Eficácia analgésica da dexmedetomidina comparada ao sufentanil em cirurgias intraperitoneais: estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marangoni, Marco Aurélio [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Castiglia, Yara Marcondes Machado [UNESP], Medeiros, Tiago Pechutti [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942005000100003
http://hdl.handle.net/11449/10993
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dexmedetomidina, agonista alfa2-adrenérgico com especificidade alfa1:alfa2 1:1620, não determina depressão respiratória, sendo utilizada no intra-operatório como sedativo e analgésico. Esse fármaco tem sido empregado com os opióides em anestesia de procedimentos com elevado estímulo doloroso, como os abdominais intraperitoneais, não havendo referências sobre seu uso como analgésico único. Comparou-se a dexmedetomidina ao sufentanil em procedimentos intraperitoneais, de pacientes com mais de 60 anos de idade. MÉTODO: Foram estudados 41 pacientes divididos aleatoriamente em dois grupos: GS (n = 21), que recebeu sufentanil, e GD (n = 20), dexmedetomidina, ambos na indução e manutenção da anestesia. Os pacientes receberam etomidato (GS e GD) com midazolam (GD) na indução, isoflurano e óxido nitroso na manutenção da anestesia. Foram avaliados os atributos hemodinâmicos (pressão arterial média e freqüência cardíaca), tempos de despertar e de extubação ao final da anestesia, locais onde os pacientes foram extubados - sala de operação (SO) ou sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), tempo de permanência na SRPA, necessidade de analgesia suplementar e antiemético na SRPA, complicações apresentadas na SO e SRPA, índice de Aldrete-Kroulik na alta da SRPA e a necessidade de máscara de oxigênio na alta da SRPA. RESULTADOS: Não houve diferença quanto à estabilidade hemodinâmica e GD apresentou menor tempo de permanência na SRPA e menor necessidade de máscara de oxigênio na alta da SRPA. CONCLUSÕES: A dexmedetomidina pode ser utilizada como analgésico isolado em operações intraperitoneais em pacientes com mais de 60 anos, determinando estabilidade hemodinâmica semelhante à do sufentanil, com melhores características de recuperação.
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spelling Eficácia analgésica da dexmedetomidina comparada ao sufentanil em cirurgias intraperitoneais: estudo comparativoEficacia analgésica de la dexmedetomidina comparada al sufentanil en cirugías intraperitoneales: estudio comparativoAnalgesic efficacy of dexmedetomidine as compared to sufentanil in intraperitoneal surgeries: comparative studyANALGÉSICOSANALGÉSICOSANESTESIATÉCNICAS ANESTÉSICASANALGESICSANALGESICSANESTHESIAANESTHETIC TECHNIQUESJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dexmedetomidina, agonista alfa2-adrenérgico com especificidade alfa1:alfa2 1:1620, não determina depressão respiratória, sendo utilizada no intra-operatório como sedativo e analgésico. Esse fármaco tem sido empregado com os opióides em anestesia de procedimentos com elevado estímulo doloroso, como os abdominais intraperitoneais, não havendo referências sobre seu uso como analgésico único. Comparou-se a dexmedetomidina ao sufentanil em procedimentos intraperitoneais, de pacientes com mais de 60 anos de idade. MÉTODO: Foram estudados 41 pacientes divididos aleatoriamente em dois grupos: GS (n = 21), que recebeu sufentanil, e GD (n = 20), dexmedetomidina, ambos na indução e manutenção da anestesia. Os pacientes receberam etomidato (GS e GD) com midazolam (GD) na indução, isoflurano e óxido nitroso na manutenção da anestesia. Foram avaliados os atributos hemodinâmicos (pressão arterial média e freqüência cardíaca), tempos de despertar e de extubação ao final da anestesia, locais onde os pacientes foram extubados - sala de operação (SO) ou sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), tempo de permanência na SRPA, necessidade de analgesia suplementar e antiemético na SRPA, complicações apresentadas na SO e SRPA, índice de Aldrete-Kroulik na alta da SRPA e a necessidade de máscara de oxigênio na alta da SRPA. RESULTADOS: Não houve diferença quanto à estabilidade hemodinâmica e GD apresentou menor tempo de permanência na SRPA e menor necessidade de máscara de oxigênio na alta da SRPA. CONCLUSÕES: A dexmedetomidina pode ser utilizada como analgésico isolado em operações intraperitoneais em pacientes com mais de 60 anos, determinando estabilidade hemodinâmica semelhante à do sufentanil, com melhores características de recuperação.