AÇÃO CONCERTADA OU DISCIPLINAMENTO? O DEBATE ENTRE TEORIAS VOLUNTARISTAS E SISTÊMICAS PARA A COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES DE PODER EM REDES DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pauli, Jandir
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RACE (Joaçaba. Online)
Texto Completo: https://periodicos.unoesc.edu.br/race/article/view/2666
Resumo: Este artigo teve por objetivo estabelecer a base conceitual para a compreensão das relações de poder em Redes de Economia Solidária (RESs). A metodologia utilizada analisou a literatura sobre o assunto propondo uma reflexão crítica do conceito sistêmico de poder, geralmente utilizado para explicar as relações nestas Redes. Para a Teoria Sistêmica o poder é compreendido como elemento funcional e marginal da análise social, uma vez que a prática social estaria estruturada sobre o consenso e na sua distribuição simétrica. É a partir desses pressupostos que se estabelece a problemática deste estudo: o arranjo institucional em rede consegue eliminar os conflitos a ponto de tornar as relações de poder elementos marginais da análise social? A crítica à teoria sistêmica tem como base a Teoria Voluntarista de Michel Foucault (1926-1984), para a qual o poder permeia todas as relações sociais a ponto de se tornar um elemento estrutural da análise social. As conclusões apontam para a ideia de que, mesmo se tratando de uma organização social que procura estruturar as relações sociais a partir do ideal normativo da solidariedade, da igualdade e da simetria, é impossível afirmar que estas relações são isentas da ação e efeitos do poder. A materialidade dessa “mecânica do poder” pode ser percebida a partir do dispositivo da disciplina (dimensão negativa) que arranja os indivíduos em torno de acordos, coações, normalizações e projetos comuns. Nesse percurso, o poder torna-se também produtivo (dimensão positiva), criando indivíduos capazes de construir importantes instituições sociais.
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