O ato de desgovernar e sua anatomia regional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/89150 |
Resumo: | Semelhante às diferentes regiões do Brasil e do mundo, na região do nordeste brasileiro as claudicações nos equinos tem alta incidência e representam prejuízos econômicos e funcionais na espécie. Especificamente nessa região pratica-se o procedimento denominado “desgovernar” como ato cirúrgico cuja busca é eliminar a claudicação que acomete estes animais. O ato de “desgovernar” está presente há vários anos como um elemento cultural regional, incorporado nos costumes da população e caracterizado como tradição e é habitualmente praticado por médicos veterinários e por leigos. De acordo com descrição de proprietários, o procedimento pode ser definido como um ato cirúrgico com secção vascular seguida de hemorragia profusa, com ou sem hemostasia por ligadura, de acesso medial na região proximal e distal dos membros torácicos e pélvicos. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o ato conhecido como “desgovernar”, descrevendo-o mediante informações obtidas através de inquérito direto a 15 executores do ato (médicos veterinários ou leigos) e a proprietários de animais que foram submetidos ao procedimento. Com base nesses questionamentos foi realizado o estudo anatômico em cadáveres. As informações obtidas e a análise estrutural anatômica neste estudo indicam que a prática de “desgovernar” continua sendo um procedimento questionável quanto à técnica cirúrgica e à eficiência no tratamento das claudicações, comprometendo estruturas nervosas concorrentes. Desta forma, este procedimento deverá ser melhor estudado, em seus aspectos funcionais e clínicos para então poder ser claramente contra-indicado ou recomendado com adequações |
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O ato de desgovernar e sua anatomia regionalEquino - Claudicação - CirurgiaSemelhante às diferentes regiões do Brasil e do mundo, na região do nordeste brasileiro as claudicações nos equinos tem alta incidência e representam prejuízos econômicos e funcionais na espécie. Especificamente nessa região pratica-se o procedimento denominado “desgovernar” como ato cirúrgico cuja busca é eliminar a claudicação que acomete estes animais. O ato de “desgovernar” está presente há vários anos como um elemento cultural regional, incorporado nos costumes da população e caracterizado como tradição e é habitualmente praticado por médicos veterinários e por leigos. De acordo com descrição de proprietários, o procedimento pode ser definido como um ato cirúrgico com secção vascular seguida de hemorragia profusa, com ou sem hemostasia por ligadura, de acesso medial na região proximal e distal dos membros torácicos e pélvicos. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o ato conhecido como “desgovernar”, descrevendo-o mediante informações obtidas através de inquérito direto a 15 executores do ato (médicos veterinários ou leigos) e a proprietários de animais que foram submetidos ao procedimento. Com base nesses questionamentos foi realizado o estudo anatômico em cadáveres. As informações obtidas e a análise estrutural anatômica neste estudo indicam que a prática de “desgovernar” continua sendo um procedimento questionável quanto à técnica cirúrgica e à eficiência no tratamento das claudicações, comprometendo estruturas nervosas concorrentes. Desta forma, este procedimento deverá ser melhor estudado, em seus aspectos funcionais e clínicos para então poder ser claramente contra-indicado ou recomendado com adequaçõesSimilar to different regions in Brazil and the world over, in the Northeastern Brazil, the incidence of lameness in horses is high and accounts for economic losses as well as operational deficiency in the species. Specifically in this region, they practice the procedure called “desgovernar”, as surgery, in order to eliminate the lameness that affects the animals. This procedure “desgovernar” has been around for several years as a cultural and regional element, which is embedded in the habits of the population, characterised as tradition, and is habitually practiced by veterinaries and laymen. According to owners’ description, the procedure could be defined as surgery with vascular section followed by profuse bleeding, with or without hemostasis using a ligature, by medial access in the proximal and distal region of the thoracic and pelvic limbs. This study has aimed to characterise the procedure known as “desgovernar” describing it by information obtained through direct inquiry from 15 performers (veterinaries or laymen) and from animal owners whose animals had undergone this surgery. Based on these inquiries, anatomical studies were carried out using anatomical pieces. The database obtained and anatomical analysis in this study show the “desgovernar” practice as a surgical procedure remains questionable regarding to surgical technique and efficiency in the treatment of lameness, which affects concurrent nervous structures. So, the procedure should be studied more in-depth in its functional and clinical aspects and only then to clearly be either contraindicated or recommended with adjustmentsUniversidade Estadual Paulista (UNESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Hussni, Carlos Alberto [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Matos Neto, Antonio [UNESP]2014-06-11T19:23:45Z2014-06-11T19:23:45Z2011-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis48 f.application/pdfMATOS NETO, Antonio. O ato de desgovernar e sua anatomia regional. 2011. 48 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, 2011.http://hdl.handle.net/11449/89150000638938matosneto_a_me_botfmvz.pdf33004064022P36020984937849801Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-09T17:38:53Zoai:repositorio.unesp.br:11449/89150Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-09T17:38:53Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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