Alterações cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina em cães anestesiados com desflurano
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782004000300025 http://hdl.handle.net/11449/29287 |
Resumo: | Objetivou-se com a realização deste experimento, estudar possíveis alterações nas variáveis cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina, em cães anestesiados com desflurano. Para tanto, foram utilizados oito cães adultos, clinicamente saudáveis. A anestesia foi induzida com propofol (8 mg/kg IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda orotraqueal de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia volátil para administração de desflurano (1,5 CAM). Os animais foram mantidos sob ventilação controlada durante todo o período experimental. Após 20 minutos do posicionamento do cateter de pressão intracraniana (PIC), administrou-se buprenorfina (0,02 mg/kg IV). Foram avaliados: PIC; pressão de perfusão cerebral (PPC); FC; PAS, PAM e PAD; débito cardíaco (DC); pressão venosa central (PVC); e pressão da artéria pulmonar (PAP). As colheitas foram feitas nos seguintes momentos: M1 - 20 minutos após o posicionamento do cateter de PIC; M2 - 15 minutos após a administração do opióide; M3, M4 e M5 - de 15 em 15 minutos após M2. A avaliação estatística dos dados foi efetuada por meio de ANOVA seguida do Teste de Tukey (p<0,05). A PIC permaneceu estável durante todo o período experimental. Entretanto, registrou-se uma queda acentuada, estatisticamente significativa, da PPC após o M2. As variáveis cardiovasculares FC, PAS, PAM, PAD, DC e PAP, apresentaram redução significativa de seus valores após M2, mantendo-se estáveis no restante do período experimental. Quanto à PVC, o teste estatístico não registrou alterações significativas. Assim, pôde-se concluir que a buprenorfina não interferiu na PIC. Entretanto, a queda dos índices cardiovasculares, especialmente da PAM, determinada pela administração do opióide, causa redução da PPC em cães anestesiados com desflurano. |
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Alterações cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina em cães anestesiados com desfluranoBuprenorphine cardiovascular and intracranial alterations in dogs anesthetized with desfluraneopioidsDesfluraneDogAnesthesiaOpióidesdesfluranoCãoAnestesiaObjetivou-se com a realização deste experimento, estudar possíveis alterações nas variáveis cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina, em cães anestesiados com desflurano. Para tanto, foram utilizados oito cães adultos, clinicamente saudáveis. A anestesia foi induzida com propofol (8 mg/kg IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda orotraqueal de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia volátil para administração de desflurano (1,5 CAM). Os animais foram mantidos sob ventilação controlada durante todo o período experimental. Após 20 minutos do posicionamento do cateter de pressão intracraniana (PIC), administrou-se buprenorfina (0,02 mg/kg IV). Foram avaliados: PIC; pressão de perfusão cerebral (PPC); FC; PAS, PAM e PAD; débito cardíaco (DC); pressão venosa central (PVC); e pressão da artéria pulmonar (PAP). As colheitas foram feitas nos seguintes momentos: M1 - 20 minutos após o posicionamento do cateter de PIC; M2 - 15 minutos após a administração do opióide; M3, M4 e M5 - de 15 em 15 minutos após M2. A avaliação estatística dos dados foi efetuada por meio de ANOVA seguida do Teste de Tukey (p<0,05). A PIC permaneceu estável durante todo o período experimental. Entretanto, registrou-se uma queda acentuada, estatisticamente significativa, da PPC após o M2. As variáveis cardiovasculares FC, PAS, PAM, PAD, DC e PAP, apresentaram redução significativa de seus valores após M2, mantendo-se estáveis no restante do período experimental. Quanto à PVC, o teste estatístico não registrou alterações significativas. Assim, pôde-se concluir que a buprenorfina não interferiu na PIC. Entretanto, a queda dos índices cardiovasculares, especialmente da PAM, determinada pela administração do opióide, causa redução da PPC em cães anestesiados com desflurano.The aim of this work was to study the possible alterations on cardiovascular and intracranial parameters caused by buprenorphine, in dogs anesthetized with desflurane. Eight adult healthy male and female mongrel dogs were used. The anesthetic induction was made using propofol (IV), and immediately after, the dogs were intubated and the tube was connected to a volatile anesthetic circuit, and desflurane was administrated at 1.5 MAC. The dogs were intrumented