Validating feeding order as a predictive parameter for social hierarchy in gilts under group gestation

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque, André Alves de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/191452
Resumo: Agressão pós-mistura de lotes e na disputa por recursos entre marrãs e matrizes alojadas em grupos são importantes problemas associados a este sistema. Apesar da ordem de alimentação ser amplamente utilizada como parâmetro para caracterizar a hierarquia social nestes animais, esta medida ainda carece maior fundamentação científica. O objetivo deste trabalho foi o de entender as conexões sociais e a organização social de matrizes e marrãs criadas em sistema de gestação coletiva, de maneira a validar a ordem de alimentação como medida para determinação da hierarquia social. Um total de 113 matrizes e marrãs foram estudadas por quatro ciclos observacionais em um sistema de gestação coletiva equipado com alimentador automatizado. A cada 30 dias um grupo de 12 animais era substituído por novas marrãs. Um ranking de ordem de alimentação (FO) foi construído para cada ciclo observacional de acordo com o horário em que cada indivíduo se alimentou. Então, as primeiras quatro marrãs do ranking (FG1), quatro intermediárias (FG 2) e as quatro últimas (FG 3), foram selecionadas para testes diádicos, totalizando 12 marrãs selecionadas por ciclo. Nos últimos três dias de cada ciclo, comportamentos agonísticos e outros comportamentos foram observados. A frequência média de cada comportamento à entrada do comedouro foi calculada, separando-se em "Entrou" e "Não Entrou" e dividindo-se os comportamentos em três categorias: "Contato Unilateral", "Sem Contato" e "Contato Bilateral". Foi utilizado o PROC GLIMMIX do SAS para avaliar a relação entre a FO e os rankings das díades (DO) com comportamentos na entrada do comedouro para “Entrou” e “Não Entrou” independentemente. O Teste de Correlação de Spearman foi utilizado para avaliar a correlação entre FO de todos os animais da baia em cada ciclo com os comportamentos na entrada do comedouro. Foi encontrada relação estatística entre "Contato Unilateral" e FO; indivíduos do FG 1 performaram mais comportamentos agonísticos na entrada do comedouro quando comparados aos indivíduos do FG 2 e 3. Para os animais da categoria "Não Entrou" foi encontrado efeito estatístico para os que foram recipientes de "Contato Unilateral", onde animais dos FG 1 e 2 receberam mais contatos agonísticos comparados aos do FG 3. Houve efeito estatístico para animais que se envolveram em "Contato Bilateral" para os "Não Entrou", onde animais do FG 1 se envolveram em mais episódios desta categoria. Houve correlação estatística entre "Pancadas", "Empurrões" e "Contato Unilateral" com o FO em dois ciclos. Não houve correlação entre comportamentos na entrada do comedouro e o DO. Apesar dos resultados dos testes diádicos não apresentarem correlação com a ordem de alimentação, foi observado que a ordem de alimentação tem relação com o nível de agressividade dos indivíduos na entrada do comedouro, indicando que animais que entram cedo no comedouro performam mais e sofrem menos contatos agonísticos, indicando que estes animais estão posicionados em uma posição de dominância dentro do grupo. Mais estudos considerando diferentes condições de ambiência, estruturas e número de animais são necessários para entender melhor esta dinâmica.
