Avaliação do potencial de descoloração e de detoxificação de corantes têxteis por lacase de Pleurotus sajor-caju

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Orzechowski, Juliana
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Rampinelli, Jamile Rosa, Silveira, Márcia Luciane Lange, Bonatti-Chaves, Mariane, Furlan, Sandra Aparecida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Evidência - Ciência e Biotecnologia - Interdisciplinar
Texto Completo: https://periodicos.unoesc.edu.br/evidencia/article/view/16443
Resumo: As águas residuárias são normalmente um empecilho ambiental para o desenvolvimento da indústria têxtil em razão do gerenciamento inadequado e/ou tratamento ineficaz, que levam à contaminação da biota. Efluentes de indústrias têxteis têm como uma de suas principais características a alta carga de corantes, os quais durante o processo produtivo não se aderiram à fibra e, assim, encontram-se presentes no efluente final. Estes, quando lançados no ambiente aquático, reduzem a disponibilidade de luz e a realização da fotossíntese e ocasionam outros problemas ambientais. Além disso, a maioria dos corantes têxteis são tóxicos, mesmo em pequenas concentrações. Enzimas produzidas por Pleurotus sajor-caju são reportadas como eficientes na remoção de cor, degradação de corantes e detoxificação de efluentes têxteis. Assim, neste trabalho teve-se como objetivo avaliar a capacidade do caldo enzimático bruto de Pleurotus sajor-caju em remover a cor e, concomitantemente, diminuir a toxicidade de soluções que contêm os corantes têxteis Red 50 e Blue 56 (100 mg L-1). Para tal, produziu-se o caldo enzimático em biorreator (volume útil de 4 L), que foi adicionado diretamente sobre a solução de corantes sem diluição, diluído em água (1:1) e diluído em solução ABTS (2,2’-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico)) (1:1). O microcrustáceo Daphnia magna foi utilizado nos testes ecotoxicológicos. Observou-se maior eficiência na remoção de cor pelo caldo enzimático bruto de P. sajor-caju diluído em solução ABTS (taxas de remoção 1,3 e 1,9x10-2 mg U-1 h-1, para os corantes Red 50 e Blue 56, respectivamente). A enzima lacase foi quantificada no caldo enzimático (115 U L-1) e manteve 100% de sua atividade durante todos os experimentos. Observou-se redução estatisticamente significativa da toxicidade para o corante Blue 56. O corante Red 50 manteve-se tóxico mesmo após o tratamento enzimático, sugerindo a necessidade de maior tempo de reação para esse corante. O caldo enzimático bruto de P. sajor-caju mostrou-se eficaz e de uso promissor em estações de tratamento de efluentes têxteis.Palavras-chave: Basidiomicetos. Caldo enzimático. Ecotoxicidade.
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