As faces de Branca de Neve: um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Denise Loreto de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/181346
Resumo: Este trabalho de pesquisa propõe a análise dos contos de “Branca de Neve”, a partir do registro feito pelos irmãos Grimm, nas versões de 1812 (1ª edição) e de 1857 (7ª edição). Partimos do conto napolitano escrito por Giambattista Basile, intitulado “A jovem escrava” (1634), considerado ancestral de “Branca de Neve”, para compreender a dinâmica dos modos como a narrativa de Branca de Neve foi se apresentando a seus contadores. Focalizaremos a versão brasileira de Figueiredo Pimentel, no conto “Branca como a Neve” (1894); o conto “Neve, vidro e maçãs”(1998), de Neil Gaiman e, também, a versão cinematográfica, de 2012, Espelho, espelho meu, direção de Tarsem Singh. Pretendemos verificar nessas narrativas, de forma comparativa, as esferas de ação e as funções das personagens, atentando-nos para o modelo estrutural de Vladimir Propp, a fim de compreender como essas narrativas se estruturam e reconhecer nelas as variantes e invariantes, que nos darão elementos para pensar, também, os aspectos oriundos das temáticas do ciúme, da inveja e da vingança, e da eterna disputa entre o Bem e o Mal, que motivam a ação e os aspectos ideológicos daí decorrentes. A partir do princípio de que os contos de fadas não desaparecem, porque são narrativas vivas, em constante remodelação, ensejamos mostrar as modificações pelas quais passam com o tempo, motivadas que são pelo contexto sociocultural de produção. Em outras palavras, perguntamo-nos acerca dos modos como as reescrituras atualizam culturalmente a narrativa dos irmãos Grimm que tomamos como base, e que sentidos adviriam daí. Quais elementos críticos estariam presentes às diversas versões do conto? Assim, este trabalho de análise busca investigar as razões estéticas e culturais dos procedimentos de reescritura nas versões escolhidas, para compreender de que modo a permanência dos contos maravilhosos contribui para construir um olhar crítico para a nossa época.
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