Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peres, Wiliam Siqueira [UNESP]
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100013
http://hdl.handle.net/11449/29768
Resumo: A subjetividade é a argamassa de toda e qualquer produção e, diante disso, percebemos os processos de subjetivação presentes na feitura dos sujeitos, dos grupos e das instituições. Como ferramentas de análise, tomamos a ideia de dispositivo como um emaranhado de linhas que tecem as relações humanas, e dentre suas diversas linhas destacamos os gêneros como elementos importantes na escuta e intervenção clínica, de modo a ampliar o universo de referência presente nos encontros, no qual os corpos afetam e são afetados dentro de contextos marcados por processos psicossociais, políticos e culturais relevantes para uma prática psi ampliada. Neste trabalho, colocamos em análise a experiência que temos tido como supervisor de estágios em Psicologia Clínica-Institucional que realizamos no Programa Saúde da Família, na Vila Progresso, em Assis, SP, evidenciando a necessidade de diálogos com outros saberes, tais como os estudos culturais, a teoria queer e a esquizoanálise. Como resultados iniciais, percebemos nos relatos de nossos estagiários uma preocupação maior com o cuidado das pessoas atendidas que vão além das leituras psicológicas, que dialoga com questões sociais, econômicas, sexuais, de gênero, políticas e culturais, ampliando as análises e concebendo os seres humanos como híbridos, maquínicos e diferentes, o que evidencia a perspectiva de subjetividades em construção permanente. Surge a necessidade de nos orientarmos pelo viés de uma clínica crítica e ampliada.
id UNSP_10642998c8d86037ea69a721da9eb12f
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/29768
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da famíliaClinical cartographies, gender devices. strategies of family healthdispositivosgênerossubjetividadespráticas clínicasDevicesGendersSubjectivitiesClinical PracticesA subjetividade é a argamassa de toda e qualquer produção e, diante disso, percebemos os processos de subjetivação presentes na feitura dos sujeitos, dos grupos e das instituições. Como ferramentas de análise, tomamos a ideia de dispositivo como um emaranhado de linhas que tecem as relações humanas, e dentre suas diversas linhas destacamos os gêneros como elementos importantes na escuta e intervenção clínica, de modo a ampliar o universo de referência presente nos encontros, no qual os corpos afetam e são afetados dentro de contextos marcados por processos psicossociais, políticos e culturais relevantes para uma prática psi ampliada. Neste trabalho, colocamos em análise a experiência que temos tido como supervisor de estágios em Psicologia Clínica-Institucional que realizamos no Programa Saúde da Família, na Vila Progresso, em Assis, SP, evidenciando a necessidade de diálogos com outros saberes, tais como os estudos culturais, a teoria queer e a esquizoanálise. Como resultados iniciais, percebemos nos relatos de nossos estagiários uma preocupação maior com o cuidado das pessoas atendidas que vão além das leituras psicológicas, que dialoga com questões sociais, econômicas, sexuais, de gênero, políticas e culturais, ampliando as análises e concebendo os seres humanos como híbridos, maquínicos e diferentes, o que evidencia a perspectiva de subjetividades em construção permanente. Surge a necessidade de nos orientarmos pelo viés de uma clínica crítica e ampliada.Subjectivity is the bond of all and any kind of production (GUATTARI; ROLNIK 1986) and through it we notice the processes of subjectivation present in the making of subjects, of groups and institutions. As analysis tools we set on the idea of device (FOUCAULT, 1985; DELEUZE, 1988) as an entangled of lines that weave human relationships and, among their several lines we highlight genders as important elements in the clinical/listening intervention. With that, we aim to enlarge the universes of references in the encounters, in which the bodies affect and are affected within the contexts marked by socio-psychological, political and cultural processes which are relevant for an expansion of the 'psi' practices. In this paper we analyze the experience that we have been having as supervisor of psychology students in Institutional Clinical Psychology practice which we run in the Family's Health Programme, at Vila Progresso, in Assis, interior of São Paulo, Brazil. In it, we put in evidence the need of dialoguing with other knowledges such as: Cultural Studies, Queer Theory and Squizoanalyzis. As preliminary results we noticed in our trainees' reports a larger concern with people's care assisted in the place that are beyond the psychological readings. That is, that dialogues with social, economical, sexual, genders, political and