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Um total de 113 matrizes e marrãs foram estudadas por quatro ciclos observacionais em um sistema de gestação coletiva equipado com alimentador automatizado. A cada 30 dias um grupo de 12 animais era substituído por novas marrãs. Um ranking de ordem de alimentação (FO) foi construído para cada ciclo observacional de acordo com o horário em que cada indivíduo se alimentou. Então, as primeiras quatro marrãs do ranking (FG1), quatro intermediárias (FG 2) e as quatro últimas (FG 3), foram selecionadas para testes diádicos, totalizando 12 marrãs selecionadas por ciclo. Nos últimos três dias de cada ciclo, comportamentos agonísticos e outros comportamentos foram observados. A frequência média de cada comportamento à entrada do comedouro foi calculada, separando-se em "Entrou" e "Não Entrou" e dividindo-se os comportamentos em três categorias: "Contato Unilateral", "Sem Contato" e "Contato Bilateral". Foi utilizado o PROC GLIMMIX do SAS para avaliar a relação entre a FO e os rankings das díades (DO) com comportamentos na entrada do comedouro para “Entrou” e “Não Entrou” independentemente. O Teste de Correlação de Spearman foi utilizado para avaliar a correlação entre FO de todos os animais da baia em cada ciclo com os comportamentos na entrada do comedouro. Foi encontrada relação estatística entre "Contato Unilateral" e FO; indivíduos do FG 1 performaram mais comportamentos agonísticos na entrada do comedouro quando comparados aos indivíduos do FG 2 e 3. Para os animais da categoria "Não Entrou" foi encontrado efeito estatístico para os que foram recipientes de "Contato Unilateral", onde animais dos FG 1 e 2 receberam mais contatos agonísticos comparados aos do FG 3. Houve efeito estatístico para animais que se envolveram em "Contato Bilateral" para os "Não Entrou", onde animais do FG 1 se envolveram em mais episódios desta categoria. Houve correlação estatística entre "Pancadas", "Empurrões" e "Contato Unilateral" com o FO em dois ciclos. Não houve correlação entre comportamentos na entrada do comedouro e o DO. Apesar dos resultados dos testes diádicos não apresentarem correlação com a ordem de alimentação, foi observado que a ordem de alimentação tem relação com o nível de agressividade dos indivíduos na entrada do comedouro, indicando que animais que entram cedo no comedouro performam mais e sofrem menos contatos agonísticos, indicando que estes animais estão posicionados em uma posição de dominância dentro do grupo. Mais estudos considerando diferentes condições de ambiência, estruturas e número de animais são necessários para entender melhor esta dinâmica.Post-mixing aggression and aggression over resources between group housed sows and gilts are major issues associated with such systems. Although feeding order is a widely used parameter to characterize social hierarchy of these animals, it still lacks scientific background. Thus, the objective of this research was to understand the social connections and the dynamics involving the social organization of sows and gilts in a group housing gestation system in order to validate feeding order as a reliable and sufficient parameter for determining social hierarchy. A total of 113 sows and gilts (Yorkshire x Landrace) were studied over four observational cycles under a dynamic group housing gestation system equipped with an electronic sow feeder. Every 30 days a group of approximately 12 sows or gilts was replaced. Feeding time of each sow/gilt was collected and a feeding order ranking was built for each cycle. Then, the first four of them in the ranking (feeding group 1), four from the middle (feeding group 2), and the last four (feeding group 3), were selected for dyadic tests, totalizing 12 selected gilts per cycle. Agonistic and other behaviors at the feeder entrance in the last three days of each cycle were analyzed. The average frequency of each behavior at the entrance of the feeder was calculated, separating into successful and unsuccessful entrances and dividing behaviors into three categories: “Unilateral Contact”, “No Contact” and “Bilateral Interaction”. PROC GLIMMIX in SAS was used to evaluate relationship between feeding order and dyads rank and the behaviors at the feeder entrance, for successful and unsuccessful entrances independently. Spearman correlation test was used to evaluate correlation between feeding order of all animals in the pen in each cycle and the agonistic behaviors at the feeder entrance. Statistical relationship was found between “Unilateral Contact” and feeding order (P=0,0007); feeding group 1 individuals performed more agonistic behaviors at the feeder than individuals from feeding groups 2 and 3. For animals that failed to enter, statistical effect was found for those that were recipient of “Unilateral Contact” (P=0,0288), where feeding group 1 individuals received more agonistic contacts than feeding group 3. There was also statistical effect for animals that engaged in “Bilateral Interaction” before an unsuccessful entrance (P=0,0435), where feeding group 1 individuals having a greater number of bilateral agonistic encounters in comparison to feeding group 2. There was statistical correlation of “Knock”, “Push” and “Unilateral Contact” with feeding order on two observational cycles. No statistical correlations (P>0,05) were found between behavior at the feeder entrance and the outcomes of dyadic tests. Although the dyads outcomes did not present any correlation with feeding order rank, feeding order was related to the level of aggressiveness of the individuals at the feeder entrance and indicates that animals that eat early in the day perform more aggressive encounters and suffered less aggression, which indicates that these animals were positioned at dominant roles within the group. Further studies considering different housing conditions and number of animals are necessary to better understand this relationship.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)130977/2019-5Universidade Estadual Paulista (Unesp)Paranhos da Costa, Mateus José Rodrigues [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Albuquerque, André Alves de2020-01-27T18:08:18Z2020-01-27T18:08:18Z2019-11-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19145200092858733004102002P0enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T14:26:01Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191452Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:37:25.852004Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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