Utilização da relação potência-tempo até exaustão em testes de caminhada para avaliação da aptidão aeróbia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Puga, Guilherme Morais
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Nakamura, Fábio Yuzo, Simões, Herbert Gustavo, Kokubun, Eduardo [UNESP], Campbell, Carmen Silvia Grubert
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000300009
http://hdl.handle.net/11449/20718
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a aptidão aeróbia em testes de caminhada com carga externa aplicada por meio da inclinação da esteira, a partir da relação não linear entre inclinação da esteira e tempo até a exaustão em velocidade fixa. Doze indivíduos do gênero masculino com 23,2 ± 2,7 anos de idade, 74,0 ± 7,9kg de massa corporal e 23,7 ± 2,5kg·(m²)-1 de IMC, realizaram duas etapas de testes de caminhada em esteira ergométrica com velocidade fixa de 5,5km·h-1 em todos os testes e sobrecarga de intensidade aplicada por meio de inclinação da esteira (%). A etapa 1 consistiu de três testes retangulares até a exaustão voluntária, nas intensidades de 18%, 20% e 22% de inclinação, para determinação dos parâmetros do modelo de potência crítica por dois modelos lineares e um hiperbólico. A etapa 2 consistiu na determinação da intensidade correspondente ao máximo estado estável de lactato sanguíneo (MEEL). ANOVA demonstrou que o modelo hiperbólico (15,4 ± 1,1%) resultou em estimativa significativamente menor que os outros dois modelos lineares inclinação-tempo-1 (16,0 ± 1,0%) e hiperbólico linearizado tempo-1-inclinação (15,9 ± 1,0%), porém, houve alta correlação entre os modelos. Os dois modelos lineares superestimaram a intensidade do MEEL (14,1 ± 1,4%), e o modelo hiperbólico, mesmo sem diferença estatística, apresentou fraca correlação, com baixa concordância em relação ao MEEL. Conclui-se que a relação inclinação-tempo até a exaustão, em testes de caminhada, não permitem a estimativa de intensidade de exercício suportável por longo período de tempo.
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spelling Utilização da relação potência-tempo até exaustão em testes de caminhada para avaliação da aptidão aeróbiaUse of the power-time until exhaustion relantionship in walk tests to evaluate aerobic fitnesstestes de caminhadamáximo estado estável de lactatoinclinação críticawalk testsmaximum lactate steady statecritical inclinationO objetivo do presente estudo foi avaliar a aptidão aeróbia em testes de caminhada com carga externa aplicada por meio da inclinação da esteira, a partir da relação não linear entre inclinação da esteira e tempo até a exaustão em velocidade fixa. Doze indivíduos do gênero masculino com 23,2 ± 2,7 anos de idade, 74,0 ± 7,9kg de massa corporal e 23,7 ± 2,5kg·(m²)-1 de IMC, realizaram duas etapas de testes de caminhada em esteira ergométrica com velocidade fixa de 5,5km·h-1 em todos os testes e sobrecarga de intensidade aplicada por meio de inclinação da esteira (%). A etapa 1 consistiu de três testes retangulares até a exaustão voluntária, nas intensidades de 18%, 20% e 22% de inclinação, para determinação dos parâmetros do modelo de potência crítica por dois modelos lineares e um hiperbólico. A etapa 2 consistiu na determinação da intensidade correspondente ao máximo estado estável de lactato sanguíneo (MEEL). ANOVA demonstrou que o modelo hiperbólico (15,4 ± 1,1%) resultou em estimativa significativamente menor que os outros dois modelos lineares inclinação-tempo-1 (16,0 ± 1,0%) e hiperbólico linearizado tempo-1-inclinação (15,9 ± 1,0%), porém, houve alta correlação entre os modelos. Os dois modelos lineares superestimaram a intensidade do MEEL (14,1 ± 1,4%), e o modelo hiperbólico, mesmo sem diferença estatística, apresentou fraca correlação, com baixa concordância em relação ao MEEL. Conclui-se que a relação inclinação-tempo até a exaustão, em testes de caminhada, não permitem a estimativa de intensidade de exercício suportável por longo período de tempo.The aim of the present study was to evaluate aerobic fitness during walk tests with workload increased by treadmill inclination, based on non-linear relationship between treadmill inclination and time until exhaustion in steady velocity. Twelve male subjects, 23.2 ± 2.7 years old, 74.0 ± 7.9 kg of body mass and 23.7 ± 2.5 kg·(m²)-1 of BMI, performed two phases of treadmill walk tests with steady velocity during all tests of 5.5 km·h-1 and intensity workload applied on the treadmill inclination (%). Phase 1 consisted of tree workout tests until voluntary exhaustion at 18%, 20% and 22% of inclination intensity, for critical power parameters determination, by using two linear models and a hyperbolic model. Phase 2 consisted of determination of the maximal blood lactate steady state (MLSS) intensity. ANOVA showed that the hyperbolic model (15.4 ± 1.1 %) underestimated both linear models: linear inclination-time-1 (16.0 ± 1.0 %) and hyperbolic linear time-1-inclination (15.9 ± 1.0 %); however, there was high correlation. Both linear models overestimated the MLSS intensity (14.1 ± 1.4%), and although there was no difference between the MLSS and the hyperbolic model, they had low correlation and there was a lower agreement. In conclusion, the inclination-time to exhaustion ratio in walk tests does not show an exercise intensity that can be bearable for a long period of time.Universidade Católica de BrasíliaUniversidade Estadual de Londrina (UEL)Universidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual PaulistaSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteUniversidade Católica de BrasíliaUniversidade Estadual de Londrina (UEL)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Puga, Guilherme MoraisNakamura, Fábio YuzoSimões, Herbert GustavoKokubun, Eduardo [UNESP]Campbell, Carmen Silvia Grubert2013-09-30T19:28:30Z2014-05-20T13:58:19Z2013-09-30T19:28:30Z2014-05-20T13:58:19Z2009-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article209-213application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000300009Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, v. 15, n. 3, p. 209-213, 2009.1517-8692http://hdl.handle.net/11449/2071810.1590/S1517-86922009000300009S1517-86922009000300009WOS:000267513000009S1517-86922009000300009.pdf36508439187556820000-0002-9404-3444SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Medicina do Esporte0.2700,185info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-06T06:17:37Zoai:repositorio.unesp.br:11449/20718Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:37:26.001873Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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