cultural issues, increasing the analysis and conceiving human beings as hybrid, machinics and different, putting in evidence, in that way, the perspective of subjectivities in permanent construction. The need for references towards a critical and broader clinic emerges as a vital point in this process.Universidade Estadual Paulista Campus de AssisUniversidade Estadual Paulista Campus de AssisUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e ExpressãoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Peres, Wiliam Siqueira [UNESP]2014-05-20T15:15:46Z2014-05-20T15:15:46Z2010-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article205-220application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100013Revista Estudos Feministas. Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina, v. 18, n. 1, p. 205-220, 2010.0104-026Xhttp://hdl.handle.net/11449/2976810.1590/S0104-026X2010000100013S0104-026X2010000100013S0104-026X2010000100013.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Estudos Feministasinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-10T06:09:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/29768Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-10-10T06:09:05Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
Clinical cartographies, gender devices. strategies of family health
title Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
spellingShingle Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
Peres, Wiliam Siqueira [UNESP]
dispositivos
gêneros
subjetividades
práticas clínicas
Devices
Genders
Subjectivities
Clinical Practices
title_short Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
title_full Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
title_fullStr Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
title_full_unstemmed Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
title_sort Cartografias clínicas, dispositivos de gêneros, estratégia saúde da família
author Peres, Wiliam Siqueira [UNESP]
author_facet Peres, Wiliam Siqueira [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Peres, Wiliam Siqueira [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv dispositivos
gêneros
subjetividades
práticas clínicas
Devices
Genders
Subjectivities
Clinical Practices
topic dispositivos
gêneros
subjetividades
práticas clínicas
Devices
Genders
Subjectivities
Clinical Practices
description A subjetividade é a argamassa de toda e qualquer produção e, diante disso, percebemos os processos de subjetivação presentes na feitura dos sujeitos, dos grupos e das instituições. Como ferramentas de análise, tomamos a ideia de dispositivo como um emaranhado de linhas que tecem as relações humanas, e dentre suas diversas linhas destacamos os gêneros como elementos importantes na escuta e intervenção clínica, de modo a ampliar o universo de referência presente nos encontros, no qual os corpos afetam e são afetados dentro de contextos marcados por processos psicossociais, políticos e culturais relevantes para uma prática psi ampliada. Neste trabalho, colocamos em análise a experiência que temos tido como supervisor de estágios em Psicologia Clínica-Institucional que realizamos no Programa Saúde da Família, na Vila Progresso, em Assis, SP, evidenciando a necessidade de diálogos com outros saberes, tais como os estudos culturais, a teoria queer e a esquizoanálise. Como resultados iniciais, percebemos nos relatos de nossos estagiários uma preocupação maior com o cuidado das pessoas atendidas que vão além das leituras psicológicas, que dialoga com questões sociais, econômicas, sexuais, de gênero, políticas e culturais, ampliando as análises e concebendo os seres humanos como híbridos, maquínicos e diferentes, o que evidencia a perspectiva de subjetividades em construção permanente. Surge a necessidade de nos orientarmos pelo viés de uma clínica crítica e ampliada.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-04-01
2014-05-20T15:15:46Z
2014-05-20T15:15:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100013
Revista Estudos Feministas. Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina, v. 18, n. 1, p. 205-220, 2010.
0104-026X
http://hdl.handle.net/11449/29768
10.1590/S0104-026X2010000100013
S0104-026X2010000100013
S0104-026X2010000100013.pdf
url http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2010000100013
http://hdl.handle.net/11449/29768
identifier_str_mv Revista Estudos Feministas. Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina, v. 18, n. 1, p. 205-220, 2010.
0104-026X
10.1590/S0104-026X2010000100013
S0104-026X2010000100013
S0104-026X2010000100013.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Estudos Feministas
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 205-220
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803045927697514496