As grafias não convencionais da coda silábica nasal: análise de dados de EJA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Priscila Barbosa Borduqui [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Tenani, Luciani [UNESP], Berti, Larissa [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1981-57942012000200014
http://hdl.handle.net/11449/21940
Resumo: Este artigo trata das grafias não convencionais da sílaba com coda nasal encontradas em textos escritos por jovens e adultos. Para a descrição desses dados de escrita, são consideradas duas complexidades: (i) a fonético-fonológica da sílaba, particularmente do elemento nasal em coda, e (ii) a da representação ortográfica da nasalidade em português. Sob o aspecto fonético, a coda corresponde a uma redução de energia, o que pode tornar os segmentos que preenchem essa posição da sílaba menos audíveis. Sob o aspecto fonológico, a coda pode ser vista como um constituinte não imediato da sílaba cujo preenchimento sofre restrições. Sob o aspecto ortográfico, são três as possibilidades de registro da nasalidade: <m, n, ~ >, como, respectivamente, em campo, canto, maçã. Argumenta-se que as grafias não convencionais analisadas podem ser motivadas pelas características fonético-fonológicas dos enunciados falados (particularmente, da sílaba com coda nasal) e, também, pelas características das convenções ortográficas dos enunciados escritos (especificamente, as convenções para representação da nasalidade da coda). Defende-se que essas grafias não sejam vistas como erros decorrentes da interferência da fala na escrita, mas como pistas da relação constitutiva dos enunciados falados e escritos.
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spelling As grafias não convencionais da coda silábica nasal: análise de dados de EJAThe unconventional spellings of nasal coda syllables: analysis of EJA dataFonéticaSílabaOrtografiaOralidadeLetramentoEducação de jovens e adultosPhoneticsSyllableSpellingOralityLiteracyYouth and adults educationEste artigo trata das grafias não convencionais da sílaba com coda nasal encontradas em textos escritos por jovens e adultos. Para a descrição desses dados de escrita, são consideradas duas complexidades: (i) a fonético-fonológica da sílaba, particularmente do elemento nasal em coda, e (ii) a da representação ortográfica da nasalidade em português. Sob o aspecto fonético, a coda corresponde a uma redução de energia, o que pode tornar os segmentos que preenchem essa posição da sílaba menos audíveis. Sob o aspecto fonológico, a coda pode ser vista como um constituinte não imediato da sílaba cujo preenchimento sofre restrições. Sob o aspecto ortográfico, são três as possibilidades de registro da nasalidade: <m, n, ~ >, como, respectivamente, em campo, canto, maçã. Argumenta-se que as grafias não convencionais analisadas podem ser motivadas pelas características fonético-fonológicas dos enunciados falados (particularmente, da sílaba com coda nasal) e, também, pelas características das convenções ortográficas dos enunciados escritos (especificamente, as convenções para representação da nasalidade da coda). Defende-se que essas grafias não sejam vistas como erros decorrentes da interferência da fala na escrita, mas como pistas da relação constitutiva dos enunciados falados e escritos.This article deals with unconventional spellings of the syllable with nasal coda that occur in texts written by young people and adults. For a description of these data, two types of complexities are considered: (i) the phonetic-phonological analysis of syllable, specially the nasal coda element, and (ii) the orthographic representation of nasality in Portuguese. Under the phonetic aspect, the coda position corresponds to low energy, which can make the segments that fill this syllable position less audible. Under the phonological aspect, the coda can be seen as a non-immediate constituent of a syllable which filling is restricted. Under the aspect of spelling, there are three possibilities for registration of nasality: <m, n, ~>, as respectively, campo (field), canto (corner), maçã (apple). It is argued that unconventional spellings could be motivated by phonetic-phonological features of spoken utterances (particularly with syllable nasal coda) and also by spelling conventions of written utterances (specifically, the conventions for nasal coda representation). It is argued that these spellings are not errors arising from the interface of speech into writing, but as clues to the constitutive relation of the spoken and written utterances.Universidade Estadual Paulista Instituto de Biociências, Letras e Ciências ExatasUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e CiênciasUniversidade Estadual Paulista Instituto de Biociências, Letras e Ciências ExatasUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e CiênciasUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Campos, Priscila Barbosa Borduqui [UNESP]Tenani, Luciani [UNESP]Berti, Larissa [UNESP]2014-05-20T14:02:16Z2014-05-20T14:02:16Z2012-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article673-704application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1981-57942012000200014Alfa : Revista de Linguística (São José do Rio Preto). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, v. 56, n. 2, p. 673-704, 2012.1981-5794http://hdl.handle.net/11449/2194010.1590/S1981-57942012000200014S1981-57942012000200014S1981-57942012000200014.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporAlfa: Revista de Linguística (São José do Rio Preto)info:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-05T06:02:53Zoai:repositorio.unesp.br:11449/21940Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:02:53.213355Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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