuída a desovas consecutivas. Talvez o estado intrínseco das fêmeas é que some mais por essas diferenças na alocação de recursos. |
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Leme, Maria Helena de ArrudaLeme, Maria Helena de Arruda https://orcid.org/0000-0001-7890-522X2019-09-11T20:58:47Z2019-09-11T20:58:47Z200623372773210.1590/S0101-817520060003000170101-8175http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/1590SCIELO:S0101-81752006000300017No presente trabalho, o número de ovos postos em desovas seqüenciais pelo caranguejo Aratus pisonii (H. Milne Edwards, 1837) foi quantificado com o objetivo de testar a hipótese de menos ovos serem postos em desovas consecutivas. Fêmeas ovígeras de A. pisonii foram coletadas em um manguezal (23º29'S, 45º09'W) localizado em Ubatuba, SP, Brasil no período de março de 2000 a março de 2003. Em laboratório, essas fêmeas foram separadas em dois grupos: Grupo 1, fêmeas incubando ovos em estágio inicial e, Grupo 2, fêmeas que realizaram desova subseqüente em laboratório. Ambos os grupos de fêmeas foram analisadas quanto ao número e tamanho dos ovos, peso seco da massa de ovos, peso seco do ovo individual e investimento reprodutivo (razão entre o peso seco da fêmea e o peso seco da massa). Vinte e sete fêmeas realizaram nova desova em laboratório. O intervalo médio entre uma liberação larval e uma desova subseqüente foi de 6,4 ± 5,6 dias. O número de ovos e o investimento reprodutivo não diferiram entre os grupos de fêmeas. Pequenas diferenças foram detectadas no tamanho e peso dos ovos, sendo que os ovos ovipositados nas desovas seqüenciais foram menores e mais pesados que os observados para as fêmeas do Grupo 1. A variabilidade do número de ovos produzidos por A. pisonii não pode ser atribuída a desovas consecutivas. Talvez o estado intrínseco das fêmeas é que some mais por essas diferenças na alocação de recursos.In the present work the egg number laid in sequential broods of the mangrove crab Aratus pisonii (H. Milne Edwards, 1837) were quantified with the aim to test the hypothesis of minus eggs is laid in consecutive spawnings. Ovigerous females of A. pisonii were collected in a mangrove forest (23º29'S, 45º09'W) located in Ubatuba, São Paulo State, Brazil from March 2000 to March 2003. In laboratory, these females were categorised in two groups: Group 1, females bearing early-stage eggs and, Group 2, females that accomplished subsequent spawning in laboratory. Both groups of females were analised as number and size of eggs, brood dry weight, individual egg dry weight and reproductive output (ratio of female dry weigh and brood dry weight). Twenty seven females realized a subsequent laid in laboratory. The average time interval between a larval release and the subsequent spawning was of 6.4 ± 5.6 days. The number of eggs and the reproductive output did not differ between the both group of females. Slight differences were detected in the size and weight of eggs, being that the eggs oviposited in a subsequent spawning were smaller but heavier than that one observed for Group 1 females. The variability of eggs produced by A. pisonii can not be attributed to consecutive spawnings. Perhaps the intrinsic state of females accounts more for those differences in the resource allocation.Made available in DSpace on 2019-09-11T20:58:47Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006[Leme, Maria Helena de A.] Universidade de Taubaté, BrazilSociedade Brasileira de ZoologiaBrasilRevista Brasileira de Zoologiahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessScieloreponame:Repositório Institucional da UNITAUinstname:Universidade de Taubaté (UNITAU)instacron:UNITAUFecunditymultiple spawningreproductive effortFecundidadedesovas múltiplasesforço reprodutivoZoologyZoologyInvestimento reprodutivo e produção de ovos em desovas consecutivas do caranguejo Aratus pisonii (H. Milne Edwards) (Crustacea, Brachyura, Grapsoidea)Reproductive investment and egg production in consecutive spawnings of Aratus pisonii (Crustacea, Brachyura, Grapsoidea)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporORIGINALS0101-81752006000300017.pdfS0101-81752006000300017.pdfapplication/pdf555040http://repositorio.unitau.br:8080/jspui/bitstream/20.500.11874/1590/1/S0101-81752006000300017.pdff05f91e47b0706443383f396d0487b6bMD5120.500.11874/15902020-09-10 11:45:24.76oai:repositorio.unitau.br:20.500.11874/1590Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unitau.br/oai/requestopendoar:2020-09-10T14:45:24Repositório Institucional da UNITAU - Universidade de Taubaté (UNITAU)false |
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No presente trabalho, o número de ovos postos em desovas seqüenciais pelo caranguejo Aratus pisonii (H. Milne Edwards, 1837) foi quantificado com o objetivo de testar a hipótese de menos ovos serem postos em desovas consecutivas. Fêmeas ovígeras de A. pisonii foram coletadas em um manguezal (23º29'S, 45º09'W) localizado em Ubatuba, SP, Brasil no período de março de 2000 a março de 2003. Em laboratório, essas fêmeas foram separadas em dois grupos: Grupo 1, fêmeas incubando ovos em estágio inicial e, Grupo 2, fêmeas que realizaram desova subseqüente em laboratório. Ambos os grupos de fêmeas foram analisadas quanto ao número e tamanho dos ovos, peso seco da massa de ovos, peso seco do ovo individual e investimento reprodutivo (razão entre o peso seco da fêmea e o peso seco da massa). Vinte e sete fêmeas realizaram nova desova em laboratório. O intervalo médio entre uma liberação larval e uma desova subseqüente foi de 6,4 ± 5,6 dias. O número de ovos e o investimento reprodutivo não diferiram entre os grupos de fêmeas. Pequenas diferenças foram detectadas no tamanho e peso dos ovos, sendo que os ovos ovipositados nas desovas seqüenciais foram menores e mais pesados que os observados para as fêmeas do Grupo 1. A variabilidade do número de ovos produzidos por A. pisonii não pode ser atribuída a desovas consecutivas. Talvez o estado intrínseco das fêmeas é que some mais por essas diferenças na alocação de recursos. |
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