O ato narrativo e a ética na descrição do documento de arquivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cândido, Gilberto Gomes [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192628
Resumo: A Descrição do Documento de Arquivo, como uma das funções de procedimento Arquivístico, é elaborada de modo a permitir a difusão e o acesso aos usuários; tal método procura proporcionar elementos/caracteres do conteúdo formal do documento de forma a se elaborar instrumentos de pesquisa. Assim sendo, a Descrição é um processo de representação dos elementos intrínsecos e extrínsecos ao Documento de Arquivo e deve ser fidedigna. Com isto, objetivou-se conhecer e como ocorrem o Ato Narrativo e a Ética na representação do documento de arquivo, demonstrando que tal ato representativo não é objetivo, mas sim subjetivo advindo de interpretações, de modo a contribuir para discussões e aprofundamento na área de Representação, bem como apresentar subsídios para compreensão da subjetividade sobre o processo de representação por meio da descrição do documento de arquivo, com intuito de descrever os procedimentos metodológicos; reproduzir interlocuções metodológicas e ilustrar a aplicação do processo de descrição sobre os dossiês da Comissão Pastoral da Terra, da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Norte 2 com reflexões dos procedimentos metodológicos e filosóficos apresentados. Assim, identificou-se como resultados que os processos descritivos são interpretativos e podem vir a atribuir juízos críticos valorativos e categóricos por meio da visão de mundo do profissional arquivista durante a representação. Dado que o procedimento de descrição aplicado pelo arquivista em sua atuação profissional utiliza-se dos seus aspectos cognitivos, ao se basear nas suas interpretações, em que se busca identificar e extrair os elementos/caracteres fidedigno ao conteúdo e ao contexto do documento de arquivo. Posto isto, considera-se, assim, que a representação por meio do processo de descrição não é neutra nem tampouco objetiva, já que se utiliza de percepções cognitivas no decorrer do processo, ou seja, é subjetiva. Assim o ato narrativo na descrição pode ser observado como um ato de contar uma história ou (re)contar, em razão disso a Ética busca nortear o fazer profissional do arquivista no que concerne a Descrição do Documento de Arquivo, em virtude de que esse processo pode ser percebido como ato de poder por meio da interpretação realizada sobre o documento de arquivo. Posto isto Arquivista em sua atuação, tem que se lembrar que a informação em seu âmbito tanto institucional quanto social é para todos os usuários e não para si mesmo, ou classes de grupos dominantes, e que ato de poder na utilização dos processos de representações ocorrem, visto que, quem decide o que e como será representado é o Arquivista.
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Com isto, objetivou-se conhecer e como ocorrem o Ato Narrativo e a Ética na representação do documento de arquivo, demonstrando que tal ato representativo não é objetivo, mas sim subjetivo advindo de interpretações, de modo a contribuir para discussões e aprofundamento na área de Representação, bem como apresentar subsídios para compreensão da subjetividade sobre o processo de representação por meio da descrição do documento de arquivo, com intuito de descrever os procedimentos metodológicos; reproduzir interlocuções metodológicas e ilustrar a aplicação do processo de descrição sobre os dossiês da Comissão Pastoral da Terra, da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Norte 2 com reflexões dos procedimentos metodológicos e filosóficos apresentados. Assim, identificou-se como resultados que os processos descritivos são interpretativos e podem vir a atribuir juízos críticos valorativos e categóricos por meio da visão de mundo do profissional arquivista durante a representação. Dado que o procedimento de descrição aplicado pelo arquivista em sua atuação profissional utiliza-se dos seus aspectos cognitivos, ao se basear nas suas interpretações, em que se busca identificar e extrair os elementos/caracteres fidedigno ao conteúdo e ao contexto do documento de arquivo. Posto isto, considera-se, assim, que a representação por meio do processo de descrição não é neutra nem tampouco objetiva, já que se utiliza de percepções cognitivas no decorrer do processo, ou seja, é subjetiva. Assim o ato narrativo na descrição pode ser observado como um ato de contar uma história ou (re)contar, em razão disso a Ética busca nortear o fazer profissional do arquivista no que concerne a Descrição do Documento de Arquivo, em virtude de que esse processo pode ser percebido como ato de poder por meio da interpretação realizada sobre o documento de arquivo. Posto isto Arquivista em sua atuação, tem que se lembrar que a informação em seu âmbito tanto institucional quanto social é para todos os usuários e não para si mesmo, ou classes de grupos dominantes, e que ato de poder na utilização dos processos de representações