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La dexmedetomidina, agonista alfa2-adrenérgico con especificidad alfa1:alfa2 1:1620, no determina depresión respiratoria, siendo utilizada en el intra-operatorio como sedante y analgésico. Ese fármaco ha sido empleado con los opioides en anestesia de procedimientos con elevado estímulo doloroso, como los abdominales intraperitoneales, no habiendo informes sobre su uso como único analgésico. Se comparó la dexmedetomidina al sufentanil en procedimientos intraperitoneales, de pacientes con más de 60 años de edad. MÉTODO: Fueron estudiados 41 pacientes divididos aleatoriamente en dos grupos: GS (n = 21), que recibió sufentanil, y GD (n = 20), dexmedetomidina, ambos en la inducción y mantenimiento de la anestesia. Los pacientes recibieron etomidato (GS y GD) con midazolam (GD) en la inducción, isoflurano y óxido nitroso en el mantenimiento de la anestesia. Fueron evaluados los atributos hemodinámicos (presión arterial media y frecuencia cardíaca), tiempos de despertar y de extubación al final de la anestesia, locales donde los pacientes fueron extubados - sala de operación (SO) o sala de recuperación pos-anestésica (SRPA), tiempo de permanencia en la SRPA, necesidad de analgesia suplementar y antiemético en la SRPA, complicaciones presentadas en la SO y SRPA, índice de Aldrete-Kroulik en la alta de la SRPA y la necesidad de máscara de oxígeno en la alta de la SRPA. RESULTADOS: No hubo diferencia en cuanto a la estabilidad hemodinámica y GD presentó menor tiempo de permanencia en la SRPA y menos necesidad de máscara de oxígeno en la alta de la SRPA. CONCLUSIONES: La dexmedetomidina puede ser utilizada como analgésico separado en operaciones intraperitoneales en pacientes con más de 60 años, determinando estabilidad hemodinámica semejante a la del sufentanil, con mejores características de recuperación.BACKGROUND and OBJECTIVES: Dexmedetomidine, alpha2-adrenergic agonist with alpha1:alpha2 specificity of 1:1620, does not promote respiratory depression and is intraoperatively used for sedation and analgesia. It has been used associated to opioids in anesthesia for procedures with high painful stimulation, such as intraperitoneal surgeries, and there are no references to its use as single agent. Dexmedetomidine was compared to sufentanil during intraperitoneal procedures in patients above 60 years of age. METHODS: Participated in this study 41 patients randomly distributed in two groups: GS (n = 21), receiving sufentanil, and GD (n = 20) receiving dexmedetomidine for anesthetic induction and maintenance. Patients were given etomidate (GS and GD) with midazolam (GD) for induction and isoflurane and nitrous oxide for maintenance. Hemodynamic attributes (mean blood pressure and heart rate), emergence and extubation times, extubation site (OR or PACU), PACU stay, need for additional analgesia and antiemetics in PACU, OR and PACU complications, Aldrete-Kroulik index at PACU discharge and the need for oxygen mask at PACU discharge were evaluated. RESULTS: There were no differences in hemodynamic stability. GD group has remained for a shorter time in PACU with lower need for oxygen mask at PACU discharge. CONCLUSIONS: Dexmedetomidine may be used as single analgesic for intraperitoneal procedures in patients above 60 years of age, promoting hemodynamic stability similar to sufentanil, with better recovery profile.UNESP FMB Departamento de AnestesiologiaUNESP FMB SBAUNESP FMB Departamento de AnestesiologiaUNESP FMB SBASociedade Brasileira de AnestesiologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Marangoni, Marco Aurélio [UNESP]Castiglia, Yara Marcondes Machado [UNESP]Medeiros, Tiago Pechutti [UNESP]2014-05-20T13:32:13Z2014-05-20T13:32:13Z2005-02-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article19-27application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942005000100003Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 55, n. 1, p. 19-27, 2005.0034-7094http://hdl.handle.net/11449/1099310.1590/S0034-70942005000100003S0034-70942005000100003S0034-70942005000100003.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Anestesiologia0.8500,320info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-14T13:20:04Zoai:repositorio.unesp.br:11449/10993Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-14T13:20:04Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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