Intervenção terapêutica ocupacional para pacientes com seqüelas de acidente vascular encefálico: atendimento ambulatorial e domiciliar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo, Rita de Cássia Tibério [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Góes, Laís Bacar de [UNESP], Yoshioka, Eliani Tiemi [UNESP], Borges, Eloá Marcassi [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/640
http://hdl.handle.net/11449/143139
Resumo: As seqüelas do Acidente Vascular Encefálico (AVE) têm implicações na capacidade funcional e comportamental do paciente. Os programas de Terapia Ocupacional com foco na funcionalidade do paciente que sofreu AVE combinam condutas restauradoras da função perdida e condutas de adaptação perante possibilidades reais de desempenho em atividades de vida cotidiana. Considerando a importância de se avaliar os aspectos qualitativos do tratamento desses pacientes, este trabalho teve por objetivo contextualizar as ações realizadas nos atendimentos terapêuticos ocupacionais e sinalizar as dificuldades do paciente e da família no ajustamento à nova situação de dependência total ou parcial para a execução de hábitos rotineiros. A programação iniciou-se com o atendimento ambulatorial para avaliação e terapias específicas que foram complementadas por visitas domiciliares. A indicação de atendimento domiciliar ocorreu com base na dificuldade da família para acompanhar o paciente durante as terapias ambulatoriais e na dificuldade de deslocamento do paciente até a clínica, devido às suas condições gerais de saúde, sobretudo daqueles com mais de 70 anos de idade. A estratégia de intervenção englobou aplicação de técnicas de normalização de tônus muscular, estimulação sensoriomotora, exercícios de memória, treino perceptivo, relaxamento autógeno, comunicação, posicionamento e destreza manual como método preparatório para o treinamento da função em Atividades de Vida Diária Pessoal e Instrumental. Foram atendidos 11 pacientes, com idade variando de 61 a 82 anos, sendo dois do gênero feminino e nove do gênero masculino. Foram constatadas dificuldades da família para a organização de rotina e para o posicionamento do paciente nos diferentes ambientes da casa, situação esta que caracteriza o impacto do AVE na organização do hábito familiar.  A alteração de humor dos pacientes foi apontada pelos familiares como um fator agravante da condição de dependência na realização das atividades. Por outro lado, os pacientes demonstraram interesse por contar histórias de sua vida pessoal, tendo a família como centro da atenção. Manifestaram desejo de recuperação da marcha e de retorno às ocupações anteriores ao AVE, tais como cuidar da casa,  no caso das mulheres, e mobilidade na comunidade, cuidar da propriedade rural, brincar com os netos, no caso dos homens. Constata-se, portanto, a necessidade de estratégias de intervenção para o fortalecimento do suporte familiar e para o ajustamento das aspirações às possibilidades reais de desempenho do paciente. Esses resultados podem transformar-se em subsídios para a implantação de programas e para o planejamento de estratégias de atendimento e intervenção.
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