Impacto da violência na qualidade de vida das vitimadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Isabella de Andrade [UNESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/182340
Resumo: Introdução: A violência contra a mulher vem se constituindo, nas duas últimas décadas, num fenômeno múltiplo e complexo que exige estudos e reflexões que embasem as compreensões desta circunstância. Pacientes vitimadas por agressões apresentam distúrbios físicos, psicológicos e emocionais que interferem na integridade da saúde, resultando em sofrimento psíquico e adoecimento mental. Objetivo: Objetiva-se nesta tese verificar o impacto da violência na qualidade de vida das vítimas, analisando as consequências físicas e psíquicas das agressões exercidas contra elas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com dados provenientes de inquérito, onde foram avaliadas um total de 156 mulheres, num município de porte médio do Estado São Paulo, organizado em três artigos. No primeiro artigo, busca-se analisar a experiência de dez mulheres que sofreram violência física, atingidas na região da cabeça, face e pescoço, que tiveram como resultantes lesões graves ou gravíssimas. No segundo artigo, avalia-se as doenças e transtornos gerados pela exposição aos eventos traumáticos em 80 mulheres que registraram a ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher e 66 que não foram violentadas e estavam em atendimento numa Unidade Básica de Saúde, estabelecendo uma comparação. No terceiro artigo, com as mesmas participantes, buscou-se estabelecer uma associação entre a vitimização da violência e o nível do cortisol salivar, buscando identificar os níveis de depressão, comparando os dois grupos de mulheres. Resultados: No primeiro estudo, observou-se que o uso do álcool e de drogas pode ser apontado como fator de risco para a permanência da violência. No segundo verificou-se que o transtorno de estresse pós-traumático, associado ao estresse, a psicopatologias, desenvolve-se após a exposição a experiências traumáticas agudas ou repetidas; sua vulnerabilidade da vítima está associada a alterações em que as respostas comportamentais se tornam exageradas e/ou resistentes à extinção ou em alguns casos resilientes. No último artigo, observou-se que a concentração salivar de cortisol, como índice fisiológico, tem relação direta com o estresse e a depressão nas mulheres violentadas. Conclusões: 1. A violência exerce um impacto negativo na qualidade de vida das vítimas e está associada ao uso de álcool e drogas pelos agressores, e a área da saúde e a rede intersetorial são importantes. 2. A violência contra as mulheres gera traumas físicos, transtorno de estresse pós-traumático, e estresse, depressão, além de alterar as respostas comportamentais e aumentar o nível do cortisol. 3. Os níveis de cortisol salivar tem relação direta com o grau de estresse e depressão nas mulheres violentadas e o cortisol pode ser utilizado para avaliar a depressão como biomarcador. A violência perpetrada sobre a mulher constitui-se num sério problema de saúde pública, com custos sociais e individuais elevados. Exigindo ações que desvendem ou miniminizem essa complexidade e possibilitem o desenvolvimento de estratégias para um melhor atendimento às vítimas, visando a preservação da qualidade de vida.
