Eficiência de diferentes agentes indutores da ovulação e associações sobre as características uterinas, ovarianas e concentrações plasmáticas de LH em éguas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/142838 |
Resumo: | A manipulação farmacológica do ciclo estral é rotineiramente utilizada na égua, pelo fato desta apresentar grande variação na duração do estro e no intervalo entre o seu início e a ovulação. Como maiores taxas de concepção decorrem da deposição do sêmen no trato reprodutivo feminino próximo à ovulação, diversos agentes foram empregados objetivando sua indução e sincronização, em especial a gonadotrofina coriônica humana (hCG) e o acetato de deslorelina. O mecanismo de ação destes fármacos envolve o hormônio luteinizante (LH), sendo que o hCG mimetiza suas ações e o acetato de deslorelina estimula sua liberação pela adenohipófise. Incremento semelhante às concentrações circulantes de LH tem sido observado em vacas com o uso de cipionato de estradiol (ECP), o qual é usualmente empregado na indução e sincronização de ovulações na espécie pelo seu baixo custo. A fim de auxiliar na escolha do protocolo ideal para a indução de ovulação em éguas, o presente estudo objetivou avaliar o efeito do tratamento com o hCG e/ou com o acetato de deslorelina, nas doses preconizadas ou em subdoses, sobre as concentrações plasmáticas de LH, a indução e a sincronização de ovulação, o grau de edema endometrial, o diâmetro folicular e a sua taxa de desenvolvimento. Ainda, buscou-se verificar o resultado da aplicação de ECP sobre a indução e sincronização da ovulação e as concentrações plasmáticas de LH, bem como a existência de uma correlação entre a taxa de crescimento, o diâmetro folicular e o edema endometrial sobre a fertilidade pós-indução com a dose preconizada de hCG. Os resultados obtidos através do presente trabalho nos permitiram concluir que: a) os protocolos propostos com o hCG e/ou o DES induziram e sincronizaram a ovulação de forma eficaz, estimulando sua ocorrência de folículos pré-ovulatórios menores; b) o DES estimulou maior liberação de LH que o hCG após 24 horas; c) a adição do hCG ao tratamento com DES não promoveu um incremento nas concentrações circulantes de LH, seja nas doses preconizadas ou em subdoses; d) o tratamento com ECP não resultou em aumento nas concentrações circulantes de LH, tendo inibido sua liberação em alguns animais, pré-dispondo ao surgimento de folículos anovulatórios e atresia folicular; e) o uso de subdoses de hCG e/ou DES levaram a um maior incremento nas concentrações circulantes de LH após 48 horas, por um provável mecanismo de “down-regulation” que ocorre após o uso das doses recomendadas destes hormônios; f) os tratamentos com o hCG e/ou o DES não impediram o desenvolvimento folicular ou reduziram o diâmetro folicular após 24 horas; g) a indução de ovulação levou a uma redução no grau de edema endometrial após 24 horas; o qual persistiu à ovulação; h) o grau máximo de edema endometrial, bem como seu escore à detecção da ovulação não influenciaram a fertilidade pós-indução com 2.000 UI de hCG; i) o tamanho e a taxa de desenvolvimento folicular pós-indução com 2.000 UI de hCG tenderam a uma correlação positiva com a taxa de fertilidade pós-inseminação artificial. |
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Eficiência de diferentes agentes indutores da ovulação e associações sobre as características uterinas, ovarianas e concentrações plasmáticas de LH em éguasEfficiency of different ovulation inducing agents and combinations on uterine and ovarian characteristics and plasmatic LH concentrations in maresÉguaOvulaçãoLHhCGAcetato de deslorelinaMareOvulationDeslorelin acetate and ECPA manipulação farmacológica do ciclo estral é rotineiramente utilizada na égua, pelo fato desta apresentar grande variação na duração do estro e no intervalo entre o seu início e a ovulação. Como maiores taxas de concepção decorrem da deposição do sêmen no trato reprodutivo feminino próximo à ovulação, diversos agentes foram empregados objetivando sua indução e sincronização, em especial a gonadotrofina coriônica humana (hCG) e o acetato de deslorelina. O mecanismo de ação destes fármacos envolve o hormônio luteinizante (LH), sendo que o hCG mimetiza suas ações e o acetato de deslorelina estimula sua liberação pela adenohipófise. Incremento semelhante às