Avaliação da resistência do fungo da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) aos fungicidas dos grupos DMI, QoI e SDHI na safra 2020/21

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montan, Rafael Rístori de Lima
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/251901
Resumo: O Brasil em 2021 liderou na produção mundial de grãos, sendo atualmente produzidos 362,9 milhões de toneladas de soja no mundo, sendo que o 42% são produzidos no Brasil. A Ferrugem Asiática da Soja (FAS) é causada pelo fungo biotrófico Phakopsora pachyrhizi. A doença pode gerar uma redução de 100% da produtividade, preocupando os produtores de soja do Brasil e desde 2001 se tornou a doença de maior importância da cultura. Como estratégias para o controle da doença, pode-se adotar algumas técnicas como vazio sanitário e controle da época de semeadura. Entretanto, o método de manejo mais utilizado é o químico, como os fungicidas sistêmicos. No entanto, com o passar dos ciclos produtivos da soja a diminuição na eficácia das moléculas é consentida para apenas 20% de eficácia, sendo de consequência provável a resistência a fungicidas inibidores extracelulares de quinona ou QoIs e fungicidas inibidores da desmetilação ou DMIs. Mais recentemente, os SDHI, inibidores da succinato desidrogenase (registrados em 2013), apresentaram redução na sensibilidade e resistência em isolados de P. pachyrhizi, devido a sua natureza de média a alto risco para a seleção de resistência e mistura destes e a mistura deste com os QoI e DMI já ineficientes ao controle da FAS. Foram avaliadas populações brasileiras de P. pachyrhizi obtidas nos estados do Paraná (PR) e Rio Grande do Sul (RS), para determinar os níveis fenotípicos atuais de resistência aos fungicidas QoI, DMI e SDHI. A população de P. pachyrhizi do Rio Grande do Sul é altamente resistente à tebuconazol, resistente à piraclostrobina e possui redução de sensibilidade à fluxapiroxade. Já a população de P. pachyrhizi do estado do Paraná possui resistência a tebuconazol e piraclostrobina, e sensibilidade a fluxapiroxade.
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