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Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com dados provenientes de inquérito, onde foram avaliadas um total de 156 mulheres, num município de porte médio do Estado São Paulo, organizado em três artigos. No primeiro artigo, busca-se analisar a experiência de dez mulheres que sofreram violência física, atingidas na região da cabeça, face e pescoço, que tiveram como resultantes lesões graves ou gravíssimas. No segundo artigo, avalia-se as doenças e transtornos gerados pela exposição aos eventos traumáticos em 80 mulheres que registraram a ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher e 66 que não foram violentadas e estavam em atendimento numa Unidade Básica de Saúde, estabelecendo uma comparação. No terceiro artigo, com as mesmas participantes, buscou-se estabelecer uma associação entre a vitimização da violência e o nível do cortisol salivar, buscando identificar os níveis de depressão, comparando os dois grupos de mulheres. Resultados: No primeiro estudo, observou-se que o uso do álcool e de drogas pode ser apontado como fator de risco para a permanência da violência. No segundo verificou-se que o transtorno de estresse pós-traumático, associado ao estresse, a psicopatologias, desenvolve-se após a exposição a experiências traumáticas agudas ou repetidas; sua vulnerabilidade da vítima está associada a alterações em que as respostas comportamentais se tornam exageradas e/ou resistentes à extinção ou em alguns casos resilientes. No último artigo, observou-se que a concentração salivar de cortisol, como índice fisiológico, tem relação direta com o estresse e a depressão nas mulheres violentadas. Conclusões: 1. A violência exerce um impacto negativo na qualidade de vida das vítimas e está associada ao uso de álcool e drogas pelos agressores, e a área da saúde e a rede intersetorial são importantes. 2. A violência contra as mulheres gera traumas físicos, transtorno de estresse pós-traumático, e estresse, depressão, além de alterar as respostas comportamentais e aumentar o nível do cortisol. 3. Os níveis de cortisol salivar tem relação direta com o grau de estresse e depressão nas mulheres violentadas e o cortisol pode ser utilizado para avaliar a depressão como biomarcador. A violência perpetrada sobre a mulher constitui-se num sério problema de saúde pública, com custos sociais e individuais elevados. Exigindo ações que desvendem ou miniminizem essa complexidade e possibilitem o desenvolvimento de estratégias para um melhor atendimento às vítimas, visando a preservação da qualidade de vida.Introduction: Violence against women has become, in the last two decades, a multiple and complex phenomenon that requires studies and reflections that support the understanding of this circumstance. Patients victimized by aggressions present physical, psychological and emotional disturbances that interfere with health integrity, resulting in psychological distress and mental illness. Objective:The objective of this thesis is to verify the impact of violence on the quality of life of the victims, analyzing the physical and psychological consequences of the aggressions against them. Methodology:This is a cross-sectional, quantitative study with data from a survey, in which a total of 156 women wereevaluated in a medium size municipality in the State of São Paulo, organized in three articles. In the first article, the objective is to analyze the experience of ten women who suffered physical violence, affected in the region of the head, face and neck, resulting in serious or very serious injuries. In the second article, the diseases and disorders generated by the exposure to traumatic events were evaluated in 80 women who registered the occurrence at the Women's Assistance Station and 66 who were not raped and were attending a Basic Health Unit, establishing a comparison. In the third article, with the same participants, an attempt was made to establish an association between the victimization of violence and the salivary cortisol level, seeking to identify the levels of depression, comparing the two groups of women. Results:In the first study, it was observed that the use of alcohol and drugs can be pointed as a risk factor for the permanence of violence. In the second, it was verified that post-traumatic stress disorder, associated to stress, to psychopathologies, develops after exposure to acute or repeated traumatic experiences; their vulnerability to the victim is associated with changes in which behavioral responses become exaggerated and / or resistant to extinction or in some cases resilient. In the last article, it was observed that the salivary concentration of cortisol, as a physiological index, is directly related to stress and depression in the raped women. Conclusion:1. The violence has a negative impact on the quality of life of the victims and is associated with the use of alcohol and drugs by the aggressors, and the health area and the intersectoral network are important. 2. Violence against women generates physical trauma, post-traumatic stress disorder, and stress, depression, as well as altering behavioral responses and increasing the level of cortisol. 3. Salivary cortisol levels are directly related to the degree of stress and depression in raped women, and cortisol can be used to evaluate depression as a bio-marker. Violence against women is a serious public health problem, with high individual and social costs. Demanding actions that unravel or minimize this complexity and enable the development of strategies to better serve the victims, aiming at preserving the quality of life.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Saliba, Tânia Adas [UNESP]Garbin, Cléa Adas Saliba [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dias, Isabella de Andrade [UNESP]2019-06-18T18:14:41Z2019-06-18T18:14:41Z2019-04-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18234000091777033004021074P144191585257096860000-0001-5069-8812porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-20T20:18:35Zoai:repositorio.unesp.br:11449/182340Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-20T20:18:35Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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