concentrações circulantes de LH tem sido observado em vacas com o uso de cipionato de estradiol (ECP), o qual é usualmente empregado na indução e sincronização de ovulações na espécie pelo seu baixo custo. A fim de auxiliar na escolha do protocolo ideal para a indução de ovulação em éguas, o presente estudo objetivou avaliar o efeito do tratamento com o hCG e/ou com o acetato de deslorelina, nas doses preconizadas ou em subdoses, sobre as concentrações plasmáticas de LH, a indução e a sincronização de ovulação, o grau de edema endometrial, o diâmetro folicular e a sua taxa de desenvolvimento. Ainda, buscou-se verificar o resultado da aplicação de ECP sobre a indução e sincronização da ovulação e as concentrações plasmáticas de LH, bem como a existência de uma correlação entre a taxa de crescimento, o diâmetro folicular e o edema endometrial sobre a fertilidade pós-indução com a dose preconizada de hCG. Os resultados obtidos através do presente trabalho nos permitiram concluir que: a) os protocolos propostos com o hCG e/ou o DES induziram e sincronizaram a ovulação de forma eficaz, estimulando sua ocorrência de folículos pré-ovulatórios menores; b) o DES estimulou maior liberação de LH que o hCG após 24 horas; c) a adição do hCG ao tratamento com DES não promoveu um incremento nas concentrações circulantes de LH, seja nas doses preconizadas ou em subdoses; d) o tratamento com ECP não resultou em aumento nas concentrações circulantes de LH, tendo inibido sua liberação em alguns animais, pré-dispondo ao surgimento de folículos anovulatórios e atresia folicular; e) o uso de subdoses de hCG e/ou DES levaram a um maior incremento nas concentrações circulantes de LH após 48 horas, por um provável mecanismo de “down-regulation” que ocorre após o uso das doses recomendadas destes hormônios; f) os tratamentos com o hCG e/ou o DES não impediram o desenvolvimento folicular ou reduziram o diâmetro folicular após 24 horas; g) a indução de ovulação levou a uma redução no grau de edema endometrial após 24 horas; o qual persistiu à ovulação; h) o grau máximo de edema endometrial, bem como seu escore à detecção da ovulação não influenciaram a fertilidade pós-indução com 2.000 UI de hCG; i) o tamanho e a taxa de desenvolvimento folicular pós-indução com 2.000 UI de hCG tenderam a uma correlação positiva com a taxa de fertilidade pós-inseminação artificial.Pharmacological manipulation of the equine estrous cycle is routinely applied, due to the fact that mares show great disparity on estrous duration and in the interval between its onset and ovulation. Since higher pregnancy rates are obtained when semen is deposited in the female reproductive tract at a time close to ovulation, several ovulation inducting agents have been used, specially human chorionic gonadotropin (hCG) and deslorelin acetate (DES). The mechanism of action of these drugs involves the luteinizing hormone (LH), for hCG mimics its actions and DES stimulates endogenous adenohypophyseal secretion. Similar increment in circulating LH concentrations has been observed in cows treated with estradiol cypionate (ECP), which is usually administrated as an interesting and cheaper alternative to induce and synchronize ovulations in the bovine species. In order to aid recognition of the ideal ovulation induction and synchronization protocol in the mare, the present study evaluated the effect of treatment with hCG and/or DES, using the recommended or a subdose, on ovulation induction and synchronization, plasmatic LH concentrations, grade of endometrial edema, follicular growth and diameter. Thus, this experiment intended to verify the effect of ECP administration on ovulation induction, synchronization and plasmatic LH concentrations, as well as the existence of a correlation between follicular growth, pre-ovulatory diameter and endometrial edema with fertility of mares induced using the recommended hCG dose. The obtained results led to the following conclusions: a) protocols using hCG and/or DES successfully induced and synchronized ovulations, stimulating smaller pre-ovulatory follicles to ovulate; b) DES stimulated a higher LH secretion than hCG 24 hours post-injection; c) combining hCG to DES treatment did not favor LH secretion; d) estradiol cypionate treatment did not induce ovulation or favor plasmatic LH concentrations, but, instead, lead to a substantial