Educação do Campo: rompendo cercas e disputando territórios - estudo das práticas do Assentamento Roseli Nunes e Escola Madre Cristina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Eloisa Aparecida Cerino Rosa
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/152860
Resumo: O Sistema Educacional Brasileiro é marcado por distintas nuances. Se por um lado há uma educação voltada para preparação de mão de obra, a fim de suprir as necessidades do processo de modernização e expansão das relações capitalistas no campo e na cidade, do outro, há uma proposta de educação emancipatória, que se volta ao conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras vinculados a vida e ao trabalho no campo - a Educação do Campo, que articula a luta pela educação, vinculada a luta pela terra, pelo território, pela reforma agrária, pelo direito ao trabalho e a soberania alimentar. Partindo de pesquisas e conhecimentos já produzidos sobre o assunto, esta pesquisa buscou investigar o projeto de educação desenvolvido pela escola do campo Madre Cristina e consequentemente pelo Assentamento Roseli Nunes, ambos frutos da luta do MST, localizados no Município de Mirassol D’oeste, Mesorregião Sudoeste de Mato Grosso. Nossa perspectiva, foi a de compreender como a escola, ao mesmo tempo em que garante o acesso ao conhecimento, a ciência e a tecnologia, formando mão de obra para o mercado, também reafirma a identidade dos povos do campo, como sujeitos de seu próprio destino e o campo, como lugar privilegiado na produção de valores e culturas específicas. Nossas perguntas orientadoras da pesquisa foram: Qual o papel da escola estudada e do assentamento em relação a resistência cultural e de identidade do campesinato? Quais ações da escola contribuem para a intervenção direta na realidade das famílias? Há projetos formativos na escola que contribuem para o desenvolvimento do campo? Em quais pontos esta escola se constitui como no e do campo? Quais práticas e ações da escola e do assentamento contrapõem o atual modelo hegemônico de desenvolvimento posto para o campo? Trilhamos o caminho da pesquisa qualitativa que busca o comprometimento com o desenvolvimento humano, associando conhecimento, cultura, práticas sociais e identidade. Os dados da pesquisa de campo, realizada por levantamento bibliográfico, pesquisa documental, entrevistas com educadores, educandos e famílias assentadas, nos permite afirmar que a Escola Madre Cristina é uma escola em movimento, do e no campo, que em suas práticas protagoniza a construção da Educação do Campo e de um novo projeto de vida para o campo e seus sujeitos.
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Partindo de pesquisas e conhecimentos já produzidos sobre o assunto, esta pesquisa buscou investigar o projeto de educação desenvolvido pela escola do campo Madre Cristina e consequentemente pelo Assentamento Roseli Nunes, ambos frutos da luta do MST, localizados no Município de Mirassol D’oeste, Mesorregião Sudoeste de Mato Grosso. Nossa perspectiva, foi a de compreender como a escola, ao mesmo tempo em que garante o acesso ao conhecimento, a ciência e a tecnologia, formando mão de obra para o mercado, também reafirma a identidade dos povos do campo, como sujeitos de seu próprio destino e o campo, como lugar privilegiado na produção de valores e culturas específicas. Nossas perguntas orientadoras da pesquisa foram: Qual o papel da escola estudada e do assentamento em relação a resistência cultural e de identidade do campesinato? Quais ações da escola contribuem para a intervenção direta na realidade das famílias? Há projetos formativos na escola que contribuem para o desenvolvimento do campo? Em quais pontos esta escola se constitui como no e do campo? Quais práticas e ações da escola e do assentamento contrapõem o atual modelo hegemônico de desenvolvimento posto para o campo? Trilhamos o caminho da pesquisa qualitativa que busca o comprometimento com o desenvolvimento humano, associando conhecimento, cultura, práticas sociais e identidade. Os dados da pesquisa de campo, realizada por levantamento bibliográfico, pesquisa documental, entrevistas com educadores, educandos e famílias assentadas, nos permite afirmar que a Escola Madre Cristina é uma escola em movimento, do e no campo, que em suas práticas protagoniza a construção da Educação do Campo e de um novo projeto de vida para o campo e seus sujeitos.The Brazilian Educational System is marked by different nuances. If on the one hand there is an education aimed at preparing the workforce, in order to meet the needs of the process of modernization and expansion of capitalist relations in the countryside and in the city, on the other, there is a proposal of emancipatory education, a set of workers linked to life and work in the countryside - the Education of the Field, which articulates the struggle for education, linked to the struggle for land, territory , land reform, the