Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Carolina Stella [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/95077
Resumo: Conjuntos de traços refletindo adaptações a certos polinizadores são conhecidos como síndromes de polinização. Estudos sobre morfologia floral e síndromes de polinização fundamentaram o nosso conhecimento sobre as interações planta-polinizador, mas ainda sabemos pouco sobre como as formas florais mudaram na evolução, lacuna esta que pode ser preenchida com abordagens filogenéticas. Estudamos traços florais, síndromes de polinização, e filogenia de espécies lenhosas de cerrado respondendo às perguntas: (1) As síndromes de polinização são consistente?; (2) Quais as características associadas a cada síndrome?; (3) Os traços florais apresentam sinal filogenético?; (4) Há padrões globais e locais na filogenia?; (5) A diversidade de traços está expressa em um ou em poucos nós da filogenia?; (6) A diversidade de traços está agrupada perto da raiz ou das folhas da árvore? Respondendo às primeira e segunda perguntas, corroboramos a existência de duas síndromes de polinização mais frequentes: abelhas, associada aos maiores diâmetros da base da corola, e insetos pequenos, associada às maiores concentrações de néctar. À terceira pergunta, verificamos que todas os traços florais apresentam sinal filogenético, a maioria deles com valor negativo. À quarta questão, encontramos tanto padrões globais como locais da evolução dos traços. Finalmente, às quinta e sexta questões, descobrimos que a diversidade de traços está concentrada em alguns nós ao longo da árvore filogenética. As interações entre flores e polinizadores parecem ter tido um papel importante na diversificação das plantas do cerrado. A diversidade de traços florais pode ser atribuída, em parte, à adaptação das angiospermas aos primeiros polinizadores do Cretáceo e, em parte, às adaptações ao ambiente de polinização cerrado
id UNSP_112185981ebb80329093c8bd950434ed
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/95077
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerradoEcologia do cerradoEcologia vegetalPlantas dos cerradosCerradosFilogeniaPolinizaçãoFlores - MorfologiaCerrado ecologyConjuntos de traços refletindo adaptações a certos polinizadores são conhecidos como síndromes de polinização. Estudos sobre morfologia floral e síndromes de polinização fundamentaram o nosso conhecimento sobre as interações planta-polinizador, mas ainda sabemos pouco sobre como as formas florais mudaram na evolução, lacuna esta que pode ser preenchida com abordagens filogenéticas. Estudamos traços florais, síndromes de polinização, e filogenia de espécies lenhosas de cerrado respondendo às perguntas: (1) As síndromes de polinização são consistente?; (2) Quais as características associadas a cada síndrome?; (3) Os traços florais apresentam sinal filogenético?; (4) Há padrões globais e locais na filogenia?; (5) A diversidade de traços está expressa em um ou em poucos nós da filogenia?; (6) A diversidade de traços está agrupada perto da raiz ou das folhas da árvore? Respondendo às primeira e segunda perguntas, corroboramos a existência de duas síndromes de polinização mais frequentes: abelhas, associada aos maiores diâmetros da base da corola, e insetos pequenos, associada às maiores concentrações de néctar. À terceira pergunta, verificamos que todas os traços florais apresentam sinal filogenético, a maioria deles com valor negativo. À quarta questão, encontramos tanto padrões globais como locais da evolução dos traços. Finalmente, às quinta e sexta questões, descobrimos que a diversidade de traços está concentrada em alguns nós ao longo da árvore filogenética. As interações entre flores e polinizadores parecem ter tido um papel importante na diversificação das plantas do cerrado. A diversidade de traços florais pode ser atribuída, em parte, à adaptação das angiospermas aos primeiros polinizadores do Cretáceo e, em parte, às adaptações ao ambiente de polinização cerradoSets of floral traits reflecting adaptations to certain pollinators are known as “pollination syndromes”. Studies on floral morphology and pollination syndromes underlied our knowledge on plant-pollinator interactions, but there is still little evidence as to how floral forms have shifted during the evolutionary time, a gap that could be filled with phylogenetic approaches. We studied floral traits, pollination syndromes, and phylogeny of cerrado woody species answering the questions: (1) Are pollination syndromes consistent? (2) Which trait values are associated to each syndrome?; (3) Do floral traits present phylogenetic signal?; (4) Are there global and local phylogenetic structures?; (5) Is trait diversity expressed in one or few nodes of the phylogeny?; (6) Is trait diversity clustered near the root or near the tips of the tree? For the first and second questions, we corroborated the existence of two major pollination syndromes: “bees”, associated with the higher corolla base diameter; and “small generalist insects”, associated with higher nectar concentration. For the third question, we found that all of the traits presented phylogenetic signal, most of them with negative value. For the fourth, we encountered both global and local patterns of trait evolution. And, finally, for