anovulation and follicular atresia rate, possibly due to its decrease in some animals; e) subdoses of hCG and DES stimulated a higher LH increase after 48 hours, possibly due to a down-regulation mechanism upon administration of the recommended dose; f) treatment with hCG and/or DES did not impair follicular development after 24 hours; g) ovulation induction decreased endometrial edema after 24 hours, which persisted at ovulation; h) fertility of mares treated with 2,000 IU of hCG was not influenced by the maximum endometrial edema score observed during estrous or the grade of edema the day an ovulation was detected; i) follicle size and growth rate post-induction with 2,000 IU of hCG tend to bear a positive correlation with fertility.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alvarenga, Marco Antonio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Greco, Gabriel Maksoud [UNESP]2016-08-09T16:43:54Z2016-08-09T16:43:54Z2016-05-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14283800087013433004064086P10473846154288947porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-09T17:26:42Zoai:repositorio.unesp.br:11449/142838Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-09T17:26:42Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A manipulação farmacológica do ciclo estral é rotineiramente utilizada na égua, pelo fato desta apresentar grande variação na duração do estro e no intervalo entre o seu início e a ovulação. Como maiores taxas de concepção decorrem da deposição do sêmen no trato reprodutivo feminino próximo à ovulação, diversos agentes foram empregados objetivando sua indução e sincronização, em especial a gonadotrofina coriônica humana (hCG) e o acetato de deslorelina. O mecanismo de ação destes fármacos envolve o hormônio luteinizante (LH), sendo que o hCG mimetiza suas ações e o acetato de deslorelina estimula sua liberação pela adenohipófise. Incremento semelhante às concentrações circulantes de LH tem sido observado em vacas com o uso de cipionato de estradiol (ECP), o qual é usualmente empregado na indução e sincronização de ovulações na espécie pelo seu baixo custo. A fim de auxiliar na escolha do protocolo ideal para a indução de ovulação em éguas, o presente estudo objetivou avaliar o efeito do tratamento com o hCG e/ou com o acetato de deslorelina, nas doses preconizadas ou em subdoses, sobre as concentrações plasmáticas de LH, a indução e a sincronização de ovulação, o grau de edema endometrial, o diâmetro folicular e a sua taxa de desenvolvimento. Ainda, buscou-se verificar o resultado da aplicação de ECP sobre a indução e sincronização da ovulação e as concentrações plasmáticas de LH, bem como a existência de uma correlação entre a taxa de crescimento, o diâmetro folicular e o edema endometrial sobre a fertilidade pós-indução com a dose preconizada de hCG. Os resultados obtidos através do presente trabalho nos permitiram concluir que: a) os protocolos propostos com o hCG e/ou o DES induziram e sincronizaram a ovulação de forma eficaz, estimulando sua ocorrência de folículos pré-ovulatórios menores; b) o DES estimulou maior liberação de LH que o hCG após 24 horas; c) a adição do hCG ao tratamento com DES não promoveu um incremento nas concentrações circulantes de LH, seja nas doses preconizadas ou em subdoses; d) o tratamento com ECP não resultou em aumento nas concentrações circulantes de LH, tendo inibido sua liberação em alguns animais, pré-dispondo ao surgimento de folículos anovulatórios e atresia folicular; e) o uso de subdoses de hCG e/ou DES levaram a um maior incremento nas concentrações circulantes de LH após 48 horas, por um provável mecanismo de “down-regulation” que ocorre após o uso das doses recomendadas destes hormônios; f) os tratamentos com o hCG e/ou o DES não impediram o desenvolvimento folicular ou reduziram o diâmetro folicular após 24 horas; g) a indução de ovulação levou a uma redução no grau de edema endometrial após 24 horas; o qual persistiu à ovulação; h) o grau máximo de edema endometrial, bem como seu escore à detecção da ovulação não influenciaram a fertilidade pós-indução com 2.000 UI de hCG; i) o tamanho e a taxa de desenvolvimento folicular pós-indução com 2.000 UI de hCG tenderam a uma correlação positiva com a taxa de fertilidade pós-inseminação artificial. |
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