Máxima fase estável de lactato sanguíneo e potência crítica em ciclistas bem treinados
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000600010 http://hdl.handle.net/11449/20644 |
Resumo: | O principal objetivo deste estudo foi comparar a intensidade correspondente à máxima fase estável de lactato (MLSS) e a potência crítica (PC) durante o ciclismo em indivíduos bem treinados. Seis ciclistas do sexo masculino (25,5 ± 4,4 anos, 68,8 ± 3,0kg, 173,0 ± 4,0cm) realizaram em diferentes dias os seguintes testes: exercício incremental até a exaustão para a determinação do pico de consumo de oxigênio (VO2pico) e sua respectiva intensidade (IVO2pico); cinco a sete testes de carga constante para a determinação da MLSS e da PC; e um exercício até a exaustão na PC. A MLSS foi considerada com a maior intensidade de exercício onde a concentração de lactato não aumentou mais do que 1mM entre o 10º e o 30º min de exercício. Os valores individuais de potência (95, 100 e 110% IVO2pico) e seu respectivo tempo máximo de exercício (Tlim) foram ajustados a partir do modelo hiperbólico de dois parâmetros para a determinação da PC. Embora altamente correlacionadas (r = 0,99; p = 0,0001), a PC (313,5 ± 32,3W) foi significantemente maior do que a MLLS (287,0 ± 37,8W) (p = 0,0002). A diferença percentual da PC em relação à MLSS foi de 9,5 ± 3,1%. No exercício realizado na PC, embora tenha existido componente lento do VO2 (CL = 400,8 ± 267,0 ml.min-1), o VO2pico não foi alcançado (91,1 ± 3,3 %). Com base nesses resultados pode-se concluir que a PC e a MLSS identificam diferentes intensidades de exercício, mesmo em atletas com elevada aptidão aeróbia. Entretanto, o percentual da diferença entre a MLLS e PC (9%) indica que relação entre esses dois índices pode depender da aptidão aeróbia. Durante o exercício realizado até a exaustão na PC, o CL que é desenvolvido não permite que o VO2pico seja alcançado. |
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Máxima fase estável de lactato sanguíneo e potência crítica em ciclistas bem treinadosMaximal lactate steady state and critical power in well-trained cyclistsciclismoconsumo de oxigênioexercício aeróbiocyclingoxygen uptakeaerobic exerciseO principal objetivo deste estudo foi comparar a intensidade correspondente à máxima fase estável de lactato (MLSS) e a potência crítica (PC) durante o ciclismo em indivíduos bem treinados. Seis ciclistas do sexo masculino (25,5 ± 4,4 anos, 68,8 ± 3,0kg, 173,0 ± 4,0cm) realizaram em diferentes dias os seguintes testes: exercício incremental até a exaustão para a determinação do pico de consumo de oxigênio (VO2pico) e sua respectiva intensidade (IVO2pico); cinco a sete testes de carga constante para a determinação da MLSS e da PC; e um exercício até a exaustão na PC. A MLSS foi considerada com a maior intensidade de exercício onde a concentração de lactato não aumentou mais do que 1mM entre o 10º e o 30º min de exercício. Os valores individuais de potência (95, 100 e 110% IVO2pico) e seu respectivo tempo máximo de exercício (Tlim) foram ajustados a partir do modelo hiperbólico de dois parâmetros para a determinação da PC. Embora altamente correlacionadas (r = 0,99; p = 0,0001), a PC (313,5 ± 32,3W) foi significantemente maior do que a MLLS (287,0 ± 37,8W) (p = 0,0002). A diferença percentual da PC em relação à MLSS foi de 9,5 ± 3,1%. No exercício realizado na PC, embora tenha existido componente lento do VO2 (CL = 400,8 ± 267,0 ml.min-1), o VO2pico não foi alcançado (91,1 ± 3,3 %). Com base nesses resultados pode-se concluir que a PC e a MLSS identificam diferentes intensidades de exercício, mesmo em atletas com elevada aptidão aeróbia. Entretanto, o percentual da diferença entre a MLLS e PC (9%) indica que relação entre esses dois índices pode depender da aptidão aeróbia. Durante o exercício realizado até a exaustão na PC, o CL que é desenvolvido não permite que o VO2pico seja alcançado.The main objective of this study was to compare the intensity corresponding to the maximal lactate steady state (MLSS) and critical power (CP) in well-trained cyclists. Six male cyclists (25.5 ± 4.4 years, 68.8 ± 3.0 kg, 173.0 ± 4.0 cm) performed in different