Análise das fibras musculares do músculo sóleo de rato após reconstrução nervosa periférica: efeito da associação do selante heterólogo de fibrina à sutura

• Autor(a) principal: Palone, Maria Antonia Monteiro
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/214294
• topic: Músculo esquelético; Biopolímeros; Fibrina; Adesivo tecidual de fibrina; Nervos periféricos doenças

Os nervos são os principais constituintes do Sistema Nervoso Periférico, com frequência, são acometidos por lesões cujas causas mais comuns são: traumas, estiramento, pinçamento, compressão e esmagamento. As lesões nervosas periféricas (LNPs) levam à interrupção da condução nervosa e afetam, além do nervo, o músculo. Ocorrem diversas alterações estruturais, funcionais e moleculares; além de atrofia. Apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas a recuperação após este tipo de lesão raramente é completa. Métodos alternativos de reconstrução vêm sendo utilizados, entre eles o selante heterólogo de fibrina. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da associação do selante heterólogo de fibrina à sutura na reconstrução nervosa com foco nas fibras musculares, aos 7 e 30 dias após lesão do nervo isquiático. Foram utilizados 40 ratos Wistar machos adultos, divididos em 4 grupos experimentais: Controle Sham (CS); Controle Desnervado (CD); Lesão + Sutura (LS); Lesão + Sutura + Biopolímero de Fibrina (LSB). No grupo CS foi realizada apenas incisão superficial no antímero direito com localização do nervo isquiático. No grupo CD foi realizada neurotmese do nervo isquiático (gap de 6 mm). No grupo LS após neurotmese os cotos foram religados com 2 pontos de sutura. No grupo LSB, a reconstrução foi realizada por 2 pontos de sutura seguida da aplicação do biopolímero. Decorridos 30 dias, os animais foram anestesiados e eutanasiados. Os músculos sóleos direitos foram coletados para a realização da análise morfológica (HE) e morfométrica das fibras musculares (área, perímetro, diâmetros máximo e mínimo, angulação, circularidade e contagem de núcleos centrais). Aos 7 dias não houve diferença morfológica entre os grupos, em relação à morfometria o grupo CS apresentou maior valor de diâmetro mínimo quando comparado aos demais (CD, LS, LSB). Já aos 30 dias, o grupo CD apresentou aglomerados de pequenas fibras musculares, algumas delas com núcleo central. A morfometria, não mostrou diferenças em relação à angulação e circularidade da fibra muscular. Já os valores de área, diâmetro mínimo e diâmetro máximo foram maiores no grupo Controle Sham (CS) quando comparados aos demais (CD, LS, LSB). O número de núcleos centrais foi maior no grupo CD quando comparado aos grupos CS e LSB. Destaca-se o número de núcleos centrais do grupo LSB semelhante ao grupo CS e diferente do grupo CD. Os resultados mostram-se promissores, mas são necessários mais estudos para indicar a redução ou substituição das suturas como tratamento para LNPs.