Análise da capacidade funcional, qualidade de vida e dor em pacientes que realizam hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Manfrim, Paula de Barros [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Santos, Thamara Müller dos [UNESP], Malaguti, Isabela [UNESP], Napoleão, Layane Lopes [UNESP], Santos, Daiane Caroline Nascimento dos [UNESP], Silva, Renata Calciolari Rossi e [UNESP], Padulla, Susimary Aparecida Trevizan [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTE2Mw==
http://hdl.handle.net/11449/146956
Resumo: Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é o resultado final de múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade dos rins de manter a homeostasia interna do organismo e uma vez instalada é necessário submeter o paciente a um tratamento contínuo para a substituição da função renal, como por exemplo, a hemodiálise. A DRC causa problemas médicos, sociais e econômicos, já que também atinge jovens em idade produtiva. Após o início do tratamento dialítico o cotidiano deste indivíduo se torna monótono, restrito e suas atividades são limitadas favorecendo o sedentarismo, diminuição da atividade física e da capacidade funcional, o que compromete suas atividades de vida diária (AVD´s). A doença renal tem um impacto negativo sobre a qualidade de vida relacionada à saúde, tais transtornos na vida cotidiana do paciente têm motivado estudos sobre a qualidade de vida. A partir dessas observações vemos a necessidade de avaliar a qualidade de vida destes pacientes, mensurar seu grau de dependência nas AVD´s e quantificar a intensidade da dor. Objetivo: Analisar a capacidade funcional, qualidade de vida e intensidade da dor nos pacientes que realizam hemodiálise. Metodologia: Foram selecionados pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico de DRC, submetidos a um programa de hemodiálise no Instituto do Rim da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente. Foram excluídos do programa portadores de doenças ou complicações que pudessem inviabilizar a aplicação dos questionários. A avaliação da qualidade de vida foi realizada através do questionário SF-36, a dependência funcional destes pacientes quanto à realização de suas AVD´s foi mensurada através do Índice de Barthel e a intensidade da dor foi questionada utilizando a Escala Visual Analógica. Após a aplicação dos questionários todos os procedimentos estatísticos foram efetuados no software BioEstat (5.0) e os valores de significância estatística (p) foram considerados significativos quando inferiores a 0.05. A correlação de Spearman foi utilizada para analisar o relacionamento entre as variáveis. Para o p-valor consideraram-se valores críticos aqueles inferiores a 5%. Resultados: Ao todo, 114 pacientes foram avaliados e a média de idade foi de 57,6 anos. Houve relação positiva entre o escore do questionário de Barthel e maiores valores no domínio funcional (r= 0.68; p= 0,001), emocional (r= 0.30; p= 0,001), de dor (r= 0.26; p= 0,004), social (r= 0.22; p= 0,018) e saúde mental (r= 0.24; p= 0,008). Maior idade foi relacionada com menores valores do escore funcional (r= -0.44) e físico (r= -0.20) do SF-36. Maior percepção de dor identificada pela EVA relacionou-se negativamente com a grande maioria dos domínios do SF-36, exceto o físico (r= -0.09) e a vitalidade (r= -0.15).
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