days the following tests: incremental exercise test until exhaustion to determine peak oxygen uptake (VO2peak) and its respective intensity (IVO2peak); five to seven constant workload tests to determine MLSS and CP and; one exhaustion test at CP. MLSS was defined as the highest workload at which blood lactate concentration did not increase by more than 1 mM between minutes 10 and 30 of the constant workload. Individual values for power-Tlim from the constant workload tests (95, 100 and 110% IVO2peak) were fit to the hyperbolic model of two-parameter to determine CP. Although highly correlated (r = 0.99; p = 0.0001), CP (313.5 + 32.3 W) was statistically higher than MLSS (287.0 + 37.8 W) (p = 0.0002). The percentual difference between CP and MLSS was 9.5 + 3.1 %. During exercise performed at CP, although a slow component of VO2 has developed (SC = 400.8 + 267.0 ml.min-1), the VO2peak was not attained (91.1 + 3.3 %). Based on these results, it can be concluded that CP and MLSS identify different exercise intensities, even in athletes with high fitness level. However, the percentual difference between CP and MLSS (9%) indicates that the relationship between these indexes may depend on aerobic fitness. During exercise performed at CP, the SC does not allow VO2peak to be attained.Unesp Laboratório de Avaliação da Performance HumanaUnesp Laboratório de Avaliação da Performance HumanaSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do EsporteUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Caritá, Renato Aparecido Corrêa [UNESP]Greco, Camila Coelho [UNESP]Denadai, Benedito Sérgio [UNESP]2013-09-30T19:28:31Z2014-05-20T13:57:58Z2013-09-30T19:28:31Z2014-05-20T13:57:58Z2009-10-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article370-373application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000600010Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, v. 15, n. 5, p. 370-373, 2009.1517-8692http://hdl.handle.net/11449/2064410.1590/S1517-86922009000600010S1517-86922009000600010WOS:000271570600010S1517-86922009000600010.pdf74161298946806891907479250833033SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Medicina do Esporte0.2700,185info:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-07T06:06:17Zoai:repositorio.unesp.br:11449/20644Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:15:44.877672Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O principal objetivo deste estudo foi comparar a intensidade correspondente à máxima fase estável de lactato (MLSS) e a potência crítica (PC) durante o ciclismo em indivíduos bem treinados. Seis ciclistas do sexo masculino (25,5 ± 4,4 anos, 68,8 ± 3,0kg, 173,0 ± 4,0cm) realizaram em diferentes dias os seguintes testes: exercício incremental até a exaustão para a determinação do pico de consumo de oxigênio (VO2pico) e sua respectiva intensidade (IVO2pico); cinco a sete testes de carga constante para a determinação da MLSS e da PC; e um exercício até a exaustão na PC. A MLSS foi considerada com a maior intensidade de exercício onde a concentração de lactato não aumentou mais do que 1mM entre o 10º e o 30º min de exercício. Os valores individuais de potência (95, 100 e 110% IVO2pico) e seu respectivo tempo máximo de exercício (Tlim) foram ajustados a partir do modelo hiperbólico de dois parâmetros para a determinação da PC. Embora altamente correlacionadas (r = 0,99; p = 0,0001), a PC (313,5 ± 32,3W) foi significantemente maior do que a MLLS (287,0 ± 37,8W) (p = 0,0002). A diferença percentual da PC em relação à MLSS foi de 9,5 ± 3,1%. No exercício realizado na PC, embora tenha existido componente lento do VO2 (CL = 400,8 ± 267,0 ml.min-1), o VO2pico não foi alcançado (91,1 ± 3,3 %). Com base nesses resultados pode-se concluir que a PC e a MLSS identificam diferentes intensidades de exercício, mesmo em atletas com elevada aptidão aeróbia. Entretanto, o percentual da diferença entre a MLLS e PC (9%) indica que relação entre esses dois índices pode depender da aptidão aeróbia. Durante o exercício realizado até a exaustão na PC, o CL que é desenvolvido não permite que o VO2pico seja alcançado. |
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