and 20 minutes after the introduction of the intracranial catheter, they received buprenorphine (0.02 mg/kg/IV). The animals were on mechanical ventilation during all the experimental period. Intracranial pressure (ICP), cerebral perfusion pressure (CPP), Heart Rate (HR); Systolic, Diastolic and Mean Arterial Blood Pressure (SAP, DAP and MAP, respectivelly); Cardiac Output (CO); Central Venous Pressure (CVP) and Pulmonar Arterial Pressure (PAP) were evaluated. The measurements were realized 20 minutes after the introduction of the intracranial catheter (M1); 15 minutes after buprenorphine administration (M2); and at each 15 minutes after M2 (M3, M4 and M5). The numerical data were analysed by use of ANOVA followed by a Tukey s test (p<0.05). Intracranial pressure was stable during all the experimental period, being observed only a decrease of the CPP after buprenorphine administration (M2). After buprenorphine administration (M2), there was a reduction in cardiovascular values: HR, PAP, SAP, DAP and MAP. During all the study, these values remained lower than the initial values, but were within normal values to the species. The CO and CVP were also decreased, but not statistically significant. The results allow us to conclude that buprenorphine didn t interfere with intracranial pressure. Although, the marked decrease of arterial pressure due to buprenorphine administration caused a reduction of the cerebral perfusion pressure in dogs anesthetized with desflurane.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)UNESP Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Departamento de Clínica e Cirurgia VeterináriaUNESP Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Departamento de Clínica e Cirurgia VeterináriaUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Almir Pereira de [UNESP]Rezende, Márlis Langenegger de [UNESP]Nunes, Newton [UNESP]Nishimori, Celina Tie [UNESP]Santos, Paulo Sérgio Patto dos [UNESP]Paula, Danielli Parrilha de [UNESP]2014-05-20T15:14:39Z2014-05-20T15:14:39Z2004-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article815-820application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782004000300025Ciência Rural. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), v. 34, n. 3, p. 815-820, 2004.0103-8478http://hdl.handle.net/11449/2928710.1590/S0103-84782004000300025S0103-84782004000300025S0103-84782004000300025.pdf00237838148897400000-0002-8535-5569SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCiência Rural0.5250,337info:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-06T14:10:47Zoai:repositorio.unesp.br:11449/29287Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:13:03.734804Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Objetivou-se com a realização deste experimento, estudar possíveis alterações nas variáveis cardiovasculares e intracranianas promovidas pela buprenorfina, em cães anestesiados com desflurano. Para tanto, foram utilizados oito cães adultos, clinicamente saudáveis. A anestesia foi induzida com propofol (8 mg/kg IV) e em seguida os animais foram intubados com sonda orotraqueal de Magill, a qual foi conectada ao aparelho de anestesia volátil para administração de desflurano (1,5 CAM). Os animais foram mantidos sob ventilação controlada durante todo o período experimental. Após 20 minutos do posicionamento do cateter de pressão intracraniana (PIC), administrou-se buprenorfina (0,02 mg/kg IV). Foram avaliados: PIC; pressão de perfusão cerebral (PPC); FC; PAS, PAM e PAD; débito cardíaco (DC); pressão venosa central (PVC); e pressão da artéria pulmonar (PAP). As colheitas foram feitas nos seguintes momentos: M1 - 20 minutos após o posicionamento do cateter de PIC; M2 - 15 minutos após a administração do opióide; M3, M4 e M5 - de 15 em 15 minutos após M2. A avaliação estatística dos dados foi efetuada por meio de ANOVA seguida do Teste de Tukey (p<0,05). A PIC permaneceu estável durante todo o período experimental. Entretanto, registrou-se uma queda acentuada, estatisticamente significativa, da PPC após o M2. As variáveis cardiovasculares FC, PAS, PAM, PAD, DC e PAP, apresentaram redução significativa de seus valores após M2, mantendo-se estáveis no restante do período experimental. Quanto à PVC, o teste estatístico não registrou alterações significativas. Assim, pôde-se concluir que a buprenorfina não interferiu na PIC. Entretanto, a queda dos índices cardiovasculares, especialmente da PAM, determinada pela administração do opióide, causa redução da PPC em cães anestesiados com desflurano. |
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