ocorrem, visto que, quem decide o que e como será representado é o Arquivista.The Archive Document description, as one of the Archival Procedure Functions, is elaborated to allow the diffusion and user’s access; this method seeks to provide elements/characters of documents formal contents in order to elaborate research tools. Therefore, description is a representation process of intrinsic and extrinsic of Archive Docmument elements should be trustworthy. With this, it was aimed to know about and how Narrative Act and Ethic occurs in archive document representation, demonstrating that such representative act is not objetive, but subjetive from intepretations, in order to contribute to discussions and deepening of representation area, well with presenting subsidies to subjetive comprehention about de representation process by the archive document descripition, in order to describe methodological procedures; reproduce metodological interlocutions and ilustrate this process application to description about the Comissão Pastoral da Terra dossiers, CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Norte 2, with reflections about methodological and filosophical procedures presented. Thus, was identified as results that descriptive process are interpretative and may atribute valuable and categorical critical judgments, through archivist professional worldview during the representation. The description procedure applied by the in his professional performance uses cognitive aspects, based on his interpretations, which seeks to identify and extract the elements/characters trustworthy to the content and contexto of archive document. Therefore, it’s considered that the representation made by descritption process is neither neutral nor objetive, it’s subjetive. Thus, the description narrative act might be observed as a storytelling act or (re)telling act, for this reason, ethics seeks to guide the archivist professional doing, which concerns the Archive Document Description, due to this process can be perceived as the act which can be performed through interpretation about the archival document. Therefore, the archivist in his performance must remember that the information both institutional and social scopes is for all users and not only to himself, or for dominat groups, and that the processes of representations is an act of power, and who decides what will be and how it will be represented is the Archivist.La representación descriptiva en archivología pasa por algunos procesos de creación de archivos correlacionados con sus funciones, tales como la evaluación y la clasificación, entre otros. En esta investigación, la función explorada fue la descripción del documento de archivo, conciliando teóricamente la práctica del “hacer” y del “cómo hacer”, desde el proceso de descripción hasta la representación del documento de archivo, siguiendo los estándares internacionales de descripción desde la concepción posmoderna. La investigación buscó comprender los aspectos del acto narrativo y la ética sobre el proceso de descripción, con el fin de contribuir a la comprensión de estos aspectos en el proceso. Con esto se enfatizó que los procesos descriptivos son interpretativos y atribuyen juicios críticos, valorativos y categorías fundamentados en la cosmovisión del archivista durante el acto de representación. El procedimiento de descripción aplicado por el archivero en su práctica profesional se apoya en aspectos cognitivos interpretativos, que buscan identificar y extraer los elementos y actores del contenido y el contexto del documento de archivo, de forma confiable. Por lo tanto, la representación surgida del proceso de descripción no es neutral ni objetiva, ya que usa percepciones cognitivas, es decir, es subjetiva. Por lo tanto, el acto narrativo en la descripción puede considerarse como el acto de contar o (re)contar una historia. La ética busca guiar la actuación profesional del archivista en lo que respecta a la descripción del documento de archivo, ya que este proceso es un acto de poder fundamentado en la interpretación del documento de archivo. El archivista debe recordar en su quehacer profesional que la información en su ámbito institucional y social es para todos los usuarios, y no para él mismo, o para grupos dominantes, y que los procesos de representación son un acto de poder, ya que es el archivista quien decide qué será y cómo se representará.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Moraes, João Batista Ernesto de [UNESP]Barros, Thiago Henrique BragatoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Cândido, Gilberto Gomes [UNESP]2020-05-25T13:46:04Z2020-05-25T13:46:04Z2020-03-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19262800093148833004110043P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-12T18:32:04Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192628Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-12T18:32:04Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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