Cafés especiais e salto de escala: análise do circuito espacial produtivo e dos círculos de cooperação dos cafés especiais do Sul de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barone, Marcela [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/148932
Resumo: Com a desregulamentação do mercado cafeeiro, a partir da década de 1990, e a subsequente crise internacional do café, muitos produtores brasileiros têm buscado se inserir no mercado de cafés especiais como uma alternativa à produção de cafés convencionais. Dessa forma, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar os circuitos espaciais produtivos e os círculos de cooperação da produção de cafés especiais no Sul de Minas Gerais, especificamente do Comércio Justo, do Orgânico e do Gourmet. Para isso, analisamos três relevantes estudos de caso: a Cooperativa dos Produtores de Café Especial de Boa Esperança, a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e a Cooperativa Regional dos Cafeicultores do Vale do Rio Verde. Tratou-se de analisar se a inserção nos circuitos espaciais produtivos desses três tipos de cafés especiais proporcionou um salto de escala (jump of scale) aos pequenos cafeicultores. Entende-se que as noções indissociáveis de circuito espacial produtivo e dos círculos de cooperação são nitidamente transescalares, sendo assim, nos embasamos nesses conceitos para verificar as relações de cooperação e competição entre os agentes nas diferentes escalas geográficas. Ainda que a cafeicultura seja um cultivo fortemente vinculado à lógica das commodities, os grupos de produtores aqui analisados se apropriaram das especificidades dos três tipos de mercados de cafés estudados como um meio de fortalecer sua coesão social. Embora cada um deles apresente seus desafios particulares, de maneira geral, a inserção nos circuitos espaciais produtivos dos cafés especiais possibilitou a ampliação da escala geográfica de ação dos produtores. Contudo, a tradução do salto de escalas em empoderamento apresentou limitações, sendo mais expressivo no caso do Comércio Justo e do Orgânico, do que no Gourmet.
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