right to work and food sovereignty. Based on research and knowledge already produced on the subject, this research sought to investigate the education project developed by the Madre Cristina field school and consequently the Roseli Nunes settlement, both fruits of the MST struggle, located in the Municipality of Mirassol D'Oeste, Meso - region Southwest of Mato Grosso. Our perspective was to understand how the school, while guaranteeing access to knowledge, science and technology, as a labo r force for the market, also reaffirms the identity of the rural people as subjects of their own destiny and the countryside, as a privileged place in the production of specific values and cultures. Our research guiding questions were: What is the role o f the studied school and of the settlement in relation to the cultural and identity resistance of the peasantry? What actions of the school contribute to direct intervention in the reality of families? Are there formative projects in the school that contri bute to the development of the field? At what points does this school constitute itself as in and out of the country? What practices and actions of the school and the settlement counterpose the current hegemonic model of development put to the field? We wa lk the path of qualitative research that seeks commitment to human development, associating knowledge, culture, social practices and identity. The data from the field research, carried out by a bibliographical survey, documental research, interviews with e ducators, students and settled families, allows us to affirm that the Madre Cristina School is a school in movement, of and in the field, that in its practices leads the construction of the Education of the Field and of a new project of life for the field and its subjects.El Sistema Educativo Brasileño está marcado por distintos matices. Si por un lado hay una educación orientada a la preparación de mano de obra, a fin de suplir las necesidades del proceso de modernización y expansión de las relaciones capitalistas en el campo y en la ciudad, del otro, hay una propuesta de educación emancipatoria, que se vuelve al proceso el conjunto de los trabajadores y trabajad oras vinculados a la vida y al trabajo en el campo - la Educación del Campo, que articula la lucha por la educación, vinculada a la lucha por la tierra, por el territorio, por la reforma agraria, por el derecho al trabajo y la soberanía alimentaria. En el marco de investigaciones y conocimientos ya producidos sobre el tema, esta investigación buscó investigar el proyecto de educación desarrollado por la escuela del campo Madre Cristina y consecuentemente por el Asentamiento Roseli Nunes, ambos frutos de la lucha del MST, ubicados en el Municipio de Mirassol D'oeste, Mesorregión Sudoeste de Mato Grosso. Nuestra perspectiva, fue la de comprender cómo la escuela, al mismo tiempo que garantiza el acceso al conocimiento, la ciencia y la tecnología, formando mano de obra para el mercado, también reafirma la identidad de los pueblos del campo, como sujetos de su propio el destino y el campo, como lugar privilegiado en la producción de valores y culturas específicas. Nuestras preguntas orientadoras de la investigació n fueron: ¿Cuál es el papel de la escuela estudiada y del asentamiento en relación a la resistencia cultural y de identidad del campesinado? ¿Qué acciones de la escuela contribuyen a la intervención directa en la realidad de las familias? ¿Hay proyectos fo rmativos en la escuela que contribuyen al desarrollo del campo? ¿En qué puntos esta escuela se constituye como en el campo y en el campo? ¿Qué prácticas y acciones de la escuela y del asentamiento contraponen el actual modelo hegemónico de desarrollo puest o para el campo? Se trata del camino de la investigación cualitativa que busca el compromiso con el desarrollo humano, asociando conocimiento, cultura, prácticas sociales e identidad. Los datos de la investigación de campo, realizada por levantamiento bibl iográfico, investigación documental, entrevistas con educadores, educandos y familias asentadas, nos permiten afirmar que la Escuela Madre Cristina es una escuela en movimiento, del y en el campo, que en sus prácticas protagoniza la construcción de la Educ ación del Campo y de un nuevo proyecto de vida para el campo y sus sujetos.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fernandes, Sílvia Aparecida de Sousa [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lima, Eloisa Aparecida Cerino Rosa2018-02-28T18:25:46Z2018-02-28T18:25:46Z2017-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/152860Lima, Eloisa Aparecida Cerino Rosa33004013068P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-09T06:29:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152860Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:33:32.988805Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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