the fifth and sixth questions, we found that trait diversity is skewed through few nodes through the phylogenetic tree. We postulate that, in the cerrado, interaction between flowers and their pollinators seems to has played an important rule in angiosperm diversification. Floral traits diversity may be atributed partly to early angiosperm radiation in the mid-Cretaceous, and partly to adaptations to the cerrado pollination environmentUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Batalha, Marco Antônio Portugal Luttembark [UNESP]Santos, Elza Maria Guimarães [UNESP]Morellato, Leonor Patrícia Cerdeira [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Carolina Stella [UNESP]2014-06-11T19:27:26Z2014-06-11T19:27:26Z2013-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis69 f.application/pdfGONÇALVES, Carolina Stella. Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado. 2013. 69 f. Dissertacao (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2013.http://hdl.handle.net/11449/95077000735052000735052.pdf33004064025P2101221773113745169988258535568430000-0002-1006-357XAlephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-24T06:13:51Zoai:repositorio.unesp.br:11449/95077Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:08:17.738315Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
title Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
spellingShingle Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
Gonçalves, Carolina Stella [UNESP]
Ecologia do cerrado
Ecologia vegetal
Plantas dos cerrados
Cerrados
Filogenia
Polinização
Flores - Morfologia
Cerrado ecology
title_short Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
title_full Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
title_fullStr Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
title_full_unstemmed Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
title_sort Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado
author Gonçalves, Carolina Stella [UNESP]
author_facet Gonçalves, Carolina Stella [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Batalha, Marco Antônio Portugal Luttembark [UNESP]
Santos, Elza Maria Guimarães [UNESP]
Morellato, Leonor Patrícia Cerdeira [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves, Carolina Stella [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Ecologia do cerrado
Ecologia vegetal
Plantas dos cerrados
Cerrados
Filogenia
Polinização
Flores - Morfologia
Cerrado ecology
topic Ecologia do cerrado
Ecologia vegetal
Plantas dos cerrados
Cerrados
Filogenia
Polinização
Flores - Morfologia
Cerrado ecology
description Conjuntos de traços refletindo adaptações a certos polinizadores são conhecidos como síndromes de polinização. Estudos sobre morfologia floral e síndromes de polinização fundamentaram o nosso conhecimento sobre as interações planta-polinizador, mas ainda sabemos pouco sobre como as formas florais mudaram na evolução, lacuna esta que pode ser preenchida com abordagens filogenéticas. Estudamos traços florais, síndromes de polinização, e filogenia de espécies lenhosas de cerrado respondendo às perguntas: (1) As síndromes de polinização são consistente?; (2) Quais as características associadas a cada síndrome?; (3) Os traços florais apresentam sinal filogenético?; (4) Há padrões globais e locais na filogenia?; (5) A diversidade de traços está expressa em um ou em poucos nós da filogenia?; (6) A diversidade de traços está agrupada perto da raiz ou das folhas da árvore? Respondendo às primeira e segunda perguntas, corroboramos a existência de duas síndromes de polinização mais frequentes: abelhas, associada aos maiores diâmetros da base da corola, e insetos pequenos, associada às maiores concentrações de néctar. À terceira pergunta, verificamos que todas os traços florais apresentam sinal filogenético, a maioria deles com valor negativo. À quarta questão, encontramos tanto padrões globais como locais da evolução dos traços. Finalmente, às quinta e sexta questões, descobrimos que a diversidade de traços está concentrada em alguns nós ao longo da árvore filogenética. As interações entre flores e polinizadores parecem ter tido um papel importante na diversificação das plantas do cerrado. A diversidade de traços florais pode ser atribuída, em parte, à adaptação das angiospermas aos primeiros polinizadores do Cretáceo e, em parte, às adaptações ao ambiente de polinização cerrado
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-02-26
2014-06-11T19:27:26Z
2014-06-11T19:27:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv GONÇALVES, Carolina Stella. Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado. 2013. 69 f. Dissertacao (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2013.
http://hdl.handle.net/11449/95077
000735052
000735052.pdf
33004064025P2
1012217731137451
6998825853556843
0000-0002-1006-357X
identifier_str_mv GONÇALVES, Carolina Stella. Traços florais e filogenia em espécies lenhosas do cerrado. 2013. 69 f. Dissertacao (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2013.
000735052
000735052.pdf
33004064025P2
1012217731137451
6998825853556843
0000-0002-1006-357X
url http://hdl.handle.net/11449/95077
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 69 f.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129289703391232